El geosímbolo de arpillera como lenguaje de resistencia política

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.51359/2238-6211.2024.264174

Palabras clave:

Chile, arpillera, geosímbolo, lenguaje, signos

Resumen

Durante el período dictatorial chileno (1973-1990), la artesanía de arpillera surgió como un documento social que denunciaba las circunstancias del régimen ante el mundo. El arte consistía en coser retazos de ropa de figuras políticas desaparecidas en telas rústicas para manifestar escenas dramáticas, como torturas y gritos de justicia. Gracias a su fuerza discursiva, otras causas y países se sumaron a la práctica arpillerista, fortaleciendo así su estatus geosimbólico. En este estudio adoptamos conceptos específicos de la semiótica estadounidense para ver las analogías de los signos presentes en las arpilleras y sus procesos de significación. Entendemos este oficio como un lenguaje de resistencia política femenina. Su práctica estableció un lenguaje común a través del uso de imágenes, engendrando una expresión semiótica de composición colectiva, unida a símbolos que superan las barreras lingüísticas.

Biografía del autor/a

Caio Augusto Amorim, Universidade Federal do Ceará

Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Integrante do Laboratório de Estudos sobre Espaço Cultura e Política – LECgeo da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Alexandra Maria de Oliveira, Universidade Federal do Ceará

Doutora em Geografia Humana (Universidade de São Paulo – USP); Professora Titular no Departamento de Geografia (Universidade Federal do Ceará – UFC); Coordenadora do Laboratório de Estudos Agrários, Territoriais e Educacionais – LEATE (UFC)

Citas

ADAMS, J. Art in Social Movements: Shantytown Women’s Protest in Pinochet’s Chile. Sociological Forum, v. 17, n. 1, p. 21–56, mar. 2002. JSTOR, www.jstor.org/stable/685086.

AGOSÍN, M. Agujas que hablan: las arpillerista chilenas. Revista Iberoamericana, v.51, n.132–133, p.523-529, jul./dec.1985. doi.org/10.5195/reviberoamer.1985.4066

AGUIAR, J. H. de. Paisagem e Linguagem em translatinidade: representações do Patrimônio Cultural Nordestino como Arte Latino-americana. 2023. 130. Tese. (Doutorado em Geografia), Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2023.

AHUMADA, B. J. Recomponer el paisaje: evidenciar y denunciar. Aisthesis, Santiago do Chile, n. 67, p. 123-150, ago, 2020. doi.org/10.7764/67.6

ALBES, M. V. Um gesto común Arpilleras y subjetivación política. Oxímora Revista Internacional De Ética Y Política, Barcelona, n. 13, p. 342-359, jul/dic, 2018. Doi:10.1344/Oxi.2018.I13.22110

ALLUCCI, R. R. “Una aguja, una lámpara, un telar”. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 27, n. 3, p. 1-14, dez. 2019. https://doi.org/10.1590/1806-9584-2019v27n354376

ANDRADE, J. B. de. Arpilleras bordando a resistência. CATÁLOGO – Memorial da América Latina, 2015.

ARGENTINA. Madres de la Plaza, el pueblo las abraza. 2022. Disponível em: https://www.argentina.gob.ar/noticias/Madres-de-la-plaza-el-pueblo-las-abraza Acesso em: 19 jul. 2022.

BACIC, R. História das arpilleras. In: ABRÃO, P. Catálogo da exposição Arpilleras da Resistência Política Chilena. Brasília: Marcas da Memória, Biblioteca Nacional, 2012. p. 6-9. ISBN 978-85-99117-63-7

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. 12ª. ed. São Paulo: Hucitec, 2006. 201p.

BONNEMAISON, J. Viagem em torno do território. In: CORRÊA, R. L.; ROSENDAHL, Z. (Orgs.). Geografia Cultural: uma antologia. Rio de Janeiro: Ed. UERJ, vol. II, 2012. p. 279-304.

BORRE, L. Narrativas têxteis: quais regime de verdade buscamos criar?. MODOS: Revista de História da Arte, Campinas, v. 6, n. 2, p. 442-479, mai, 2022. DOI: 10.20396/modos.v6i2.8667448.

BRASIL. Comissão Nacional da Verdade. Mortos e desaparecidos políticos/Comissão Nacional da Verdade. Relatório Volume III, Brasília, DF: CNV, 2014. 1996p.

CHILE. Decreto n. 23, 18 de septiembre, 1979. Declara a la cueca danza nacional de Chile. Santiago do Chile: Biblioteca del Congreso Nacional de Chile. Disponível em: https://www.bcn.cl/leychile/navegar?idNorma=224886. Acesso em: 04 abr. 2022.

CHILE. Ministerio del Interior. Informe: Comision Nacional sobre Prision Politica y Tortura. Santiago do Chile: Ministerio del Interior, 2005. 777p. Disponível em: www.derechoshumanos.net/paises/America/derechos-humanos-Chile/informes-comisiones/Informe-Comision-Valech.pdf. Acesso em: 15 dez. 2020.

COSGROVE, E. D. Em direção a uma geografia cultural radical: problemas da teoria. Espaço e Cultura, Rio de Janeiro, n. 5, p. 5–29, jan/jun. 2013. https://doi.org/10.12957/espacoecultura.1998.6313

DA SILVA, C. G. Uma Reflexão Bakhtiniana Sobre a palavra e seus Sentidos: Signo Ideológico, Significação e Tema em Perspectiva Dialógica. Cadernos do IL, [S. l.], n. 52, p. 440–460, 2016. DOI: 10.22456/2236-6385.67802.

DUARTE, A. R. F. Em guarda contra a repressão: as mulheres e os movimentos de resistência à ditadura na América Latina. In: anais do XXIV Simpósio Nacional de História, São Leopoldo, 2007. Disponível em: https://anpuh.org.br/uploads/anais-simposios/pdf/2019-01/1548210565_78538466741356813f92abea749ed7d9.pdf. Acesso em: 15 dez. 2020.

ERTZOGUE, M. H. Quando o bordado e a memória se entrelaçam: imagem e oralidade em Arpilleras amazônicas. História Revista, Goiânia, v. 23, n. 3, p. 104–120, set./dez., 2018. DOI: 10.5216/hr.v23i3.51464.

ERTZOGUE, M. H.; BUSQUETS, M. V. El agua es de los pueblos y no de Belo Monte: represas y pérdidas de redes de sociabilidad de las poblaciones afectadas representadas en arpilleras amazónicas. Tabula Rasa, Bogotá, 2019. n.30, p. 109-31. doi.org/10.25058/20112742.n30.06

FERREIRA, Y. N.; SANTOS, D. N. dos. Literatura e Direitos Humanos: representações da violência de um Estado ditatorial. Confluência: Revista Hispánica de Cultura y Literatura, Fort Collins, v. 35, n. 2, p.18-28, mar./jun., 2020. Doi: 10.1353/cnf.2020.0002

FONSECA, R. L.; SALVI, R. F. A mensagem como um sistema de registros organizado por representações que provocam respostas ao ensino de geografia. Boletim Goiano de Geografia, Goiânia, v. 39, p. 1–23, 2019. https://doi.org/10.5216/bgg.v39i0.53965

FRESQUET, A.; CARDOSO JUNIOR, W. Violeta Parra e suas arpilleras decoloniais. Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica, Salvador, v. 6, n. 18, p. 449-469, mai./ago., 2021. Doi: 10.31892/rbpab2525-426X.2021.v6.n18.p449-469

GALLARDO, M.; MEDALLA, T. Para una política de la insistencia: trayectorias y desplazamientos de la Cueca Sola en Chile (1978-2019). Índex, Revista de arte contemporáneo, Quito, n.8, p.192 – 200, jul./dic., 2019. https://doi.org/10.26807/cav.v0i08.292

GARCIA, A. L. M. A leitura a partir da fenomenologia e semiótica de C. S. Peirce. Leitura: Teoria & Prática, Campinas, São Paulo, v.35, n.70, p.133-145, 2017. https://doi.org/10.34112/2317-0972a2017v35n70p133-145

GARCIA, E. V. “Arpilleras - Bordando a Resistência”. Viena: HORIZONT3000, 2016. 10p.

GARZA, A. de la; HERNÁNDEZ-ESPINOSA, C.; ROSAR, R. Embroidery as Activist Translation in Latin America. Textile: The Journal of Cloth and Culture, v. 20, p. 168-181, 2022. Doi: https://doi.org/10.1080/14759756.2021.1962697

LADUKE, B. Chile: Embroideries of Life and Death. The Massachusetts Review, v. 24, n. 1, p. 33–40, 1983. JSTOR, www.jstor.org/stable/25089383.

LIMA, M. do S. P. Arpilleras: o bordado como performance cultural chilena, em favor do drama social. 2018. 134 f. Dissertação (Mestrado em Performances Culturais). Faculdade de Ciências Sociais, Universidade Federal de Goiás. Goiânia, 2018.

LODY, R. Barro & balaio: dicionário do artesanato popular brasileiro. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2013.

MEIRA, C. G. E.; PEREIRA, E.; SARZI K. B. D.; PEIXOTO, M. S. S. Ícone e símbolo: a semiótica Peirceana na língua brasileira de sinais. Mimesis, Bauru, v. 38, n. 2, p. 157-166, 2017.

MIRSA - Museo de la Solidaridad Salvador Allende. Museo internacional de la resistencia salvador allende, mirsa, 1975-1990. Santiago do Chile: Mirsa, 2016. 230 p.

MMDH- Museu da Memória e dos Direitos Humanos. Achado de Lonquén - Fundo Família Ortiz Rojas, 2018. Disponível em: https://web.museodelamemoria.cl/sobre-las-colecciones/pieza-del-mes/hallazgo-de-lonquen/. Acesso em: 13 jul. 2022.

MONTEIRO, G. 100 ANOS DE ZUZU ANGEL. ELLE. 08 de junho de 2021. Moda. Disponível em: https://elle.com.br/moda/100-anos-de-zuzu-angel. Acesso em: 08 de Abr. de 2023.

MONTORO, J. M.; BARRENECHE, S. M. Towards a social semiotics of geo-cultural identities: theoretical foundations and an initial semiotic square. Estudos Semióticos, São Paulo,v.17 , n.2 , p.121-142. 2021. doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2021.175957

PEIRCE, C. S. Semiótica. Trad. José Teixeira Coelho Neto. 3ª Ed. São Paulo: Perspectiva, 2005. 337p.

PEREDA, R. M. Las bordadoras de la vida y de la muerte - Las arpilleras chilenas se exponen en Madrid. El País. Madri. 15 de setembro de 1977. Cultura. Disponível em: elpais.com/diario/1977/09/15/cultura/243122402_850215.html?rel=buscador_noticias. Acesso em: 04 abr. 2022.

PRAIN, L. Strange material: storytelling through textiles. Vancouver: Arsenal Pulp Press, 2014. 261p.

ROCHA, L. B. Fenomenologia, semiótica e geografia da percepção: alternativas para analisar o espaço geográfico. Revista da Casa da Geografia de Sobral, Sobral, v. 4/5, p. 67-79, 2002/2003.

SANTAELLA, L. O que é semiótica. São Paulo: Brasiliense, 2012.

Publicado

2024-10-02

Cómo citar

Caio Augusto Amorim, & Oliveira, A. M. de. (2024). El geosímbolo de arpillera como lenguaje de resistencia política. Revista De Geografia, 41(3), 49–66. https://doi.org/10.51359/2238-6211.2024.264174