A desinformação nos escritos sobre o Brasil Holandês no século XVII

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22264/clio.issn2525-5649.2023.41.2.07

Palavras-chave:

Brasil Holandês, Escrita da História, Fake News

Resumo

O presente texto tem a finalidade de revelar algumas das maneiras por meio das quais a desinformação foi mobilizada como instrumento construtor e veiculador de representações, no século XVII, por parte daqueles que se dedicaram a escrever narrativas acerca do Brasil Holandês (1624-1654). O trabalho aborda as fake News – discutindo a pertinência de aplicar este termo a fenômenos do período moderno – em seu papel estratégico, por parte dos que historiaram o conflito, em busca de ganhos materiais e simbólicos. Identifica o seu emprego em panfletos e livros, postos em circulação no curso do conflito e após o cessar-fogo. Conclui, de modo geral, que o processo de historicização daquela guerra foi permeado por patranhas, pelo esforço de criação de personagens mitificados, de lances revestidos de tintas miraculosas e de outros recursos discursivos que permitissem incrementar o impacto da história contada.

Biografia do Autor

Kleber Clementino, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Professor do Departamento de História da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Investiga as relações entre cultura escrita e política no mundo moderno, mediante o estudo de panfletos e livros históricos. É autor do livro A narrativa como combate: a escrita da história da Guerra Holandesa no século XVII (2022).

Contato: kleber.clementino@ufrpe.br

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Publicado

27-02-2024