Uma avaliação do desempenho de licenciandos em Matemática na classificação de sequências numéricas a partir de suas representações gráficas
DOI:
https://doi.org/10.51359/2177-9309.2023.259612Palavras-chave:
interação de aspectos algorítmicos, intuitivos e formais, pensamento matemático avançado, ensino de Cálculo, ensino de Análise Real, formação inicial de professoresResumo
Neste artigo apresentamos uma análise das respostas dadas por um grupo de licenciandos em Matemática para uma questão que envolve a classificação de sequências numéricas representadas graficamente, ao final das disciplinas Sequências e Séries (6º semestre) e Introdução à Análise Real (8º semestre). Entrevistas semiestruturadas com docentes dessas disciplinas e a leitura de pesquisas na área orientaram a elaboração das questões propostas aos participantes. A interação de aspectos algorítmicos, intuitivos e formais e o desenvolvimento de processos do Pensamento Matemático Avançado são as ideias teóricas que embasam nossas análises. Os dados revelam que os participantes, ao final da disciplina Introdução à Análise Real, continuam com dificuldades em reconhecer algumas características de sequências numéricas, tais como ser crescente (ou decrescente), limitada, monótona ou possuir limite, quando representadas graficamente, e em relacioná-las à convergência de sequências.
Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Ensino Fundamental. Brasília: MEC, 2018a.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Ensino Médio. Brasília: MEC, 2018b.
BATISTA, Bárbara Regina da Silveira. Sequências numéricas a partir da geometria fractal para licenciandos em Matemática. Dissertação de Mestrado. Centro Universitário Franciscano, 2017. Recuperado de http://www.tede.universidadefranciscana.edu.br:8080/handle/UFN-BDTD/595
BISOGNIN, Eleni; BISOGNIN, Vanilde; LEIVAS, José Carlos Pinto. Aprendizagem de sequências numéricas: pesquisa sobre dificuldades de Licenciandos em Matemática. Zetetiké, Campinas, SP, v.24, n.3, set./dez. 2016. DOI: http://dx.doi.org/10.20396/zet.v24i3.8648090
BONI, Valdete; QUARESMA, Sílvia Jurema. Aprendendo a entrevistar: como fazer entrevistas em Ciências Sociais. Revista Eletrônica dos Pós-Graduandos em Sociologia Política da UFSC, 2, n. 1 (3), janeiro-julho 2005. P. 68-80.
BROETTO, Geraldo Claudio; SANTOS-WAGNER, Vânia Maria Pereira dos. O Ensino de Números Irracionais na Educação Básica e na Licenciatura em Matemática: um círculo vicioso está em curso? Bolema, Rio Claro (SP), v. 33, n. 64, p. 728-747, ago. 2019. https://doi.org/10.1590/1980-4415v33n64a14
COURANT, Richard; ROBBINS, Herbert. What is mathematics? An elementary approach to ideas and methods. Oxford: Oxford University Press, 1978.
CURY, Helena Noronha. Análise de erros: o que podemos aprender com as respostas dos alunos. 1. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.
DREYFUS, Tommy. Advanced Mathematical Thinking Processes. In TALL, D. (Org.). Advanced Mathematical Thinking. Londres: Kluwer Academic Publisher, 1991. p. 25-41.
ESQUINCALHA, Agnaldo da Conceição; BAIRRAL, Marcelo Almeida. Refletindo sobre Análise Real com professores da Educação Básica em um curso a distância. Revista de Educação, Ciências e Matemática, v.9 n.3 set/dez, 2019.
FISCHBEIN, Efraim; TIROSH, Dina; MELAMED, Uri. Is it possible to measure the intuitive acceptance of a mathematical statement? In GOOS, M. (Org.). Educational Studies in Mathematics. Dordrecht: D. Reidel Publishing Co., 1981. p. 491–512.
FISCHBEIN, Efraim. The interaction between the formal, the algorithmic, and the intuitive components in a mathematical activity. In BIEHLER, R. et al. (Org.) Didactics of Mathematics as a Scientific Discipline. Dordrecht: Kluwer Academic Publisher, 1994. p. 328-375.
GOMES, Danilo Olímpio; OTERO-GARCIA, Sílvio César; SILVA, Luciano Duarte da; BARONI, Rosa Lúcia Sverzu. Quatro ou Mais Pontos de Vista sobre o Ensino de Análise Matemática. Bolema, Rio Claro (SP), v. 29, n. 53, p. 1242-1267, dez. 2015. http://dx.doi.org/10.1590/1980-4415v29n53a22
MARCHETTO, Raquel. O uso do software GeoGebra no estudo de progressões aritméticas e geométricas, e sua relação com funções afins e exponenciais. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2017.
MOREIRA, Plinio Cavalcanti; VIANNA, Carlos Roberto. Por Que Análise Real na Licenciatura? Um Paralelo entre as Visões de Educadores Matemáticos e de Matemáticos. Bolema. Rio Claro (SP), v. 30, n. 55, ago. 2016. p. 515 – 534. https://doi.org/10.1590/1980-4415v30n55a11
OEHRTMAN, Michael; SWINYARD, Craig; MARTIN, Jason. Problems and solutions in students’ reinvention of a definition for sequence convergence. The Journal of Mathematical Behavior, 33, p. 131-148. 2014. http://dx.doi.org/10.1016/j.jmathb.2013.11.006
TALL, David. The Psychology of Advanced Mathematical Thinking. In TALL, D. (Org.), Advanced Mathematical Thinking. Londres: Kluwer Academic Publisher, 1991. p. 3-21.
VIEIRA, William. Do cálculo à análise real: um diagnóstico dos processos de ensino e de aprendizagem de sequências numéricas. Tese (Doutorado em Educação Matemática) – Universidade Anhanguera de São Paulo, São Paulo, 2016. Disponível em: https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/21826
WASSERMAN, Nicholas; WEBER, Keith; VILLANUEVA, Matthew; MEJIA-RAMOS, Juan Pablo. Mathematics teachers’ views about the limited utility of real analysis: A transport model hypothesis, The Journal of Mathematical Behavior, 50, 2018, Pages 74-89. https://doi.org/10.1016/j.jmathb.2018.01.004
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 William Vieira, Vera Helena Giusti de Souza, Roberto Seidi Imafuku

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0).
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
d. Os conteúdos da Revista Em Teia estão licenciados com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0). Esta licença permite que os reutilizadores distribuam, remixem, adaptem e desenvolvam o material em qualquer meio ou formato, desde que a atribuição seja dada ao criador. A licença permite o uso comercial.
Authors who publish with this journal agree to the following terms:
a. Authors retain copyright and grant the journal right of first publication with the work simultaneously licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0) License.
b. Authors are able to enter into separate, additional contractual arrangements for the non-exclusive distribution of the journal's published version of the work (e.g., post it to an institutional repository or publish it in a book), with an acknowledgement of its initial publication in this journal.
c. Authors are permitted and encouraged to post their work online (e.g., in institutional repositories or on their website) prior to and during the submission process, as it can lead to productive exchanges, as well as earlier and greater citation of published work.
d. This license allows reusers to copy and distribute the material in any medium or format in unadapted form only, for noncommercial purposes only, and only so long as attribution is given to the creator.

