A imagem feminina em 'Sex and the City': uma análise de transitividade da narração
Resumo
Este trabalho traz uma investigação sistêmico-funcional (Halliday 1994; Halliday; Matthiessen 2004), mais especificamente de transitividade, da imagem feminina no discurso da personagem-narradora do seriado estadunidense Sex and the City, Carrie Bradshaw. Com foco na metafunção ideacional, marcadamente seus significados experienciais, analiso as escolhas lexicogramaticais no texto como reveladoras de identidades de gênero. Resultados evidenciam a representação da mulher em um espaço de atuação mais amplo, contudo ainda restrito à esfera privada. Desta forma, demonstramos a utilidade da gramática sistêmico-funcional como instrumento analítico efetivo em investigações da língua em uso a fim de se estimular uma postura de leitura critica.Referências
BEIRNE, Rebecca. 2007. Dirty lesbian pictures: Art and pornography in The L Word. Critical Studies in Television 2(1):90-101.
BENWELL, Bethan; E. STOKOE. 2006. Discourse and identity. Edinburgh: Edinburgh University Press.
BEZERRA, Fábio. 2003. O gênero textual “Mensagem ao Consumidor” nas contas de energia elétrica da SAELPA: A relação discursiva entre as partes. Letr@ Viv@ 5(1):9-26.
______. 2008. ‘Sex and the City’: An investigation of women’s image in Carrie Bradshaw’s discourse as narrator. Dissertação de Mestrado. Pós-graduação em Inglês. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC.
BLOOR, Thomas; BLOOR, Meriel. 1995. The functional analysis of English. London; New York: Arnold.
BUTLER, Judith. 1990. Gender trouble: Feminism and the subversion of identity. London; New York: Routledge.
BUTT, David; R. FAHEY; S. FEEZ; S. SPINKS.; C. YALLOP. 2000. Using functional grammar: An explorer’s guide. Sydney: National Centre for English Language Teaching and Research, Macquarie University.
CAMERON, D. 1995. Rethinking language and gender studies: Some issues for the 1990s. In: S. Mills (Ed.), Language and gender: Interdisciplinary perspectives. London: Longman.
CLAPSON, Mark. 2005. Not so desperate housewives. History Today 55(9): 38.
FAIRCLOUGH, Norman; WODAK, R. 1997. Critical discourse analysis. In: T. A. van Dijk (org.), Discourse as social interaction. London; Thousand Oaks; New Delhi: Sage, pp. 258-284.
HALLIDAY, M.A.K. 1994. An introduction to functional grammar. 2 ed. London: Edward Arnold.
HALLIDAY, M.A.K; C. M.I.M. MATTHIESSEN. 2004. An introduction to functional grammar. 3. ed. London: Hodder Arnold.
HASAN, Ruqaiya. 1985. Linguistics, language and verbal art. Melbourne: Deakin University Press, pp. 45-46.
HEBERLE, Viviane. 1997. An investigation of textual and contextual parameters in editorials of women’s magazines. Tese de Doutorado. Pós-graduação em Inglês. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC.
HENRY, Matthew. 2007. “Don’t ask me, I’m just a girl”: Feminism, female identity, and “The Simpsons”. Journal of Popular Culture 40(2): 272-303.
Revista Investigações - Vol. 24, nº 2, Julho/2011
HJELMSLEV, Louis. 1961. Prolegomena to a theory of language. Madison; Milwaukee; London: The University of Wisconsin Press.
LEBESCO, Kathleen. 2006. Disability, gender and difference on The Sopranos. Women’s Studies in Communication 29(1): 39-58.
LEMKE, Jay. 2009. Multimodality, identity and time. In: C. Jewitt (Org.). The Routledge handbook of multimodal analysis. Abingdon: Routledge, pp. 140-150.
MAGOULICK, Mary. 2006. Frustrating female heroism: Mixed messages in “Xena”, “Nikita”, and “Buffy”. Journal of Popular Culture 39(5): 729-755.
MARTIN, James R.; ROSE, D. 2008. Genre relations: Mapping Cultures. London; Oakville: Equinox.
MARTIN, James R.; MATTHIESSEN, C. M. I. M.; PAINTER, C. 2010. Deploying functional grammar. Beijing: The Commercial Press.
MEURER, José L. 2000. O trabalho de leitura crítica: Recompondo representações, relações e identidades sociais. Ilha do Desterro 38: 155-171.
MOITA LOPES, Luis P. da. 2006. “Falta homem até pra homem”: A construção da masculinidade hegemônica no discurso midiático. In V. M. Heberle; A. C. Ostermann; D. de C. Figueiredo (Orgs.). Linguagem e gênero no trabalho, na mídia e em outros contextos. Florianópolis: Editora da UFSC, pp. 131-157.
MOORE, Henrietta. 1999. Whatever happened to women and men? Gender and other crisis in anthropology. In: Anthropological Theory Today. Cambridge: Polity Press, pp. 151-171.
ORTNER, Sherry. 1979. Está a mulher para o homem assim como a natureza para a cultura? In: M. ROSALDO; L. LAMPHÈRE (Orgs.). A mulher, a cultura e a sociedade, Rio de Janeiro: Paz e Terra, pp. 95-120.
RAJAN, Ra S. 1995. Real and imaged women: Gender, culture and postcolonialism. London; New York: Routledge.
RAVELLI, Louise. 2000. Getting started with functional analysis of texts. In: L. Unsworth (Org.). Researching language in schools and communities. Functional linguistics perspectives. London; Washington: Cassell, pp. 27-64.
ROSALDO, Michelle. 1995. O uso e o abuso da antropologia: Reflexões sobre o feminismo e o entendimento intercultural. Horizontes Antropológicos 1(1): 11:36.
SARTI, Cynthia. 2004. A. O feminismo brasileiro desde os anos 1970: Revisitando uma trajetória. Revista Estudos Feministas 12(2): 35-50.
VAN DIJK, Teun A. 1997. Discourse as interaction in society. In: Discourse as social interaction. London: Sage, pp. 1-37.
WODAK, Ruth. 1997. Introduction: Some important issues in the research of gender and discourse. In: Gender and discourse. London: Sage, pp. 1-20.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2011 Fábio Alexandre Silva Bezerra

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam na Revista Investigações concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (exemplo: depositar em repositório institucional ou publicar como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Qualquer usuário tem direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial.
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.