“Morreu d’um tiro”, “assassinado”:

vidas e mortes em Pernambuco e Ceará nos idos de 1824

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51359/2525-5649.2024.264107

Palavras-chave:

conflito, assassinatos, Pernambuco, Ceará, Confederação do Equador

Resumo

Final do ano de 1823: a dissolução da Assembleia Geral Constituinte e Legislativa, por ordem do Imperador Dom Pedro I, faz rebentar um movimento social em favor da constituição em parte das províncias do Norte do Brasil. Ao longo do primeiro semestre do ano de 1824, os conflitos intensificaram-se na região, levando à deflagração da chamada Confederação do Equador. Apoiadores e inimigos do movimento - divididos entre disputas pelo poder e projetos díspares a respeito do embrionário Estado brasileiro - protagonizam conflitos armados violentos, especialmente nas províncias de Pernambuco e do Ceará. Assassinatos e execuções públicas foram registrados em livros paroquiais e pelos relatos memorialísticos e historiográficos das duas províncias. Este artigo trata dessas mortes em meio ao movimentado ano de 1824.

Biografia do Autor

Jucieldo Ferreira Alexandre, Universidade Federal do Cariri

Doutor em História Social pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Professor na Universidade Federal do Cariri.

Paulo Henrique Fontes Cadena, Universidade Federal de São Paulo

Doutor em História pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Atualmente faz pós-doutoramento junto ao Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

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Publicado

16-12-2024