Aula como fantasia
Abstract
O presente artigo trata de pensar as fantasias de escritas em uma aula. Apresenta referenciais teóricos, como o pensamento de Barthes (2005, 2013a, 2013b), para pensar a fantasia, e de Corazza (2012), Munhoz e Costa (2013), para pensar nos movimentos de uma aula. O objetivo deste artigo é perceber como uma aula pode ser constituída em meio às fantasias. Para isso, toma o método inventivo como propulsor para as fantasias de aulas mediante a escrita, pois as ideias de fantasia que Barthes apresenta são fundamentais para se desejar uma aula de fantasia, pensar em uma aula que não tem início nem término, pois talvez estejamos sempre no meio dela. O artigo não busca apresentar uma aula ideal e verdadeira, mas, ao contrário, mostrar outras possibilidades para uma aula, isenta de modelos e padrões predefinidos. Se uma aula está em todo lugar, é porque é atravessada de fantasia. É uma aula viva e potente de criação das fantasias de escritas. Nesse sentido, uma aula é fantasia.
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