Divisões de gênero, posição socioeconômica e desigualdade de saúde no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.51359/2317-5427.2019.243766Palavras-chave:
gênero, fatores socioeconômicos, desigualdade de saúdeResumo
O artigo analisa a associação entre gênero e saúde, estima a desigualdade de gênero de saúde de 2003 a 2013, caracteriza o papel dos fatores socioeconômicos nesta desigualdade e investiga as variações da desigualdade de gênero a depender da posição socioeconômica. Estimam-se as probabilidades preditas e as diferenças absolutas e proporcionais de gênero na probabilidade de ter uma autoavaliação não boa do estado de saúde. São utilizados os suplementos de saúde da PNAD-2003, da PNAD-2008 e os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013. Os fatores socioeconômicos revelam diferentes facetas e mostram potenciais distintos de demarcação das discrepâncias de gênero de saúde. O bloco classe-renda e a educação vêm atuando de forma bastante diferenciada na desigualdade de gênero de saúde. Classe e renda agem como fatores mediadores e educação como variável supressora. O efeito mediador de renda suplanta o efeito supressor da educação. Avalia-se em 2013 o papel mediador de relevantes fatores de risco e doenças crônicas na desigualdade resultante. As divisões de gênero geram desvantagens de saúde especialmente entre os grupos que estão situados em circunstâncias não vantajosas de emprego e renda.
Referências
ANNANDALE, E. 2010. Health status and gender. In: COCKERHAM, W. C. (ed.). The new Blackwell companion to medical sociology. Oxford: Wiley-Blackwell. p. 97-112.
ANNANDALE, E. 2014. The sociology of health and medicine: a critical introduction. 2. ed. Cambridge: Polity Press.
AQUINO, E. M. L.; MENEZES, G. M.S.; AMOEDO, M. B. 1992. Gênero e saúde no Brasil: considerações a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Revista de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 26, n.3, p.195-202. http://www.scielo.br/pdf/rsp/v26n3/11.pdf
AQUINO, E. M. L. 2006. Gênero e saúde: perfil e tendências da produção científica no Brasil. Revista de Saúde Pública, v. 40 (N Esp.), p.121-32. http://www.scielo.br/pdf/rsp/v40nspe/30631.pdf
BARTLEY, M. 2004. Health inequality: an introduction to theories, concepts and methods. Cambridge: Polity.
BEST, H.; WOLF, C. 2015. Logistic regression. In: BEST, H.; WOLF, C. Wolf (ed.). The SAGE handbook of regression analysis and causal inference. Los Angeles: Sage. p. 153-171.
BORRELL, C. et al. 2004.Social class and self-reported health status among men and women: what is the role of work conditions, household material standards and household labor? Social Science & Medicine, v. 58, n. 10, p.1869-1887. https://doi.org/10.1016/S0277-9536(03)00408-8
DAHLIN, J.; HÄRKÖNEN, J. 2013. Cross-national differences in the gender gap in subjective health in Europe: Does country-level gender equality matter? Social Science & Medicine, v. 98, December, p. 24-28. https://doi.org/10.1016/j.socscimed.2013.08.028
DOYAL, L. 2000. Gender equity in health: debates and dilemmas. Social Science & Medicine. v. 51, n. 6, p. 931-939. https://doi.org/10.1016/s0277-9536(00)00072-1
AUTOR.
AUTOR.
JYLHA, M. 2009. What is self-rated health and why does it predict mortality? Towards a unified conceptual model. Social Science & Medicine, v. 69, n. 3, p. 307-316. https://doi.org/10.1016/j.socscimed.2009.05.013
JYLHA, M. 2011. Self-Rated health and subjective survival probabilities as predictors of Mortality. In: ROGERS, R.G.; CRIMMINS, E.M. (eds.), International handbook of adult mortality. New York: Springer. p. 329-344.
MANOR, O.; MATEHEWS, S.; POWER, C. 2000. Dichotomous or categorical response? Analysing self-rated health and lifetime social class. International Journal of Epidemiology, v. 29, n. 1, p. 419-28. https://doi.org/10.1093/ije/29.1.149
MOOD, C. 2010. Logistic regression: why we cannot do what we think we can do, and what we can do about it. European Sociological Review, v. 26, n. 1, p. 67–82. https://doi.org/10.1093/esr/jcp006
LONG, J. S. MUSTILLO, S. A. 2018. Using predictions and marginal effects to compare groups in regression models for binary outcomes”. Sociological Methods & Research, On Line First. https://doi.org/10.1177/0049124118799374
READ, J. G.; GORMAN, B. K. 2006. Gender inequalities is US adult health: the interplay of race and ethnicity. Social Science & Medicine, v. 62, n. 5, p. 1045-1065. https://doi.org/10.1016/j.socscimed.2005.07.009
READ, J. G.; GORMAN, B. K. Gender and health inequality. 2010. Annual Review of Sociology, v. 36, p. 371–86. https://doi.org/10.1146/annurev.soc.012809.102535
RIDGEWAY, C. 2011. Framed by gender. Oxford: Oxford University Press. SHAW, M. et al. 2007. The handbook of inequality and socioeconomic position: concepts and measures. Bristol: The Policy Press.
SZWARCWALD, C. L. et al. 2005. Determinantes sócio-demográficos da auto-avaliação da saúde no Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 21, Sup: S54-S64. http://www.scielo.br/pdf/csp/v21s1/07.pdf
SNEAD MC. Self-Rated Health. 2014. In: Cockerham, WC; Dingwall, R; Quah, SR, editores. The Wiley Blackwell encyclopedia of health, illness, behavior, and society. New Jersey: John Wiley & Sons.
VILLELA, W.; MONTEIRO, S.; VARGAS, E. 2009. A incorporação de novos temas e saberes nos estudos em saúde coletiva: o caso do uso da categoria gênero. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 14, n.4, p. 997-1006. http://www.scielo.br/pdf/csc/v14n4/a02v14n4.pdf
WILLIAMS, Richard. 2016. Understanding and interpreting generalized ordered logit models. The Journal of Mathematical Sociology, v. 40, n. 1, 7–20.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Estudos de Sociologia

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License. Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado