Formação de professores: aspirações e anseios que motivaram professores a estar-com a investigação matemática

Autores

  • Paulo Wichnoski Universidade Estadual do Oeste do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.36397/emteia.v9i3.238082

Palavras-chave:

formação de professores, investigação matemática, pesquisa qualitativa, fenomenologia

Resumo

Neste texto[1] apresento resultados provenientes de um projeto de formação de professores de matemática inserido no paradigma da Investigação Matemática. De uma postura fenomenológica, sob a abordagem qualitativa, interroguei as aspirações que motivaram professores de matemática a estar-com[2] a Investigação Matemática no contexto do projeto formativo na intenção de conhecer os anseios e as pretensões que os motivaram a participar. É possível afirmar que a inserção dos professores no âmbito do projeto foi movida pelos interesses de iniciação na pesquisa e de aprimoramento profissional da prática pedagógica docente, havendo uma eminente preocupação com as ações voltadas à sala de aula e com o ensino de matemática.


[1] A primeira versão deste texto foi publicada nos anais do VI Simpósio Nacional de Educação, 2018. Essa é uma versão revisada e ampliada.

[2] Termo ligado à concepção heideggeriana que diz do ser-com, o qual significa estar junto a, ao existir no mundo (BICUDO, 2009) e será aclarado em momento oportuno, ainda no escopo deste trabalho.

Biografia do Autor

Paulo Wichnoski, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Licenciado em matemática pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (2013). Mestre em Ensino pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Foz do Iguaçu (2016). Doutorando em Educação em Ciências e Educação Matemática pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Professor do Serviço Social da Indústria SESI - PR. Nas atividades de pesquisa dedica-se à Investigação Matemática na Educação Matemática e à formação de professores de matemática.

Referências

BICUDO, M. A. V. Pesquisa Qualitativa Fenomenológica: interrogação, descrição e modalidade de análises. In: BICUDO, M. A. V. (Org). Pesquisa Qualitativa Segundo a Visão Fenomenológica. São Paulo: Cortez, 2011, p. 41-52.

BICUDO, M. A. V. Análise Fenomenológica estrutural e variações imaginativas In: DETONI, A. R.; BAUMANN, A. P. P.; MACROSKY, L. F.; BICUDO, M. A. V.; PAULO, R. M.; KLUTH, V. S. Pesquisa Qualitativa Segundo a Visão Fenomenológica. São Paulo: Cortez, 2011, p. 41-52.

BICUDO, M. A. V. O estar-com o outro no ciberespaço. ETD – Educação Temática Digital, Campinas, v.10, n. 2, p.140-156, jun. 2009.

BICUDO, M. A. V. A formação do professor: um olhar fenomenológico. In: BICUDO, M. A. V. (Org.) Formação de Professores? Da incerteza à compreensão. Bauru: EDUSC, 2003. p. 19-46.

BICUDO, M. A. V.; PAULO, R. M. Um Exercício Filosófico sobre a Pesquisa em Educação Matemática no Brasil. Bolema, Rio Claro, v. 25, n. 41, 251-298, 2011.

BOMDÍA, J. L. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação. n. 19, p.20-29, Jan/Fev/Mar/Abr 2002.

BORTOLINI, M. R. A pesquisa na formação de professores: experiências e representações. 2009. 197 f. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009.

BRAGAGNOLO, F. Atitude natural e atitude fenomenológica: a relação existente entre as diferentes atitudes a partir do ato intuitivo. Intuitio, Porto Alegre, v.7, n. 2, p.73-88, nov. 2014.

DALRI, J.; RODRIGUES, A. M.; MATTOS, C. R. A atividade de aprendizagem, a internalização e a formação de conceitos no ensino de física. In: Simpósio Nacional de Ensino de Física, 17., 2007, São Luis. Anais... São Luis: USP, 2007. p. 1-10.

DUARTE. R. Entrevistas em pesquisas qualitativas. Educar, Curitiba, n. 24, p. 213-225, 2004.

FERREIRA, M, J. A. A expressão no ciberespaço: um voltar-se fenomenologicamente para o diálogo acerca de conteúdos matemáticos. 2014. 204 f. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) – Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Rio Claro, 2014.

FLECK, L. La génesis y el desarrollo de un hecho científico. Madrid: Alianza Universidad, 1986.

FÜRKOTTER, M.; et al. O que a Formação Contínua deve Contemplar?: o que dizem os professores. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 39, n. 3, p. 849-869, jul./set. 2014.

GARNICA, A. V. M.; MODESTO, M. A. Ouvindo Professores de Matemática: um estudo sobre formação (continuada). Guairaca, Guarapuava, v. 19, p. 31-55, 2005.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5 ed. São Paulo: Atlas 1999.

HUERTAS, J. A. Motivación: querer aprender. Buenos Aires: Aiqué, 2001.

LAPERRIÈRE, A. Os critérios de Cientificidade dos Métodos Qualitativos. In: POUPART, J. (et al). A pesquisa qualitativa: Enfoques epistemológicos e metodológicos. Trad. Ana Cristina Nasser. 2.ed. Petrópolis: Vozes, 2010. (Coleção Sociologia).

MIARKA, R. Etnomatemática: do ôntico ao ontológico. 427 f. 2011. Tese (doutorado em Educação Matemática) - Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Rio Claro, 2011.

MIARKA, R.; BICUDO, M. A. V. Forma/ação do professor de matemática e suas concepções de mundo e de conhecimento. Ciência & Educação, Bauru, v.16, n.3, 2010, p.557-665.

SALVA, S.; STIMAMIGLIO, N. M. R. Formação continuada de professores: expectativas, motivações e dificuldades. Disponível em: <http://www.anpae.org.br/simposio2011/cdrom2011/PDFs/trabalhosCompletos/comunicacoesRelatos/0508.pdf>. Acesso em 03 set. 2018.

SANTOS, B. S.; ANTUNES, D. D.; BERNARDI, J. O docente e sua subjetividade nos processos motivacionais. Educação, Porto Alegre, v. 31, n. 1, p. 46-53, jan./abr. 2008.

SELLTIZ, C. et al. Métodos de pesquisa nas relações sociais. São Paulo: Herder, 1967.

SOKOLOWSKI, R. Introdução à Fenomenologia. Edições Loyola: São Paulo, SP, 2000. Disponível em . Acesso em: 22/10/2017.

WICHNOSKI, P. Uma Metacompreensão da Investigação Matemática nas Produções do Programa de Desenvolvimento Educacional do Paraná –PDE. 155 f. Dissertação (Mestrado em Ensino) –Programa de Pós-Graduação em Ensino, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Foz do Iguaçu, 2016.

WICHNOSKI, P.; KLÜBER, T. E. Uma hermenêutica da produção sobre investigação Matemática no Brasil. Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.17, n.2, pp.173-190, 2015.

WICHNOSKI, P.; KLÜBER, T. E. Considerações sobre práticas de Investigação Matemática empreendidase relatadas por professores em formação. Revista Paranaense de Educação Matemática, Campo Mourão,v.6, n.11, p.161-178, jul.-dez. 2017.

Downloads

Publicado

2018-12-28

Como Citar

Wichnoski, P. (2018). Formação de professores: aspirações e anseios que motivaram professores a estar-com a investigação matemática. Em Teia | Revista De Educação Matemática E Tecnológica Iberoamericana, 9(3). https://doi.org/10.36397/emteia.v9i3.238082

Edição

Seção

ARTIGOS