Revisitando a Teoria Pura do Direito a partir da tradição jurídica brasileira:

Um aperfeiçoamento jurídico?

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.51359/2448-2307.2024.262353

Mots-clés :

Teoria Pura do Direito, Hans Kelsen, Tradição Jurídica Brasileira, Norma Jurídica, Epistemologia

Résumé

O presente artigo busca entender a posição metodológica de Hans Kelsen, que tem a norma jurídica como ponto fundamental de observação da Ciência do Direito levantados em sua Teoria Pura do Direito. O problema recai principalmente na sua definição do objeto da ciência jurídica, sendo este objeto: a norma jurídica. Logo, o objetivo é entender a posição metodológica de Hans Kelsen e compreender as consequências desta situação, argumentando em favor dos pontos de contradição levantados. O estudo utiliza uma metodologia dedutiva e exploratória e de cunho qualitativo que, visando a dialetização da proposta, apresenta inicialmente institutos da Teoria Pura do Direito, explicando conceitos kelsenianos presentes na obra em tela. Em seguida, segue-se um tópico crítico contrapondo a (im) possibilidade da norma jurídica ser o objeto primeiro de análise na epistemologia jurídica. Por fim, um tópico apresenta uma solução à problemática destacada num diálogo com uma tradição jurídica brasileira. Conclui-se que, nessa ponte entre o tradicional e o contemporâneo, há uma impossibilidade epistemológica em compreender a norma jurídica - sendo uma regra, uma manifestação formal - como o alicerce fundante da Teoria do Direito.

Bibliographies de l'auteur

Otto Manoel Rufino Pereira, Universidade Federal de Pernambuco

Bacharel em Direito pelo Centro Universitário Maurício de Nassau. Bacharelando em Filosofia pela Universidade Federal de Pernambuco. Pós-graduando em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

José Lourenço Torres Neto, Centro Universitário Maurício de Nassau

Doutor em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco. Mestre em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco. Vencedor do Prêmio Nacional de Teses em 2023 da ABRAFI/IVR.

Références

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Publiée

2024-07-10