"The fisherman is suffering": identities and conflicts about social reproduction of artisanal fishing in the sea of Itapoã, Espírito Santo state

Authors

  • Fanny Longa Romero UNISINOS

Keywords:

artisanal fishing, identity, ethnography, time, space

Abstract

I discuss in this article the artisanal fishing activity in the town of Vila Velha, in Espírito Santo State, seeking to confront the processes of self-attribution, of recognition and of identity affiliations, which are permeated by tensions and conflicts between the local fishermen around the social reproduction of the fishery modality that seems to be endangered. On the other hand, I study the processes of transformations in the fishing activity starting from categories such as time and space as these notions are perceived and activated in everyday experiences of the social agents. The material registered is the result of an initial phase of ethnographic fieldwork that took place in Itapoã beach, in March 2013. By developing the theme of artisanal fishing from the field study of maritime anthropology, or anthropology of fishing, I intend to contribute to the studies of fishing societies in Brazil, as part of a procedural approach on identities, actions and forms of local organizations.

Author Biography

Fanny Longa Romero, UNISINOS

Doutora em Antropologia Social (UFRGS), Pós Doutoranda do PPGCS-Unisinos.

References

ACHESON, J. Anthropology of fishing. Annual Review of Anthropology. Mississauga, v. 10, p. 275-316, 1981.

ADOMILLI, G. K. Terra e mar, do viver e do trabalhar na pesca marítima. Tempo, espaço e ambiente junto a pescadores de São José do Norte – RS. 2007. 343 f. Tese (Doutorado em Antropologia Social) - Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, RS, 2007.

BARTH, F. Grupos étnicos e suas fronteiras. In: POUTIGNAT, P; STREIFFER-FENART, J. Teorias da etnicidade. São Paulo: UNESP, 1998. Parte II, p. 185-228.

BECK, A. Pertence à mulher: mulher e trabalho em comunidades pesqueiras do litoral de Santa Catarina. Revista de Ciências Humanas. Florianópolis, v. 7, n. 10, p. 8-24, 1991.

BRETON, Y. L’ anthropologie sociale et les sociétés de pêcheurs. Réflexions sur la naissance d’un sous-champ disciplinaire. Anthropologie et Sociétés. Montreal, v. 5, n. 1, p. 7-27, 1981.

BRETON, Y; DOYON, S. La noción de “familia” en la antropología marítima: del parentesco al manejo costero. Revista perspectivas rurales 6. Heredia, n. 2, ano 3, p. 36-47, 1999.

BRITTO, R. Modernidade e tradição. Construção da identidade social dos pescadores de Arraial do Cabo – RJ. Niterói: Eduff, 1999.

COLAÇO, J. Quanto custa ser pescador artesanal? Etnografia, relato e comparação entre dois povoados pesqueiros no Brasil e em Portugal. 2012. 338 f. Tese (Doutorado em Antropologia) - Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Universidade Federal Fluminense. Niterói, RJ, 2012.

DE CERTEAU, Michel. A invenção do cotidiano: artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 2001.

DIEGUES, A. A pesca no litoral sul de São Paulo. 1973. Dissertação. (Mestrado em Ciências Sociais-Sociologia) - Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, 1973.

DIEGUES, A. Pescadores, camponeses e trabalhadores do mar. São Paulo: Ática, 1983.

DIEGUES, A. A sócio-antropologia das comunidades de pescadores marítimos no Brasil. Lisboa, Etnográfica, v. III, n. 2, p. 361-375, 1999.

DIEGUES, A.; NOGARA, P. O nosso lugar virou parque. São Paulo: Nupaub, 1994.

DOUGLAS, M; ISHERWOOD, B. O mundo dos bens. Para uma antropologia do consumo. Rio de Janeiro: EDUFRJ, 2004.

DUARTE D., L. F. As redes de suor: a reprodução social dos trabalhadores da produção da pesca em Jurujuba. Niterói: Eduff, 1999.

EVANS-PRITCHARD, E. Os Nuer: uma descrição do modo de subsistência e das instituições políticas de um povo nilota. São Paulo: Perspectiva, 1978.

FILGUEIRAS, M. de P. Entre barracões e módulos de pesca: Pescaria e meio ambiente na regulação do uso de espaços públicos na Barra do Jucu. 2008. 212 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia) - Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Universidade Federal Fluminense. Niterói, RJ, 2008.

FILGUEIRAS, M. de P. A administração institucional dos conflitos ambientais no Brasil e nos Estados Unidos: direito e meio ambiente em uma perspectiva comparada. 2012. 168 f. Tese (Doutorado em Antropologia) - Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, 2012.

FREITAS N, R.; Di Beneditto, A. Diversidade de artefatos da pesca artesanal marinha do Espírito Santo. Biotemas, Vitória, v. 20 n. 2, p. 107-119, 2007.

FURTADO, L. Curralistas e redeiros de marudá: pescadores do litoral do Pará. Belém: Museu Emílio Goeldi, 1987.

FURTADO, L.; LEITÃO, W; MELLO, A. F. de. Povos das águas: realidade e perspectivas na Amazônia. Belém: PR/MCT/CNPq - Museu Emílio Goeldi, 1993.

KANT DE LIMA, R. Os pescadores de Itaipu. A Produção de tainha e a produção ritual da identidade. Niterói: Eduff, 1997.

LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos: ensaio de antropologia simétrica. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1994.

LIMA, T. S. Um peixe olhou pra mim. Reflexões sobre o perspectivismo em uma cosmologia Tupi. São Paulo/Rio de Janeiro: ISA/Unesp/NuTI, 2005.

LÉVI-STRAUSS, C. A ciência do concreto. In: LÉVI-STRAUSS, C. O pensamento selvagem. São Paulo: Editora Nacional/ Editora da Universidade de São Paulo, 1970.

LÉVI-STRAUSS, C. O totemismo hoje. Rio de Janeiro: Vozes, 1975.

LÓPEZ-SANZ, R. Parentesco, etnia y clase social en la sociedad venezolana. Caracas: Universidad Central de Venezuela/Centro de Desarrollo Científico y Humanístico, 2000.

LOUREIRO, V. Os Parceiros do mar: natureza e conflito social na pesca da Amazônia. Belém: Museu Emílio Goeldi, 1985.

MALDONADO, S. Pescadores do mar. São Paulo: Ática, 1986.

MELLO, A. F. A Pesca sob o capital: a tecnologia a serviço da dominação. Belém: UFPA, 1985.

MELLO, M.;VOGEL, A. Gente das areias: sociedade, história e meio ambiente no estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: EdUFF, 2004.

MOTA-MAUÉS, M. A. Pesca de homem/peixe de mulher (?): repensando gênero na literatura acadêmica sobre comunidades pesqueiras no Brasil. Etnográfica, Lisboa, v. III, n. 2, p. 377-399, 1999.

PLANTE, S. Espaço, pesca e turismo em Trindade. São Paulo: Nupaub, 1997.

SANTOS, C.; MILLER, F. As relações entre pescadores e sua entidade representativa: a colônia de pesca Z-34 (RN). In: Anais do XV Encontro de Ciências Sociais do Norte e Nordeste. Teresina: UFPI, 2012. Disponível em: <http://www.sinteseeventos.com.br/ciso/anaisxvciso/resumos/GT24-39.pdf>. Acesso em 02 maio de 2013.

SANTOS, M. Metamorfose do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1988.

SANTOS, M. Técnica, espaço, tempo: globalização e meio técnico-científico informacional. São Paulo: Hucitec, 1994.

SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2006.

SAUTCHUK, C.M. O arpão e o anzol. Técnica e pessoa no estuário do Amazonas (Vila Sucuriju, Amapá). 2007. 309 f. Tese (Doutorado em Antropologia Social) - Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social. Brasília, 2007.

WOORTMAN, E. Da complementaridade à dependência: a mulher e o ambiente em comunidades “pesqueiras” do Nordeste. Série Antropológica 111. Brasília, p. 1-35, 1991. Disponível em: < http://wp2.oktiva.com.br/portaldomar-bd/files/2010/10/Serie111empdf4.pdf>. Acesso em 10 maio de 2013.