O populismo como política religiosa e como religião política
DOI :
https://doi.org/10.51359/2317-5427.2025.266247Mots-clés :
democracia, nostalgia holística, populismo, religião políticaRésumé
O artigo explora o populismo como uma nostalgia holística, definindo-o como um imaginário político que idealiza um passado de pureza e harmonia do povo, corrompido por elites e restaurado por líderes redentores. O populismo é analisado como uma mentalidade que sacraliza a política, transformando-a em uma religião secular, onde o povo uno busca regeneração através de revoluções ou reformas. O artigo contrasta o povo populista (orgânico, homogêneo) com o povo constitucional (plural, secular), destacando a tensão entre visões holísticas e pluralistas. O populismo alimenta narrativas apocalípticas, polariza sociedades e instrumentaliza temas como migração e ecologia para mobilizar paixões coletivas. Nesse sentido, embora a democracia secular tenha mitigado parte do impulso populista, a secularização não é linear, e o populismo ressurge em contextos de crise, reacendendo conflitos entre identidade sagrada e pluralismo profano. A resistência do populismo é atribuída à sua capacidade de oferecer sentido e pertencimento em um mundo percebido como fragmentado.
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