Hoje a aula é na rua: as ressignificações do espaço de ensino
DOI:
https://doi.org/10.51359/2175-294x.2018.238172Abstract
A partir da análise do discurso francesa, como suporte teórico, analisaremos o enunciado “hoje a aula é na rua”, que circulou durante as ocupações das escolas estaduais paulistas em 2015. Esse enunciado faz emergir diferentes sentidos para aula e rua e ressignifica o já estabelecido para essas palavras, construindo uma realidade de resistência. A atividade analítica ressaltará o intradiscurso, o qual permitirá ativar o interdiscurso desse enunciado que reemerge nas mobilizações estudantis em tempo e espaço distintos, resgatando as memórias instituídas a partir das formações discursivas em que esse enunciado atua.References
BAKHTIN, M. A cultura Popular na idade média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. Brasília: Hucitec, 1997.
BELISARIO, Y. ‘Hoy la clase es en la calle’, la protesta creativa de los Ucabistas”. Disponível em http://rumbacaracas.com/noticias/2014/03/28/la-ucab-continua-con-las-protestas-creativas/. Visitado em 10 de setembro de 2018.
CANDIOTTO, Cesar. A genealogia da ética de Michel Foucault. Educação e Filosofia. Uberlância, v. 27, n. 53, p. 217-234, 2013.
______. Subjetividade e verdade no último Foucault. Trans/Form/Ação, São Paulo, v. 31, n. 1, p. 87-103, 2008.
COSTA, Rogério da. Sociedade de controle. São Paulo Perspec. São Paulo, v.18, n 1 p. 161-167, 2004
DELEUZE, Gilles. Controle e devir. In. ______. Conversações (1972-1990). Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992, p. 209-218
DREYFUS, H.; RABINOW, P. Michel Foucault: uma trajetória filosófica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.
FISCHER, R.M.B. Trabalhar com Foucault: arqueologia de uma paixão. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2012.
FOUCAULT, M. Microfísica do Poder. 25. ed. Rio de Janeiro: Graal, 2008.
______. M Foucault. Conversação sem complexos com um filósofo que analisa as “estruturas do poder” (1978). In: Ditos e escritos IV: estratégia, poder-saber. Org. Manoel Barros da Mota. Trad. Vera Lúcia A. Ribeiro. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003.
______. A arqueologia do saber. 6.ed.Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2000.
______. Vigiar e Punir. Trad. Raquel Ramalhete. 20 ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1999.
______. O sujeito e o poder. In: DREYFUS, H.; RABINOW, P. Michel Foucault: uma trajetória filosófica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995. pp. 241-249.
FREIRE, S. de M. Movimento estudantil no Brasil: lutas passadas, desafios presentes. Rhela. Vol 11. 2008, pp. 131-146.
GREGOLIN, M.do R.V. O dispositivo escolar republicano na paisagem das cidades brasileiras: enunciados, visibilidades, subjetividades. Revista Moara, n 43, 2015.
______. Análise do discurso e mídia: a (re)produção de identidades. Comunicação, Mídia e consumo. São Paulo, v. 4, n.11, p. 11-25, 2008.
LOPONTE, L. G. Foucault com Nietzsche: do Nietzsche trágico ao Foucault ético: sobre estética da existência e uma ética para a docência. Educação e Realidade. v. 28, n. 2, p. 69-82, 2003.
MENEGUETTI, G.; SAMPAIO, S.S. A disciplina como elemento constitutivo do modo de produção capitalista. Revista Katál, Florianópolis, v. 19, n. 1, p. 135-142, 2016.
NOTO, C. de S. A ontologia do sujeito em Michel Foucault. Dissertação (Mestrado em Filosofia). 147f. 2009. Universidade de São Paulo, 2009.
O Mal educado. Página do facebook. Figura 1 publicada no dia 1 de dezembro de 2015. Disponível em https://www.facebook.com/mal.educado.sp/photos/pb.291834600950292.-2207520000.1461937386./726375684162846/?type=3&theater. Visitado dia 10 de setembro de 2018.
O Mal educado. Página do facebook. Figura 2 publicada no dia 2 de dezembro de 2015. Disponível em https://www.facebook.com/mal.educado.sp/photos/a.503085239825226/726897084110706/?type=3&theater. Visitado dia 10 de setembro de 2018.
ORLANDI, E. P. Discurso em Análise: sujeito, sentido, ideologia. São Paulo: Pontes, 2012.
______. Língua Imaginária e Língua Fluida In: ______. Língua Brasileira e Outras Histórias. Campinas: RG Editora, 2009.
ORTELLADO, P. Prefácio. In: CAMPOS, A.M; MEDEIROS, J.;RIBEIRO, M. Escolas de luta. São Paulo: Veneta(Coleção Baderna), 2016.
PÊCHEUX, M. O discurso: estrutura ou acontecimento. Tradução de Eni Pulcinelli Orlandi. 4 ed. Campinas: Pontes, 2006.
______. Análise Automática do Discurso (AAD-69). Trad. E. P. Orlandi. In: GADET, F.; HAK, T. Por uma Análise Automática do Discurso: uma introdução à obra de M. Pêcheux. Campinas: Ed. da Unicamp, 1993, p. 61 – 105
SÁ, l. de. Memória discursiva da ditadura no século XXI: visibilidades e opacidades democráticas. 2015. 230f. Tese (Doutorado em Linguística). Universidade Federal de São Carlos, 2015.
SENNA, V. Modelo de escola atual parou no século 19. [jun. 2015]. Entrevistadora: Ruth Costas. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/06/150525_viviane_senna_ru>. Acesso em: 4 set. 2018.
SOUZA, P. de. Resistir, a que será que se resiste? O sujeito fora de si. Linguagem em (Dis)curso. Tubarão, v. 3, Número Especial, p. 37-54, 2003.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2018 Luiza Bedê Barbosa, Cinthia Yuri Galelli

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Authors who publish with Revista Investigações agree to the following terms:
Authors retain copyright and grant the journal right of first publication with the work simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0) license that allows others to share the work with an acknowledgement of the work's authorship and initial publication in this journal.
Authors are able to enter into separate, additional contractual arrangements for the non-exclusive distribution of the journal's published version of the work (e.g., post it to an institutional repository or publish it in a book), with an acknowledgement of its initial publication in this journal.
You are free to:
Share — copy and redistribute the material in any medium or format for any purpose, even commercially.
Adapt — remix, transform, and build upon the material for any purpose, even commercially.
The licensor cannot revoke these freedoms as long as you follow the license terms.
Under the following terms:
Attribution — You must give appropriate credit , provide a link to the license, and indicate if changes were made . You may do so in any reasonable manner, but not in any way that suggests the licensor endorses you or your use.
No additional restrictions — You may not apply legal terms or technological measures that legally restrict others from doing anything the license permits.