Populism in the emergence of bolsonarism: education and gender in dispute
DOI:
https://doi.org/10.51359/2317-5427.2025.265929Keywords:
bolsonarismo;, populism;, identity;, gender;, education.Abstract
This study examines the emergence of Bolsonarism in the public arena, particularly in relation to disputes over educational dominance and gender identity. The research aims to interpret the native categories of the Escola Sem Partido (ESP) Bills of Law and establish relationships between them. The analysis draws on federal-level Bills of Law from 2014 to 2016, supplemented by bibliographic sources on ESP, education, gender, and Bolsonarism. From a perspective that considers the symbolic and power dynamics, the analysis of the ESP's classification forms reveals the emergence of a right-wing worldview in Brazil, which reclaims an essentialist understanding of sex and opposes the academic concept of gender. The concept of populism helps to resolve some of the contradictions and paradoxes of Bolsonarism, including its insurgent discourse on family values and the construction of enemies among teachers.
References
ABRANCHES, Sérgio. Polarização radicalizada e ruptura eleitoral. In: Democracia em risco? 22 ensaios sobre o Brasil de hoje. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
ABRUCIO, Fernando. A ideologia do movimento Escola Sem Partido: 20 autores desmontam o discurso. São Paulo: Ação Educativa, 2016.
ALMEIDA, Miguel Vale de. Senhores de si: uma interpretação antropológica da masculinidade. Lisboa: Fim de século, 1995.
ALMEIDA, Ronaldo. Deus acima de todos. In: ABRANCHES, Sérgio. Democracia em risco? 22 ensaios sobre o Brasil de hoje. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
ALONSO, Angela. A comunidade moral bolsonarista. In: ABRANCHES, Sérgio. Democracia em risco? 22 ensaios sobre o Brasil de hoje. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
APPLE, Michael. Educando à direita: mercados, padrões, Deus e desigualdade. São Paulo: Cortez, 2003.
APPLE, Michael. Ideologia e currículo. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.
AVELAR, Idelber. Eles em nós: retórica e antagonismo político no Brasil do século XXI. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Record, 2021.
BARROS, Thomás Zicman de; LAGO, Miguel. Do que falamos quando falamos de populismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.
BOURDIEU, Pierre. Esboço de uma teoria da prática. In: ORTIZ, Renato (Org.). Pierre Bourdieu: sociologia. São Paulo: Ática, 1983.
BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas linguísticas: o que falar quer dizer. São Paulo: Universidade de São Paulo, 1996.
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. 11. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.
BOURDIEU, Pierre; PASSERON, Jean-Claude. A Reprodução: elementos para uma teoria do sistema de ensino. Petrópolis: Vozes, 2013.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. 19. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2020.
CAPAVERDE, Caroline Bastos; LESSA, Bruno Souza; LOPES, Fernando. “Escola sem partido” para quem? Ensaio: Aval. Pol. Públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 27, n. 102, p.204-222, jan./mar. 2019.
CARLOTTO, Maria Caramez. Guerra em campo aberto: as disputas pela mudança estrutural do espaço intelectual brasileiro. In: CASSIO, Fernando (Org.). Educação contra a barbárie: por escolas democráticas e pela liberdade de ensinar. São Paulo: Boitempo Editorial, 2019.
CERVI, Gicele Maria; SANTOS, Tiago Ribeiro. D. Quixote contra os moinhos: um ensaio sobre o Movimento Escola Sem Partido. Ensaio: Aval. Pol. Públi. Educ., Rio de Janeiro, v. 27, n. 105, p. 712-731, out./dez. 2019.
CESARINO, Letícia. As ideias voltaram ao lugar? Temporalidades não lineares no neoliberalismo autoritário brasileiro e sua infraestrutura digital. In: Caderno CHR, Salvador, v. 34, p. 1-18, 2021.
DIONNE, Jean; LAVILLE, Christian. A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999.
DURKHEIM, Émile; MAUSS, Marcel. Algumas formas primitivas de classificação: contribuição para o estudo das representações coletivas. In: MAUSS, Marcel. Ensaio de sociologia. São Paulo: Perspectiva, 2005.
EMPOLI, Giuliano da. Os engenheiros do caos. São Paulo: Vestígio, 2019.
FRASER, Nancy. Do neoliberalismo progressista a Trump – e além. In: Política e Sociedade, Florianópolis, v. 17, n. 40, set./dez. 2018.
FLICK, Uwe. Introdução à pesquisa qualitativa. 3. ed. Tradução Joice Elias Costa. Porto Alegre: Artmed, 2009.
GEERTZ, Clifford. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: LTC., 1989.
GEERTZ, Clifford. Nova luz sobre a antropologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2001.
HALL, Stuart. Quem precisa da identidade? In: SILVA, Tomaz Tadeu da (Org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, 2014.
JUNQUEIRA, Rogério Diniz. A “ideologia de gênero” existe, mas não é aquilo que você pensa que é. In: CASSIO, Fernando (Org.). Educação contra a barbárie: por escolas democráticas e pela liberdade de ensinar. São Paulo: Boitempo Editorial, 2019.
KALIL, Isabela. Quem são e no que acreditam os eleitores de Jair Bolsonaro. São Paulo: NEU (Núcleo de Etnografia Urbana e Audiovisual) da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo,Relatório de pesquisa, 2018.
KALIL, Isabela. Do cidadão de bem ao patriota: eleições, desinformação e extremismo. In: INÁCIO, Magna; OLIVEIRA, Vanessa Elias de (Org.). Democracia e eleições no Brasil: para onde vamos? São Paulo: Hucitec, 2022.
MARIANO, Ricardo. Ativismo político de evangélicos conservadores rumo à extrema direita. In: INÁCIO, Magna; OLIVEIRA, Vanessa Elias de (Org.). Democracia e eleições no Brasil: para onde vamos? São Paulo: Hucitec, 2022.
MOREIRA, Helce; MOURA, Fernanda.; TEIXEIRA, Pedro. Homeschooling, ensino de controvérsias e o novo conservadorismo brasileiro. In: Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 52, 2022.
PIERUCCI, Antônio Flávio. As bases da nova direita. In: Novos Estudos CEBRAP, n. 19, p. 26-45, dez. 1987.
ROCHA, Camila. 'Menos Marx, mais Mises': uma gênese da nova direita brasileira (2006-2018). 2019. 232 f. Tese (Doutorado em Ciência Política) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, 2019.
ROCHA, Camila; SOLANO, Esther. Bolsonarismo em crise? Friedrich-Ebert-Stiftung Brasil (FES), São Paulo, jun. 2020. Disponível em: http://library.fes.de/pdf-files/bueros/brasilien/16277.pdf. Acesso em: 22 nov. 2022.
SAHLINS, Marshall. Ilhas de história. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990.
SANTOS, Anderson. Regulação social e as formas de consenso no movimento “Escola sem partido”. Curitiba: CRV, 2021.
WOODWARD, Kathryn. Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual. In: SILVA, Tomaz Tadeu da (Org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, 2014.
Leis
BRASIL. Câmara dos Deputados. Projeto de Lei nº 7180/2014. Altera o art. 3º da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF, 2014. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/a-camara/programas-institucionais/cursos/pos-graduacao/mestrado-em-poder-legislativo/orientacoes-aos-discentes/ComoCitareReferenciar_2020.pdf. Acesso em: 12 jul. 2023.
BRASIL. Senado Federal. Projeto de Lei nº 193/2016. Inclui entre as diretrizes e bases da educação nacional, de que trata a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, o "Programa Escola sem Partido". Brasília, DF, 2016. Disponível em: https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/125666. Acesso em 28 jul. 2023.
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Guilherme Oliveira de Paula, Marcelo Rodrigues Conceição
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado
