Da veracidade à denúncia do falso nas descrições geográficas da Época Moderna

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22264/clio.issn2525-5649.2023.41.2.04

Palavras-chave:

Descrições geográficas, Mapas falsos, Erros cartográficos, Efeito de verdade, Cópias falsas

Resumo

Os autores de descrições geográficas do período moderno recorreram a várias estratégias para convencer ou especular sobre a geografia de espaços desconhecidos dos europeus ou sobre os quais tinham poucas informações. Entre um dado objetivo e concreto sobre a geografia e o falseamento deliberado havia um vasto espectro de situações. É difícil expressar em apenas um termo essa multiplicidade de casos: inexatidão, falseamento, imprecisão, erro, mentira, imaginação, fabulação. Para cada objeto, mapa ou descrição, diferentes elementos devem ser investigados a fim de compreender o resultado construído, suas motivações e efeitos. O objetivo deste artigo é identificar expressões, imagens e práticas adotadas por produtores da literatura geográfica no período moderno para atribuir veracidade e credibilidade a suas descrições. Também se apresenta, de forma ainda introdutória, como os contemporâneos se permitiam avaliar e denunciar inverdades nesses documentos.

Biografia do Autor

Andréa Doré, Universidade Federal do Paraná

Professora do Departamento de História da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. Dedica-se ao estudo da primeira modernidade com ênfase nas descrições do espaço por meio de textos e mapas. É autora de Cartografia da Promessa. Potosi e o Brasil em um continente chamado Peruana (2020) e organizou, com Junia Ferreira Furtado, o livro História do Brasil em 25 mapas (2022). 

Contato: andreadore6@gmail.com

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Publicado

27-02-2024