Brazilian Modernism confronted: curatorship as a clash of identity representations from the Northeast of Brazil
DOI:
https://doi.org/10.51359/2675-7354.2022.254641Keywords:
curatorship, contemporary art, identity representations, brazilian modernism, “Northeasternness”Abstract
Art curatorship, through the handling of exhibitions and through the temporary arranging of art works, can question canons and hegemonic narratives, a strategy used to tension and question processes that invent and reproduce identity representations, many of them linked to the “Brazilianness” imagined by the modernism produced in São Paulo. Part of these representations were produced from certain alterities related to different regionalisms, including a certain “northeasternness”, which were operated mainly as an object of representation. Starting from an emblematic case of curatorship, in which canonical works of Brazilian modernism are confronted with contemporary art works produced by black and mixed race artists that live outside the hegemonic Brazilian Southeast, we propose to discuss how a series of exhibitions held by Northeastern curators in the last two decades have questioned identity representations of “northeasternness” and its use as a construction of “authenticity” for “Brazilianness”. These curatorships deal with tensions regarding the power distribution, which legitimizes certain narratives at the expense of others; and with the curatorship’s ethical dimension when equating representation and representativeness.
References
ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de. Nordestino: invenção do “falo” – uma história do gênero masculino (1920-1940). São Paulo: Intermeios, 2013.
ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de. A invenção do Nordeste e outras artes. Recife: Fundaj, Editora Massangana; São Paulo: Cortez, 1999. p. 45-46.
ANJOS, Moacir dos. Desmanche de bordas: notas sobre identidade cultural no Nordeste do Brasil. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque; RESENDE, Beatriz (orgs.). Artelatina: cultura, globalização e identidades. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2000. p. 45-59.
ANJOS, Moacir dos. Arte em trânsito. In: ANJOS, Moacir dos. Nordestes [catálogo de exposição]. São Paulo: Sesc Pompeia, Fundação Joaquim Nabuco, 1999.
BHABHA, Homi K. O local da cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2013.
BISHOP, Claire. O que é um curador? A ascensão (e queda?) do curador auteur. Concinnitas, Rio de Janeiro, ano 16, v. 2, n. 27, p. 270-282, dez. 2015.
CAMPOS, Marcelo. Sertão contemporâneo [catálogo de exposição]. Rio de Janeiro: Caixa Cultural Rio de Janeiro, 2008.
CESAR, Marisa Flórido. Curadoria: deslocamentos, impasses, possibilidades. Revista Poiésis, Niterói, v. 16, n. 26, p. 41-50, dez. 2015.
CONDURU, Roberto. Entre o ativismo e a macumba: arte e afrodescendência no Brasil contemporâneo. Revista Vis, São Paulo, v. 7, n. 1, p. 55-67, jan./jun. 2008.
CYPRIANO, Fabio. Pinacoteca do Estado: Acervo radical. ARTE!Brasileiros, São Paulo, 21 dez. 2020. Disponível em: https://artebrasileiros.com.br/arte/exposicoes/pinacoteca-acervo-amplia-representatividade/. Acesso em: jul. 2022.
DINIZ, Clarissa. Street fight, vingança e guerra: artistas indígenas para além do “produzir ou morrer”. Espaço Ameríndio, Porto Alegre, v. 14, n. 1, p. 68-88, jan./jul. 2020.
FANAN, Levi. Vista da sala 19 da exposição Pinacoteca: Acervo (2020-2025). In: CYPRIANO, Fabio. Pinacoteca do Estado: Acervo radical. ARTE!Brasileiros, 21 dez. 2020. Disponível em: http://artebrasileiros.com.br/arte/exposições/pinacoteca-acervo-amplia-representatividade/. Acesso em: jul. 2022.
HERKENHOFF, Paulo; DINIZ, Clarissa. Zona tórrida: certa pintura do Nordeste [catálogo de exposição]. Recife: Santander Cultural, 2012.
HUCHET, Stéphane. Do ver ao mostrar, Representação e Corpus da arte. In: HUCHET, Stéphane (org.). Fragmentos de uma teoria da arte. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2012. p. 217-262.
KUSSIK, Helena. À Nordeste: uma exposição de infinitas pluralidades. Arte Sol, São Paulo, 2019. Disponível em: https://www.artesol.org.br/conteudos/visualizar/A-Nordeste-uma-exposicao-de-infinitas-pluralidades. Acesso em: jul. 2022.
LIMA, Pedro Ernesto Freitas. “Nordestinidade”: narrativas de circulação, legitimação e institucionalização na arte. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, n. 76, p. 34-49, ago. 2020a.
LIMA, Pedro Ernesto Freitas. “Nordestinidade” quando?: identidade estratégica em curadorias de Moacir dos Anjos. 2020. 338 f. Tese (Doutorado em Artes Visuais) – Universidade de Brasília, Brasília, 2020b.
MALDONADO-TORRES, Nelson. Analítica da colonialidade e da decolonialidade: algumas dimensões básicas. In: BERNARDINO-COSTA, Joaze; MALDONADO-TORRES, Nelson; GROSFOGUEL, Ramón (orgs.). Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Belo Horizonte: Autêntica, 2020. p. 27-53.
PINHEIRO, Jane. Arte contemporânea no Recife dos anos 90: Grupo Camelo, Grupo Carga e Descarga e Betânia Luna. Orientadora: Danielle Perin Rocha Pitta. 1999. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco, Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Recife, 1999.
PITTA, Fernanda M. A ‘breve história da arte’ e a arte indígena: a gênese de uma noção e sua problemática hoje. MODOS: Revista de História da Arte, Campinas, SP, v. 5, n. 3, p. 223–257, set./dez. 2021.
QUEVEDO Yuri et al. Pinacoteca: acervo [guia de visitação]. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 2020. p. 125.
SPIVAK, Gayatri C. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010. p. 31.
TEJO, Cristiana. Não se nasce curador, torna-se curador. In: RAMOS, Alexandre Dias (org.). Sobre o ofício do curador. Porto Alegre: Zouk, 2010. p. 149-163.
VALLADARES, Clarival do Prado. Ex-votos do sertão (1973). Ricardo Camargo Galeria, [s.l.], 2013. Disponível em: http://www.rcamargoarte.com.br/expo/?expo=84. Acesso em: 1 abr. 2019.