O ensino e a aprendizagem de referenciais espaciais: esquerda e direita

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51359/2177-9309.2021.250191

Palavras-chave:

educação matemática, geometria, lateralidade, anos iniciais do ensino fundamental

Resumo

Este trabalho é oriundo de uma pesquisa desenvolvida pelo Grupo de Estudo e Pesquisas em Matemática Escolar da Universidade Estadual de Maringá (GEPEME/UEM) com o objetivo de empreender um processo de formação na docência de professoras dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental a partir da produção de material destinado ao ensino de temas geométricos. Neste texto discutimos a diferença entre lateralidade e lateralização, destacando a necessidade de se ter um referencial para explorar questões ligadas à localização e à movimentação espacial. Com professores que atuam no 1º ano do Ensino Fundamental, produzimos uma tarefa denominada “Representação de Trajetos” cujo objetivo era sensibilizar os alunos da necessidade de se estabelecer um referencial - no caso, direita e esquerda - para questões espaciais. Constatamos que uma sequência apropriada de tarefas, desenvolvidas com interferências adequadas, permitiu a alunos do 1º ano compreenderem a necessidade de um referencial espacial para se localizar no espaço, compreensão fundamental para apreensões mais complexas relacionadas à geometria.

Biografia do Autor

Leila Pessôa da Costa, Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Possui graduação em Pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Licenciatura em Matemática pela Universidade Anhanguera, especialista em supervisão escolar e psicopedagogia, mestre em Semiótica, Tecnologias de Informação e Educação pela Universidade Braz Cubas, estágio de Doutoramento no Exterior pela Escola Superior de Educação de Lisboa (2014) e doutorado em Educação Para a Ciência e a Matemática pela Universidade Estadual de Maringá (2014). Atualmente é professora adjunta da Universidade Estadual de Maringá. Tem experiência na área de Ensino, Educação e Formação de Professores, atuando principalmente nos seguintes temas: gestão escolar, letramento e alfabetização, alfabetização matemática, geometria, números e operações. É líder do GEPEME/CNPq - Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Matemática Escolar com publicações em livros e artigos científicos. Tem coordenado projetos de Ensino, Pesquisa e Extensão com vistas a melhoria da Educação Básica. É vice-coordenadora do time da Enactus-UEM - uma organização internacional sem fins lucrativos dedicada a inspirar os alunos a melhorar o mundo através da Ação Empreendedora. Nesse time, coordena ainda o projeto Despertar, ganhador do 10º Prêmio Oziris Silva (2017) na categoria Empreendedorismo Educacional e em 2019 foi um dos 4 times selecionado pela Fundação Lemann no projeto Educar e Acelerar para Transformar 2019 que visa ampliar a perspectiva do futuro profissional de jovens de colégios públicos, motivando-os a serem protagonistas de suas próprias vidas. Em 2019 o time ganhou o 1º lugar do Desafio Global lançado pela Fundação André e Lucia Maggi (FALM) com o Projeto Raízes e Asas. Em sua trajetória profissional atuou como professora, coordenadora, diretora, assessora em diferentes escolas, fundações, secretarias municipais e estaduais de educação em São Paulo, Paraná e Rondônia e em 2019 recebeu a láurea outorgada pela Câmara Brasileira de Cultura no grau honorífico de Dama Comendadora, pela sua contribuição na Gestão e Formação de Professores.

Referências

ALMOULOUD, Saddo Ag. Fundamentos da didática da matemática. Curitiba: Ed. UFPR, 2007.

ALMOULOUD, Saddo Ag et al. A geometria no ensino fundamental: reflexões sobre uma experiência de formação envolvendo professores e alunos. Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro, n. 27, p. 94-108, dez. 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782004000300007&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 15 mar. 2021.

BOBBIO, T. G. et al. Avaliação da dominância lateral em escolares de dois níveis socioeconômicos distintos no município de Campinas, São Paulo. Revista Paulista de Pediatria. Campinas, v. 24, n. 3, p. 74, 2006.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, MEC/SEF, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 03 nov. 2020.

FAINGUELERNT, E. K. Educação Matemática: Representação e Construção em Geometria. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

FONSECA, M. C. F. R. et al. O Ensino de geometria na escola fundamental: três questões para a formação do professor dos ciclos iniciais. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2011.

GARNICA, A. V. M.; MARTINS-SALANDIM, M. E. A lateralidade e os modos de ver e representar. In: BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: Geometria. Brasília: MEC, SEB, 2014, caderno 5.

LORENZATO, S. Por que não ensinar geometria? Educação Matemática em Revista. Blumenau: SBEM, ano III, n. 4, p. 3-13, 1995.

MATOS, José Manuel; GORDO, Maria de Fátima. Visualização Espacial: algumas atividades. Educação Matemática. Lisboa, PT, n. 26, pp. 13-17, 1993.

MUTSCHELE, M. S. Problemas de aprendizagem da criança: causas físicas, sensoriais, neurológicas, emocionais, intelectuais, sociais e ambientais. São Paulo: Loyola, 2001.

PAVANELLO, R. M.; DA COSTA, L. P. Formação de professores/educadores para o ensino e a aprendizagem das capacidades espaciais na educação infantil. Educ. Matem. Pesq. São Paulo, v. 21, n. 5, pp. 205-216, 2019. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/emp/article/view/45562/pdf_1. Acesso em: 23 set. 2020.

SOUZA, E. S. de; BULOS, A. M. M. A ausência da geometria na formação dos professores de matemática: causas e consequências. Conferência Internacional de Educação Matemática, XIII, jun. 2011, Recife – Brasil. Anais. Recife: Universidade Federal de Pernambuco, 2011, pp. 1-8. Disponível em: https://xiii.ciaem-redumate.org/index.php/xiii_ciaem/xiii_ciaem/paper/viewFile/1433/1073. Acesso em: 15 mar. 2021.

SPRINGER, S. P.; DEUTSCH, G. Cérebro esquerdo, cérebro direito. São Paulo: Summus, 1998.

VASCONCELLOS, M.; BITTAR, M. A formação do professor para o ensino de Matemática na educação infantil e nos anos iniciais: uma análise da produção dos eventos da área. Educ. Mat. Pesqui. São Paulo, v. 9, n. 2, pp. 275-292, 2007.

Downloads

Publicado

2021-08-03

Como Citar

Costa, L. P. da, Verrengia, S. R. D., & Pavanello, R. M. (2021). O ensino e a aprendizagem de referenciais espaciais: esquerda e direita. Em Teia | Revista De Educação Matemática E Tecnológica Iberoamericana, 12(3). https://doi.org/10.51359/2177-9309.2021.250191

Edição

Seção

Articulações entre Ensino e Pesquisa em Educação Matemática nos anos iniciais