Políticas públicas de saúde e bem-estar social: fronteiras entre o financiamento público e o privado no Brasil e em Portugal
DOI :
https://doi.org/10.51359/2317-5427.2017.235791Mots-clés :
welfare state, políticas públicas, proteção social, saúde, financiamentoRésumé
As políticas de welfare surgem como uma resposta do Estado às relações com o mercado nas sociedades industriais modernas. A emergência de demandas sociais resulta, assim, da tensão entre democracia e capitalismo.Considerada um dos pilares dos sistemas ocidentais de proteção social, a saúde pública articula-se, em geral, a outras políticas sociais. Ao se estudar políticas públicas faz-se necessário recorrer às conexões entre Estado,política, economia e sociedade. A saúde pública é prestada de múltiplas formas, cujas variáveis decorrem do contexto político-econômico. O presente estudo objetiva identificar os dispêndios público e privado na proteção social da saúde do Brasil e de Portugal, a partir de dados estatísticos mais recentes disponíveis da Organização Mundial da Saúde (OMS) e a da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).Références
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. São Paulo: Saraiva, 2013.
BRIGGS, Asa. The welfare state in historical perspective. In: PIERSON, Cristopher. Welfare state: a reader. Cambridge: Polity Press, 2000.
BRAVO, Maria Inês Souza. A saúde no Brasil e em Portugal na atualidade: o desafio de concretizar direitos. Serviço Social & Sociedade, São Paulo, n. 102, abr./jun. 2010, p. 205-221.
DRAIBE, S. O Welfare State no Brasil: características e perspectivas. Caderno de Pesquisa. n. 80. Núcleo de Estudos de Políticas Públicas, 1993.
ESPING-ANDERSEN, Costa. As três economias políticas do welfare state. Lua Nova, n. 24, São Paulo, set. 1991.
FLEURY, Sonia. Estado sem cidadãos: seguridade social na América Latina.Rio de Janeiro: Fiocruz, 1994.
FLEURY, Sonia; OUVERNEY, Assis Mafort. Política de Saúde: uma política social. In: GIOVANELLA, Lígia (org.). Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2012.
FLEURY, Sonia. Política social e democracia: reflexões sobre o legado da seguridade social. In: Caderno de Saúde Pública. R.J., 1(4):400-417, out/dez, 1985. HOWLETT, Michael; RAMESH, M.; PERL, Anthony. 1955. Política pública: seus ciclos e subsistemas: uma abordagem integradora. [tradução técnica Francisco G. Heidemann]. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
IMMERGUT, Ellen M.. As regras do jogo: a lógica da política de saúde na França, na Suíça e na Suécia. In: RBCS. n. 30, 1996. IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Perspectivas da política social no Brasil. Série eixos do Desenvolvimento Brasileiro. Livro 8. Brasília: Ipea, 2010.
IMMERGUT, Ellen M. Sistema de Indicadores de Percepção Social. Nossos Brasis: prioridades da população; Brasília: Ipea, 2013. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/SIPS/131212_nossos_brasis.pdf.>. Acesso em: 27/02/2014.
KERSTENETZKY, Celia Lessa. O estado do bem-estar na idade da razão: a reinvenção do estado social no mundo contemporâneo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
KERSTENETZKY, Celia Lessa. Políticas sociais sob a perspectiva do Estado do Bem-Estar Social: desafios e oportunidades para o “catching up” social brasileiro. Rio de Janeiro: BNDES, 2010.
MARSHALL, T. H. Cidadania, classe social e status. Rio de Janeiro: Zahar, 1967.
MENICUCCI, Telma Maria Gonçalves. Público e Privado na Política de Assistência à Saúde no Brasil: atores, processos e trajetória. Rio de Janiero: Fiocruz, 2007.
ONU, Organização das Nações Unidas. My World. Disponível em: <http://www.myworld2015.org/?lang=pr&page=results>. Acesso em: 27/02/2014.
OCDE, Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. 2014. The crisis and its afternoon: a stress test for societies and social policies. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1787/soc_glance-2014-5-enp>. Acesso em: 17 fev. 2014.
MOZZICAFFREDO, Juan. O Estado-Providência em Portugal: estratégias contraditórias. Sociologias: problemas e práticas, n. 12, 1992, p. 57-89.
NUNES, João Arriscado. As dinâmicas da(s) ciência(s) no perímetro do centro: uma cultura científica de fronteira? Revista Crítica de Ciências Sociais, 63, out. 2002, p. 189-198.
OMS, Organização Mundial da Saúde. Constituição. New York: OMS, 1946.
OMS, Organização Mundial da Saúde. Informe mundial sobre violência e saúde. Genebra: OMS, 2002.
PIERSON, Cristopher. Beyond the welfare state? 2 ed. Pensylvania: Pensylvania State University Press, 1998.
RODRIGUES, Eduardo Vitor. O Estado e as políticas sociais em Portugal. Sociologia: Revista do Departamento de Sociologia da FLUP, v. 20, Portugal, 2010, p. 191-230.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Estado e sociedade na semiperiferia do sistema mundial: o caso português. Análise Social, v. 21 (87-88-89), Portugal, 1985, p. 869-901.
SANTOS, Wanderley Guilherme dos. A trágica condição da política social. In: ABRANCHES, S. H.; SANTOS, W. G.; COIMBRA, M. A. Política social e combate à pobreza. 4 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998.
TAPIA, Jorge R. B. Políticas públicas, aprendizado social e direitos nas sociedades modernas: breves reflexões. In: Teoria e Cultura. v.1. n. 1. Jan/Jun, 2006.
Téléchargements
Publié-e
Numéro
Rubrique
Licence

Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution 4.0 International.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado