O estatuto sociocognitivo do contexto na orientação argumentativa das práticas referenciais
Resumo
Este texto tem o objetivo de discutir o estatuto do contexto na compreensão da orientação argumentativa das práticas referenciais de pessoas afásicas que apresentam alterações em sua capacidade de realizar operações metalingüísticas. Com base na descrição dos movimentos realizados pelos sujeitos no decurso de um episódio interativo com vistas à construção e à negociação do sentido de uma determinada expressão idiomática, procuramos entrever e analisar dois aspectos do percurso (e do papel) sociocognitivo do contexto: incorporação e emergência (cf. Hanks 2008).Referências
AUTHIER-RÉVUZ, Jacqueline. 1998. As palavras incertas. Campinas: Ed. da Unicamp.
FURLANETTO, Maria Marta. 2001. P-PRIME e produção lingüística: percepção e preconceito. Revista Linguagem em (Dis)curso. (2)1.
HANKS, William. F. 2008. O que é contexto. In: BENTES, A. C.; REZENDE, R. C.; MACHADO, M. A. R. (Orgs.). Língua como prática social: das relações entre língua, cultura e sociedade a partir de Bourdieu e Bakhtin. São Paulo: Cortez.
JUBRAN, C.; URBANO, H.; FÁVERO, L. L.; KOCH, I. G. V.; RISSO, M. S. et alii. 1992. Organização tópica da conversação. In: ILARI, R. (org.). Gramática do Português Falado, 2: Níveis de Análise Lingüística. Campinas: Edunicamp/FAPESP, p. 357-479.
KERBRAT-ORECCHIONI, Catherine. 1996. Texte et Contexte. In: SCOLA. Sciences Cognitives, Linguistique & Intteligence Artificielle 6:40-59. KOCH, Ingedore G.V. 2002. Desvendando os segredos do texto. São Paulo: Cortez.
______. 2004. Introdução à lingüística textual. São Paulo: Martins Fontes.
______.2005. Referenciação e orientação argumentativa. In: KOCH, I. G. V.; MORATO, E.; BENTES, A. C. (Orgs.). Referenciação e Discurso. São Paulo: Contexto.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. 2003. Do código para a cognição: o processo referencial como atividade cognitiva. Veredas 13: 43-62.
MONDADA, Lorenza; DUBOIS, Danièlle. 1995. Construction des objets de discours et catégorisation: une approche des processus de référentiation. Berrendonner, A. & M-J. Reichler- Béguelin.Tranel 23: 273-302.
______. 2004. L’analyse de corpus dans la perspective de la linguistique interactionnelle: des analyses de cas singuliers aux analyses de collections. In. CONDAMINE, A. (Ed.), Sémantique et corpus, Paris: Hermès
MORATO, Edwiges M. 2007. Aportes da perspectiva sociocognitiva às ações terapêuticas: a experiência do Centro de Convivência de Afásicos (CCA-Unicamp). In: SANTANA, A. P.; BERBERIAN, A. P.; GUARINELLO, A. C.; MASSI, G. Abordagens grupais em Fonoaudiologia — contextos e aplicações. São Paulo: Plexus.
______. et alli. 2006. Tratamento de dados multimodais em práticas interativas de pessoas afásicas e não afásicas registradas em aúdio e vídeo no Centro de Convivência de Afásicos (Laboratório de Neurolingüística - Instituto de Estudos da Linguagem/Unicamp). Relatório Final — Pesquisa CNPq — Edital Humanas 32.
______. 2005. Metalinguagem e referenciação: a reflexividade enunciativa nas práticas referenciais. In: KOCH, I. G. V.; MORATO, E.; BENTES, A. C. (Orgs.). Referenciação e Discurso. São Paulo: Contexto. SACKS, H.; SCHEGLOFF, E. A; JEFFERSON, G. 1974. A simplest systematics for the organization of turn-talking for conversation, Language 50.
SALOMÃO, Maria Margarida. 1999. A questão da construção do sentido e a revisão da agenda dos estudos da linguagem. Veredas 3(1) 6179.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2008 Edwiges Maria Morato

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam na Revista Investigações concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (exemplo: depositar em repositório institucional ou publicar como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Qualquer usuário tem direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial.
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.