Um patrimônio: identidade ou construção narrativa? estudo de caso da casa de Clarice Lispector
DOI :
https://doi.org/10.51359/2525-6092.2024.262169Mots-clés :
memória, patrimonialização, bem cultural, construção de narrativaRésumé
A discussão sobre processo de patrimonialização de bens imóveis tem se tornado cada vez mais recorrente na sociedade atual, num esforço para preservar os bens considerados como culturais. O presente artigo tem o objetivo de discutir quais critérios serão adotados para selecionar dentre tantos imóveis, e quais serão eleitos como mais ou menos importantes para serem tombados e se é possivel que a escritora Clarice Lispector esteja na memória do Recife da mesma maneira que o mesmo encotra-se eternizado em sua obra. Na metodologia foram aplicados os aspectos dos conceitos de tombamento, patrimonialização e memória, como forma basilar para nortear as reflexões geradas, através de pesquisa qualitativa com análise documental da legislação patrimonial vigente para procurar entender de forma mais clara possível esses procedimentos, tomamos como estudo de caso o processo de tombamento da Casa de Clarice Lispector. Desde sua solicitação até seu deferimento, é possível discutir os diversos aspectos determinantes para a aprovação do processo. A escolha se justifica pela sua relevância como escritora de reconhecimento nacional e internacional, pelas características arquitetônicas do imóvel e por um grupo de intelectuais acadêmicos e literatos locais . Outro aspecto de relevância a ser mencionado é o fato de que a sociedade não esteve presente ativamente nesse processo, visto que um bem cultural deve fazer parte de sua memória individual e coletiva.
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© Irineia Freitas dos Santos 2024

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