De "vilão" a "mocinho": a resolução de problemas como caminho alternativo para o incremento das crenças de autoeficácia de estudantes do sexto ano do Ensino Fundamental
DOI:
https://doi.org/10.36397/emteia.v11i3.244042Palavras-chave:
resolução de problemas, crenças de autoeficácia, Teoria Social Cognitiva, Psicologia da Educação Matemática, autorregulaçãoResumo
O envolvimento, dedicação e persistência de uma pessoa após assumir uma tarefa e ao longo dela, depende de vários fatores. Dentre eles estão a crenças de autoeficácia, julgamentos que temos em relação às nossas capacidades para realizar algo. Quanto mais robustas as crenças de autoeficácia, maiores as chances de dedicação e persistência no enfrentamento de obstáculos. Na sala de aula de Matemática a resolução de problemas pode servir como estratégia para incrementar as crenças de autoeficácia matemática de estudantes. Neste artigo, apresentamos resultados de uma pesquisa de mestrado, cujo principal objetivo foi desvelar contribuições que a resolução de problemas pode trazer para incrementar as crenças de autoeficácia matemática de estudantes do sexto ano do Ensino Fundamental, ao participarem de um projeto. Os instrumentos de coleta de dados foram entrevistas, questionários e registros de atividades dos estudantes. Os resultados mostraram que o projeto com resolução de problemas contribuiu para a melhoria das crenças de autoeficácia dos estudantes por meio da autorregulação da aprendizagem, além de ter criado um ambiente propício para que os estudantes pudessem se expressar com liberdade e adquirir, com isso, maior confiança em suas capacidades para resolver problemas.
Referências
ABRANTES, P. Um (bom) problema (não) é (só). Educação e Matemática. Faculdade de Ciências de Lisboa, v. 8, p. 7-10, 1989.
ÁVILA, M. G. de. História Da Matemática e Resolução De Problemas: uma Aliança Possível. 2004. 185f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática), Universidade Luterana do Brasil, 2004.
AZZI, R. G.; POLYDORO, S. A. J. O papel da autoeficácia e autorregulação no processo motivacional. In: BORUCHOVITCH, E.; BZUNECK, J. A.; GUIMARÃES, S. E. R. Motivação para aprender: aplicações no contexto educativo. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010, p. 126 – 144.
BANDURA, A. Social foundations of thought and action:a social cognitive theory. Englewood Cliffs, NJ: Prenice-Hall, 1986.
BANDURA, A. Self-Efficacy in Changing Societies. Cambridge: Cambridge UniversityPress, 1997.
BANDURA, A. A teoria social cognitiva na perspectiva da agência. In: BANDURA, A; AZZI, R. G.; POLYDORO, S. Teoria Social Cognitiva: conceitos básicos, Porto Alegre: Artmed, 2008, p. 69 – 96.
BERGIN, D. A. Influences on classroom interest. Educacional Psychologist, London, v. 34, p. 87-98, 1999.
BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: matemática. Brasília, DF: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC/SEF, 2017.
BRITO, M. R. F.; SOUZA, L. F. N. I. Autoeficácia na Solução de Problemas Matemáticos e Variáveis Relacionada. Temas em Psicologia, Ribeirão Preto, v. 23, n. 1, p. 29-47, 2017.
BZUNECK, J. A. As Crenças de Auto-Eficácia e o seu Papel na Motivação do Aluno. In: BORUCHOVITCH, E.; BZUNECK, J. A. A Motivação do Aluno: contribuições da Psicologia Contemporânea. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001, p. 116 – 133.
BZUNECK, J. A. Como motivar os alunos: sugestões práticas. In: BORUCHOVITCH, E; BZUNECK, J. A.; GUIMARÃES, S. E. R. Motivação para aprender: aplicações no contexto educativo. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010, p. 13 – 42.
COSTA, E. R.; BORUCHOVITCH, E. A auto-eficácia e a motivação para aprender – Considerações para o desempenho escolar dos alunos. In: AZZI, R. G.; POLYDORO, S. A. J. (orgs.). Auto-Eficácia em Diferentes Contextos. São Paulo: Alínea, 2006, p. 87 – 109.
DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas de Matemática. São Paulo: Ática, 2002.
DELAZERI, G. R.; SILVA, L. M. da. Vivenciando a Resolução de Problemas em Sala de Aula, VI Congresso Internacional de Ensino da Matemática, Anais, 2013. Disponível em: <http://www.conferencias.ulbra.br/index.php/ciem/vi/paper/viewFile/649/41> Acesso em: 28 maio 2017.
DOBARRO, V. R.; BRITO, M. R. F. de. Atitude e Crença de autoeficácia: Relações com o Desempenho em Matemática. Educação Matemática Pesquisa, São Paulo, v. 12, n. 2, 2010.
KRULIK, R.; REYS (orgs.). A resolução de problemas na matemática escolar. São Paulo: Atual, 1997.
MACHADO, M. C. Gênero e desempenho em itens da prova de matemática do exame nacional do ensino médio (ENEM): relações com atitudes e crenças de autoeficácia matemática. 2014. Tese (Doutorado em Educação) – Unicamp, Campinas, 2014.
NEVES, L. F.2002. Um estudo sobre as relações entre a percepção e as expectativas dos professores e dos alunos e o desempenho na matemática. Dissertação de mestrado. Campinas: Universidade Estadual de Campinas.
ONUCHIC, L. de L. R. Ensino Aprendizagem de Matemática através da Resolução de Problemas. In: BICUDO, M. A. V. (org). Pesquisa em Educação Matemática. Concepções e Perspectivas. São Paulo: Editora UNESP, 1999.
ONUCHIC, L. de L. R.; ALLEVATO, N. S. G. Pesquisa em Resolução de Problemas: caminhos, avanços e novas perspectivas. Bolema - Mathematics Education Bulletin, v. 25, n. 41, p. 73-98, 2011. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/72994>
PAJARES, F.; KRANZLER, JOHN. Role of Self-efficacy and General Mental Ability In Mathematical Problem-solving: A Path Analysis. University of Florida. Paper presented at the meeting of the American Educational Research Association, San Francisco, 1995.
PAJARES, F.; OLAZ, F. Teoria Social Cognitiva e auto-eficácia: uma visão geral. In: BANDURA, A.; AZZI, R. G.; POLYDORO, S. Teoria Social Cognitiva: conceitos básicos, Porto Alegre: Artmed, 2008, p. 97 – 114.
PAJARES, F.; VALIANTE, G. Self-efficacy beliefs and motivation in writing development. In: MACARTHUR, C. A; GRAHAM, S.; FITZGERALD, J. Handbook of writing research, New York/London: Guilford Press, 2006, p. 158-170.
PÓLYA, G. A arte de resolver problemas. Trad. Heitor L. de Araújo. Rio de Janeiro: Interciência, 1978.
POLYDORO, S. A. J.; AZZI, R. G. Autorregulação: aspectos introdutórios. In: BANDURA, A; AZZI, R. G.; POLYDORO, S. Teoria Social Cognitiva: conceitos básicos. Porto Alegre: Artmed, 2008, p. 149 – 164.
SOUZA, L. N. I. Crenças de autoeficácia matemática. In: AZZI, R. G.; POLYDORO, S. A. J. (orgs). Autoeficácia em diferentes contextos. São Paulo: Alínea, 2006, p. 111 – 126.
STIPEK, D. J. Motivation to learn: from theory to practice. Englewood Cliffs, NJ: Prentice Hall, 1998.
TORISU, E. M. Crenças de autoeficácia e Motivação para Matemática: um estudo com alunos do Ensino Fundamental de uma escola pública de Ouro Branco (MG). 2010. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação Matemática). Ouro Preto: Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), 2010.
TORISU, E. M.; FERREIRA, A. C. A teoria social cognitiva e o ensino-aprendizagem da matemática: considerações sobre as crenças de autoeficácia. Ciências & Cognição (UFRJ), v. v. 14, n. 03, p. 168-177, 2009.
ZUFFI, E. M.; ONUCHIC, L. R. O Ensino-Aprendizagem de Matemática através da Resolução de problemas e os Processos Cognitivos Superiores. Revista Iberoamericana de Educación Matemática, n. 11, p. 79-97, 2007.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0).
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
d. Os conteúdos da Revista Em Teia estão licenciados com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0). Esta licença permite que os reutilizadores distribuam, remixem, adaptem e desenvolvam o material em qualquer meio ou formato, desde que a atribuição seja dada ao criador. A licença permite o uso comercial.
Authors who publish with this journal agree to the following terms:
a. Authors retain copyright and grant the journal right of first publication with the work simultaneously licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0) License.
b. Authors are able to enter into separate, additional contractual arrangements for the non-exclusive distribution of the journal's published version of the work (e.g., post it to an institutional repository or publish it in a book), with an acknowledgement of its initial publication in this journal.
c. Authors are permitted and encouraged to post their work online (e.g., in institutional repositories or on their website) prior to and during the submission process, as it can lead to productive exchanges, as well as earlier and greater citation of published work.
d. This license allows reusers to copy and distribute the material in any medium or format in unadapted form only, for noncommercial purposes only, and only so long as attribution is given to the creator.