A inevitável travessia pelo tempo: de Grande sertão: veredas a A paixão segundo G.H.
DOI :
https://doi.org/10.51359/2175-294x.2019.240701Mots-clés :
temps, Guimarães Rosa, Clarice Lispector.Résumé
On propose l’examen du temps dans Grande sertão: veredas (1956), de João Guimarães Rosa, et dans A paixão segundo G. H. (1964), de Clarice Lispector. En ce sens, le temps, a priori, catégorie structurelle de tout récit, est considéré comme un thème récurrent du monde fictif, suscitant une lecture critique de l’expérience temporelle vécue et racontée par les personnages Riobaldo et G. H., respectifs des œuvres susmentionnées. Par conséquent, une fois passé dans le récit, le temps réorganise la réalité sui generis dumonde fictif et nous impose la nécessité de l’acte interprétatif.Références
AUERBACH, Erich. A meia marrom. In: Mimesis. Trad. Suzi Frankl Sperber. São Paulo: Pespectiva, 1976. p. 471-502.
BARBIERI, Márcio José Pivotto. O tempo das formas em Grande Sertão: Veredas. São Paulo, 2011. 125 p. Dissertação de Mestrado em Literatura Brasileira, Universidade de São Paulo.
BERGSON, Henri. Ensaio sobre os dados imediatos da consciência. Trad. João da Silva Gama. Lisboa: Edições 70, 1988.
FINAZZI-AGRÒ, Ettore. A perfeita imperfeição: transição e permanência em Grande sertão: veredas. Suplemento Literário de Minas Gerais, Belo Horizonte, maio de 2006.
GALVÃO, Walnice Nogueira. As formas do falso: um estudo sobre a ambiguidade no Grande sertão: veredas. São Paulo: Perspectiva, 1972.
GENETTE, Gérard. Discurso da narrativa. Trad. Fernando Martins. Lisboa: Vega, 2000.
GILLOUIN, René. Berson. Trad. José Pérez. São Paulo: Cultura Moderna, [19--].
HEIDEGGER, Martin. O conceito de tempo. Trad. Irene Borges-Duarte. Lisboa: Fim do século, 2008.
LISPECTOR, Clarice. A paixão segundo G.H. Ed. crítica organizada por Benedito Nunes. Brasília: CNPq, 1988.
LISPECTOR, Clarice. A paixão segundo G.H. Rio de Janeiro: Rocco, 2009.
MENDILOW, Adam. O tempo e o romance. Trad. Flávio Wolf. Porto Alegre: Globo, 1972. 270 p.
MEYERHOFF, Hans. O tempo na literatura. Trad. Myriam Campello. São Paulo: McGraw-Hill, 1976.
NUNES, Benedito. O tempo na narrativa. São Paulo: Ática, 2008.
NUNES, Benedito. A clave do poético. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
NUNES, Benedito. Experiências do tempo. In: NOVAES, Adauto (Org.). Tempo e história. São Paulo: Companhia das Letras; Secretária Municipal de Culturaz ,1992. p. 131-134.
NUNES, Benedito. Grande sertão: veredas: uma abordagem filosófica. Bulletin des études portugaises et brésilennes. Paris, ADPF, n. 44-45, p. 389-404, 1985.
NUNES, Benedito. O drama da Linguagem: uma leitura de Clarice Lispector. São Paulo: Ática, 1989.
NUNES, Benedito. Tempo. In: JOBIM, José Luis (Org.) Palavras da Crítica. Rio de Janeiro: Imago, 1992. p. 343-366.
PAULA, Júlio Cesar Machado de. O que ajunta espalha: tempo e paradoxo em Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa, e Nós, os do Makulusu, de Luandino Vieira. Minas Gerais, 2010, 154 p. Tese de Doutorado em Literatura Comparada, Universidade Federal de Minas gerais.
POUILLON, Jean. O tempo no romance. Trad. Heloysa de Lima Dantas. São Paulo: Cultrix; São Paulo: EDUSP, 1974.
RICOEUR, Paul. Tempo e narrativa. Trad. Márcia Martinez de Aguiar. São Paulo: Martins Fontes, 2010. v.2.
RICOEUR, Paul. Entre tempo e narrativa: concordância/discordância. Trad. João Batista Botton. Kriterion, Belo Horizonte, n. 125, p. 299-310, jun./2012.
ROSA, João Guimarães. Grande sertão: veredas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1956.
ROSA, João Guimarães. Grande sertão: veredas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1982.
ROSENFIELD, Anatol. Reflexão sobre o romance moderno. In: Texto e Contexto I. São Paulo: Perspectiva, 2006, p. 75-97.
SALLENAVE, Danièle. Sobre o monólogo interior: leitura de uma teoria. In: HAMON, Philippe et alii. Categorias da narrativa. Trad. Fernando Martins. Lisboa: Arcádia, 1976, p. 113-137.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
© Anderson Luiz Teixeira Pereira, Sílvio Augusto de Oliveira Holanda 2019

Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
Autores que publicam na Revista Investigações concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (exemplo: depositar em repositório institucional ou publicar como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Qualquer usuário tem direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial.
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.