Uma geração interrompida
Palabras clave:
UFPE, Estudos Universitários, Revista de cultura, Flávio Weinstein Teixeira, Intelectuais, Recife, Debates CulturaisResumen
Nos inícios dos anos 1960, o campo cultural do Recife vivia um momento especialmente efervescente, com novos grupos de intelectuais se articulando e posicionando (ou reposicionando) frente aos temas tidos por centrais para a sociedade da época. Nesse quadro, destaca-se um grupo particularmente atuante na cidade que participou tanto da iniciativa de Paulo Freire de criação do SEC (Serviço de Extensão Cultural) da UR (Universidade do Recife), como da edição do Caderno Cultural do Jornal do Commercio. Deve-se a esse grupo, em grande parte, a introdução de novos parâmetros para o debate cultural na cidade. Esta renovação, contudo, se verá abortada na medida em que, na sequência do golpe de 1964, as perseguições e violências políticas resultaram na desarticulação dessas iniciativas e migração de muitos de seus membros. Este artigo oferece uns poucos elementos que permitem melhor compreender esse quadro.