A metáfora: da analogia à técnica de fusão de opostos
Résumé
Este artigo estuda a metáfora como analogia e comparação, interação, técnica de fusão e fusão de opostos. Para sua construção, procedeu-se a um levantamento teórico desde os gregos até o século XX: Aristóteles, Cícero, Quintiliano, I. A. Richards, Max Black, Marcuschi, Lipps, Paul Ricoeur, Donald Davidson, Nelson Goodman, Hugo Friedrich. Este levantamento possibilitou a argumentação de que no Ocidente a metáfora apresenta dois tipos conceituais e historicamente delimitados: a metáfora greco-romana, que é a da analogia e da comparação; a metáfora ibérica, que é a da interação de opostos, ou técnica da fusão de opostos.Références
ARISTÓTELES. 1987. Analíticos posteriores. Tradução e notas de
Pinharanda Gomes. Lisboa: Guimarães Editores.
______. S.d. Arte retórica. Tradução de Antônio Pinto de Carvalho;
introdução e notas de Jean Voilquin e Jean Capello; estudo introdutório
de Goffredo Telles Júnior. 14. ed. Rio de Janeiro: Ediouro.
______. 2001. Ética a Nicômaco. São Paulo: Martin Claret.
______. 1973. Metafísica. Tradução direta do grego por Vincenzo Cocco; notas de Joaquim de Carvalho. São Paulo: Abril Cultural.
______. 1952. Physique. Texte établi et traduit par Henri Carteron. 2. ed. Paris: Societé D’Édition ‘Les Belles Lettres’.
______. 1998. Poética. Tradução, prefácio, introdução, comentário e
apêndices de Eudoro de Sousa. 5. ed. Lisboa: Imprensa Nacional; Casa da Moeda.
______. 1987. Tópicos. Tradução e notas de Pinharanda Gomes.
Lisboa: Guimarães Editores.
BARCA, Garcia Juan David. 1970. In Aristóteles. Poética. Vérsion
directa, introducción y notas de Juan David Garcia Barca. 2° ed. Caracas: Universidad Central de Venezuela.
BERTI, Enrico. 1998. As razões de Aristóteles. São Paulo: Edições
Loyola.
BLACK, Max. 1966. Modelos y metáforas. Madrid: Editorial Tecnos.
BLAKE, William. 1984. Poesia e prosa selecionadas. Introdução, seleção e tradução de Paulo Vizioli. São Paulo: J. C. Ismael.
CARRETER, F. L. 1990. Diccionário de términos filológicos. 3. ed.
Madrid: Editorial Gredos.
DAVIDSON, Donald. 1992. O que as metáforas significam. In:
SACKS, S. (Org.). Da metáfora. São Paulo: EDUC, Campinas, SP:Pontes.
DUBOIS, Jean. et al. 1978. Dicionário de lingüística. São paulo; Cultrix.
______. 1976. Retórica geral. São paulo; Cultrix.
ECO, Umberto. 1984. Conceito de texto. São Paulo; Edusp.
ELKIND, David. 1978. Desenvolvimento e educação dacriança; aplicação de Piaget na sala de aula. Rio de Janeiro: Zahar.
FISCHER, Ernst. 1987. A necessidade da arte. 9. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara.
FRIEDRICH, Hugo. 1991. Estrutura da lírica moderna. 2. ed. São Paulo: Duas Cidades.
GARDNER, Howard. 1999. Arte, mente e cérebro; uma abordagem
cognitiva da criatividade. Porto Alegre: Artes Médicas Sul.
GOODMAN, Nelson. 1992. A metáfora como trabalho adicional. In:
SACKS, S. (Org.). Da metáfora. São Paulo: EDUC; Pontes.
GREIMAS, Algirdas J.; COURTÉS, Joseph. S.d. Dicionário de semiótica. São Paulo: Cultrix.
GUERN, Michael Le. 1976. La matáfora y la metonimia. Madrid:
Ediciones Cátedra.
HOCKE, Gustav R. 1974. Maneirismo: o mundo como labirinto. São Paulo. Perspectiva.
HERRNSTEIN, Richard J; BORING, Edwin G. 1971. Textos básicos de história da psicologia. São Paulo; Herder; USP.
HUME, David. Investigação sobre o entendimento humano. 1973.
São Paulo: Abril Cultural.
JAEGER, Werner. 1989. Paidéia — a formação do homem grego. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes.
JAKOBSON, Roman. 1994. Lingüística e comunicação. São Paulo: Cultrix.
KAISER, Wolfgang. 1976. Análise e interpretação da obra literária. 6° ed. Coimbra: Armênio Amado.
LORCA, Federico Garcia. 1957. A imagem poética em Dom Luís de
Gongora. Obras completas. Madri: Nova Aguilar.
______. 1975. Romanceiro gitano e outros poemas. Tradução e nota
introdutória de Oscar Mendes. 2. ed. Rio de Janeiro: J. Aguilar.
MARCUSCHI, Luiz A. 2000. A propósito da metáfora. Revista de Estudos da Linguagem, Belo Horizonte, v. 9, n. 1, jan./jun..
MARQUES, Oswaldino. 1956. Teoria da metáfora & Renascença da
poesia americana. Rio de Janeiro: São José.
MERQUIIOR, José Guilherme. 1972. A Astúcia da mímese. Rio de
Janeiro: J. Olympio.
MOISÉS, Massaud. 1989. A criação literária. 11° ed. São Paulo: Cultrix.
______. 1974. Dicionário de termos literários. São Paulo: Cultrix.
NEVES, Joel. 1986. Idéias filosóficas no barroco mineiro. Belo Horizonte.
PAZ, Octavio. 1983. O arco e a lira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
______. 1993. A outra voz. São Paulo: Siciliano.
PERSE, Saint- John. 1979. Anábase. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
PHILIPPE, Pe. Marie-Dominique. 2002. Introdução à filosofia de Aristóteles. São Paulo: Paulus.
PLATÃO. 1997. A República. São Paulo: Nova Cultura.
REGO, Lúcia Lins Browne. 1990. Literatura infantil: uma nova
perpectiva da alfabetização na pré-escolar. 2° ed. São Paulo: FTD.
RICHARDS, I. A. 1972. O significado de significado: um estudo da
influência da linguagem sobre o pensamento e sobre a ciência do
simbolismo. Rio de Janeiro: Zahar.
______. 1950. The philosophy of rethoric. New York: Oxford
University Press.
______. 1967. Princípios de crítica literária. Porto Alegre: Globo.
RICOUER, Paul. 1983. A metáfora viva. Porto: Rés.
______. 1992. O processo metafórico como cognição, imaginação e
sentimento. In: SACKS, S. (Org.). Da metáfora. São Paulo: EDUC; Pontes.
TELES, Gilberto Mendonça. 1989. Retórica do silêncio I; teoria e
prática do texto literário. 2° ed. Rio de Janeiro: J. Olympio.
VICO, Giambatista. 1979. Princípios de (uma) ciência nova: acerca da natureza ciomum das nações. 2° ed. São Paulo: Abril Cultural.
VIZIOLI, Paulo. 1985. John Donne: poeta do amor e da morte. São
Paulo: J. C. Ismael.
WELLEK, Renee; WARREN, Austin. 1976. Teoria da literatura. 3. ed. S. l.: Publicações Europa-América.
WÖLFFLIN, Heinrich. 1989. Conceitos fundamentais da história da arte. 2. ed. São Paulo: Martins.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
© Aldo de Lima 2005

Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
Autores que publicam na Revista Investigações concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (exemplo: depositar em repositório institucional ou publicar como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Qualquer usuário tem direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial.
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.