O político na constituição do discurso do sujeito Xukuru do Ororubá: educação, memória e luta
DOI:
https://doi.org/10.51359/2175-294x.2018.238143Resumo
O artigo trata de analisar o discurso político do sujeito-estudante Xukuru do Ororubá em um lugar outro não circunscrito ao seu território. Para isso, utilizamos o dispositivo teórico-metodológico da Análise do Discurso de Linha francesa, filiada ao pensamento de Michel Pêcheux e com desdobramentos no Brasil a partir de Eni Orlandi. Nesse espaço outro, o discurso do Sujeito-aluno Xukuru ganha novos sentidos em condições de produção diversas, mas ainda o que é memorável nos saberes dos discursos fundantes permanece mobilizando sentidos e sujeitos. Isso em razão da constante luta política desse povo na estrutura e na conjuntura político-econômico-social nacional vigente. Palavras-chave: Discurso. Memória. Xukuru. Educação.Referências
ARAUJO, Zelinda. Depoimento. In : Xicão Xukuru. PEREIRA, Nilton. Recife: TV Viva, 1999.
BATALLA, Guillermo Bonfil. El concepto de índio en América: una categoría de la situación colonial. Anales de Antropología, v. 9, p. 105-124. México: UNAM, 1972.
BORGES, Á. A. C. O corpo indígena enredado no corpo da cidade: efeitos do/no discurso. In: FERREIRA, C. L; INDURSKY, F.; MITTMANN, S.. (Org.). O acontecimento do discurso no brasil. Campinas: Mercado de letras, 2013, v. I, p. 249-262
______. No detalhe do traço: ritos, cores e resistência. In: ZOPPI FONTANA, M. G. ; FERRARI, A. J. Mulheres em discurso: identificações de gênero e práticas de resistência. V.2. Campinas: Pontes, 2017.
COURTINE, Jean-Jacques. Análise do discurso político: o discurso comunista endereçado aos cristãos. São Carlos: EduFSCar, 2009.
DUARTE, A. C. A Constitucionalidade das Políticas de Ações Afirmativas. Brasília: Núcleo de Estudos e Pesquisas/CONLEG/Senado, abril/2014 (Texto para Discussão nº 147). Disponível em:
GRIGOLETTO, E.; DE NARDI, F. S. A (des)construção do “herói” nos discursos sobre o mensalão: o caso Joaquim Barbosa. Desenredo, Vol. 11, nº 1, jan - jun 2015, p. 118 - 133. Disponível em:
http://www.upf.br/seer/index.php/rd/article/view/4986/3446. Acesso em 19 nov. 2015
GRIGOLETTO, E. ; DE NARDI, F. S. . (Des)politização e resistência no funcionamento dos processos de heroicização construídos pelo discurso da mídia. In: Evandra Grigoletto; Fabiele Stockmans De Nardi. (Org.). A Análise do Discurso e sua história: avanços e perspectivas. 1ed.Campinas: Pontes editores, 2016, v. 1, p. 271-282.
GRÜNEWALD, R. A. Toré e jurema: emblemas indígenas no nordeste do Brasil. Ciência e cultura. Vol. 60, nº 4, Out, 2008, p. 43-45.
MELO, R. A. A crise da universidade pública e o neoliberalismo. Princípios, Vol. 41, Mai-Jul, 1996, p. 62-65. Disponível em:
<http://revistaprincipios.com.br/artigos/41/cat/1647/a-crise-da-universidadepú blica-e-o-neoliberalismo-.html>
MUNDURUKU, Daniel. “Eu não sou índio, não existem índios no Brasil”. In: O Nonada: Jornalismo Travessia. Disponível em :
<http://www.nonada.com.br/2017/11/daniel-munduruku-eu-nao-sou-indio-naoexistem-indios-no-brasil/>
ORLANDI,Eni. Ciências da Linguageme Política: Anotações ao pé das Letras. Campinas : Pontes, 2014.
______. Discurso e argumentação: um observatório do político. Fórum Linguístico. Florianópolis: n.1, 1998. Disponível em:
<https://periodicos.ufsc.br/index.php/forum/article/view/6915/6378>. Acesso em 30 nov. 2017.
______. Do sujeito na história e no simbólico. In: Revista Escritos nº4: contextos epistemológicos da análise do discurso. Campinas: LABEURB, 1999.
POVO XUKURU DO ORORUBÁ. Plantando a memória do Nosso povo e colhendo os frutos da nossa luta :. O projeto político pedagógico das escolas xukuru. Recife : Centro de Cultura Luiz Freire, 2005.
PÊCHEUX, Michel. Análise automática do discurso. Tradução de Eni P.Orlandi. In: GADET, Françoise; HAK, Tony (Org.). Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. 2. ed. Campinas: Unicamp, 1993. p.61-161. Tradução de: Analyse automatique du discours, 1969.
______. Ler o arquivo hoje. In: ORLANDI, Eni Puccinelli. (Org.). Gestos de leitura: da história no discurso. 3. ed. Campinas: Editora da UNICAMP, 2010, p.49-59.
______. Semântica e Discurso; uma crítica à afirmação do óbvio (1975). Campinas, Ed. da UNICAMP, 1988.
ROMÃO, L.M.S.; LEANDRO-FERREIRA, M.C.; DELA-SILVA, S. (Orgs.) Arquivo. In: MARIANI, B.; MEDEIROS, V.; DELA-SILVA, S. Discurso, arquivo e... Rio de Janeiro: 7Letras, 2011.
PROGRAMA bolsa permanência indígena e quilombola. Produção: Jorge Luiz. Edição de video: Keise Nascimento – Birô de Comunicação, IFPE Campos Olinda. Pesqueira: IFPE Campus Pesqueira, 2018. Disponível em:
https://www.facebook.com/ifpecampuspesqueira/videos/1869565266440433/
SANTA, José. Depoimento. In: XICÃO Xukuru. Direção: Xenupres Herdeiro do Mandaru et e tal. Produção: Hamilton Costa Filho. Recife: Cabra quente produções, 2008. Mini DVD (16 min.)
SILVA, Edson. Índios Xukuru: a história a partir das memórias. História Unisinos.v. 15 n. 2, p.182-194, 2011.
______. Xucuru: memórias e história dos índios da Serra do Ororubá (Pesqueira/PE), 1959-1988. Tese de Doutorado em História Social. Campinas, UNICAMP, 2008.
SILVA, André. O imaginário em torno do “ser índio” no discurso do/sobre o sujeito-indígena: entre o assujeitamento e a resistência. Recife : UFPE, 2017.
SOU IFPE abril indígena. Jaqueline Lopes. Direção: Rafaela Vasconcellos. Pernambuco: Assessoria de Comunicação do IFPE, 2017. 3’48’’. Son. Color. Disponível em: < https://www.facebook.com/hashtag/canalifpe>
XICÃO Xukuru. Direção: Nilton Pereira. Recife: Tv Viva,1998. (20 min). Son. Color.
XICÃO Xukuru. Direção : Xenupres Herdeiro do Mandaru et e tal. Produção: Hamilton Costa Filho. Recife: Cabra quente produções, 2008. Mini DVD (16 min.). Son. Color.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 José Reginaldo Gomes de Santana, Nadia Pereira da Silva Gonçalves de Azevedo

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam na Revista Investigações concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (exemplo: depositar em repositório institucional ou publicar como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Qualquer usuário tem direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial.
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.