The new conservative order and the dismantling of public policies to promote racial equality and combat racism in Brazil

Authors

DOI:

https://doi.org/10.51359/2675-7354.2022.253124

Keywords:

public policies, democratic crisis, conservative wave, Racial equality, quilombolas

Abstract

In Brazil, the election of Jair Messias Bolsonaro as president represented, in contrast with the democratic advances of previous years, the emergen-ce of a new counter-hegemonic order whose political objectives feed an agenda of dismantling, disqualification and delegitimization of minorities’ claims, seeking to contain the democratic advances that have happened so far. This paper aims to affirm that, between 2014 and 2019 in Brazil, one can identify the consolidation of a conjuncture contaminated by po-litical processes presented at an international level and that are eroding democratic structures, attacking the rights of minorities and denying the possibility of advances in human rights policies, all in favor of an economic agenda that seeks to guarantee the interests and social and political re-production of large financial capital and its ideological and political field. Our statement is based on literature review on the democratic crisis and the advance of a conservative wave at the local level, and on the obser-vation and monitoring of political facts and processes, which are linked to the agenda of combating racism and promoting racial equality, that sought to delegitimize and dismantle the Special Secretariat of Policies for the Promotion of Racial Equality (Seppir), denying and preventing the recognition and regulation of quilombola communities and encouraging or neglecting attacks on African and Afro-Brazilian religions.

Author Biography

Aristóteles Veloso da Silva Muniz, Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP)

Graduado em Ciências Sociais pela UFPE, Especialista em Saúde Pública pela UNIFAVIP, Mestre em Sociologia pelo PPGS/UFPE e doutor em Sociologia pelo PPGS/UFPE.

References

AVRITZER, L.;GOMES, L. C. B. Política do reconhecimento, raça e democracia no Brasil. Revista de ciências sociais, Rio de Janeiro, v. 56, n. 1, 2015.

AVRITZER, L. O pêndulo da democracia no Brasil: Uma análise da crise 2013–2018. Novos Estudos Cebrap, São Paulo, v. 37, n. 2, p. 273-289, 2018.

BERNARDINO, J. Ação afirmativa e a rediscussão do mito da democracia racial no Brasil. Estudos Afro-Asiáticos, Rio de Janeiro, ano 24, n. 2, p. 247-273, 2002.

BOND, L. Ministério da Agricultura fica responsável por demarcar terra indígena. Agência Brasil, Brasília, 2 jan. 2019. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2019-01/ministerio-da-agricultura-fica-responsavel-por-demarcar-terra-indigena. Acesso em: 22 dez. 2019.

BRITO, D. Menos de 7% das áreas quilombolas no Brasil foram tituladas. Agência Brasil, Brasília, 29 maio 2018. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2018-05/menos-de-7-das-areas-quilombolas-no-brasil-foram-tituladas. Acesso em: 22 dez. 2019.

BURITY, J. A onda conservadora na política brasileira traz o fundamentalismo ao poder?. In: ALMEIDA, R. de; TONIOL, R. (orgs.). Conservadorismos, fascismos e fundamentalismos: análises conjunturais. Campinas: Ed. Unicamp, 2018. p. 15-66.

CARDOSO, W. Cresce registro de crimes de intolerância religiosa em São Paulo. Folha de São Paulo, São Paulo, 2019. Disponível em:

https://agora.folha.uol.com.br/sao-paulo/2019/08/cresce-registro-de-crimes-de-intolerancia-religiosa-na-capital.shtml. Acesso em: 2 dez. 2019.

COM 257 parlamentares, bancada ruralista declara apoio à reforma da previdência. Congresso em foco, [s.l.], 2 abr. 2019. Disponível em: https://congressoemfoco.uol.com.br/temas/economia/com-257-parlamentares-bancada-ruralista-declara-apoio-a-reforma-da-previdencia/. Acesso em: 6 jan. 2020.

CONFIRA íntegra de manifesto contra cotas e quem o assinou. Jus Brasil, [s.l.], 2008. Disponível em: https://folha-online.jusbrasil.com.br/noticias/9211/confira-integra-de-manifesto-contra-cotas-e-quem-o-assinou#. Acesso em: 22 dec. 2019.

DARDOT, C.; LARVAL, P. A “nova” fase do neoliberalismo. Outras Mídias, [s.l.], , 29 jul. 2019. Disponível em: https://outraspalavras.net/outrasmidias/dardot-e-laval-a-nova-fase-do-neoliberalismo. Acesso em: 29 jul. 2019.

FÁBIO, A. C. O que mudou na definição de terras indígenas e quilombolas. Nexo, [s.l.], 2 jan. 2019. Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2019/01/02/O-que-mudou-na-defini%C3%A7%C3%A3o-de-terras-ind%C3%ADgenas-e-quilombolas. Acesso em: 22 dez. 2019.

FELLET, J. Governo Temer trava demarcações de áreas quilombolas. BBC Brasil, Brasília, 18 abr. 2017. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-39625624. Acesso em: 22 dez. 2019.

FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS (FGV). União democrática ruralista (UDR), [21--]. Disponível em: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/uniao-democratica-ruralista-udr. Acesso em: 17 mar. 2022.

FUNDAÇÃO PALMARES CULTURAL (FCP). Certificação Quilombola. Brasília, DF, [21–]. Disponível em: https://www.palmares.gov.br/?page_id=37551. Acesso em: 17 abr. 2022.

IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Informações Demográficas e Socioeconômicas, n° 41 – Desigualdades Sociais por Cor e Raça no Brasil. Brasil, 2019. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101681_informativo.pdf. Acesso em: 17 mar. 2022.

KANG, J. A mídia e a crise da democracia: repensando a política estética. Novos Estudos Cebrap, São Paulo, v. 93, p.61-79, 2012.

MARTINS, P. H. O pensamento crítico pós-colonial e a radiografia da crise institucional. In: CORRÊA, D.; PETERS, G. Blog do Labemus. [s.l.], 21 abr. 2017. Disponível em: https://blogdosociofilo.com/2017/04/21/o-pensamento-critico-pos-colonial-e-a-radiografia-da-crise-institucional-em-curso/. Acesso em: 23 dez. 2019.

OLIVEIRA, C. Por que os cultos de matriz africana são alvos da intolerância religiosa? A demonização das religiões de matriz africana tem origem no racismo que acompanha o povo negro há séculos, desde que chegou ao Brasil escravizado. Rede Brasil Atual, [s.l.], 20 out. 2019. Disponível em: https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2019/10/religoes-matriz-africana-intolerancia/. Acesso em: 22 dez. 2019.

PUPO, A. LINDNER, J. Decreto de demarcação de terras quilombolas é constitucional, diz STF. O Estado de São Paulo, São Paulo, 8 fev. 2018. Disponível em: https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,decreto-de-demarcacao-de-terras-quilombolas-e-constitucional-decide-stf,70002183457. Acesso em: 22 dez. 2019.

RIEMEN, R. El eterno retorno del fascismo In: Para combatir esta era: Consideraciones urgentes sobre el fascismo y el humanismo. México: Penguin Random House, p. 14-43. p. 14-43.

RIBEIRO, M. (Org.). As políticas de igualdade racial: reflexões e perspectivas. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2012.

SCHWARCZ, L. M. Nem preto, nem branco, muito pelo contrário: cor e raça na sociabilidade brasileira. 1. ed. São Paulo: Claro enigma, 2012.

SILVA, F. A. da. O racismo de Jair Bolsonaro: origens e consequências. Nexo, [s.l.], 17 nov. 2020. Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/ensaio/2020/O-racismo-de-Jair-Bolsonaro-origens-e-consequ%C3%AAncias. Acesso em: 16 mar. 2022

SOARES, I. Disque 100 registra mais de 500 casos de intolerância religiosa. Correio Braziliense, Brasília, 13 jun. 2019. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2019/06/13/interna-brasil,762632/disque-100-registra-mais-de-500-casos-de-intolerancia-religiosa.shtml. Acesso em: 22 dez. 2019.

TRAFICANTES ordenam para que 100 terreiros fechem no estado do RJ. RJ2, Rio de Janeiro, 27 maio 2019. Disponível em: https://globoplay.globo.com/v/7647281/. Acesso em: 22 dez. 2019.

Published

2022-05-24

How to Cite

Muniz, A. V. da S. (2022). The new conservative order and the dismantling of public policies to promote racial equality and combat racism in Brazil. Estudos Universitários, 39(1), 229–266. https://doi.org/10.51359/2675-7354.2022.253124