Senghor, nós e a filosofia
Mots-clés :
UFPE, Estudos Universitários, Revista de cultura, Janice JapiassuRésumé
Em primeiro lugar, vamos tentar esboçar, sem intenção de definir, o que equivaleria a estabelecer limites o que entendemos por "O homem brasileiro" e o que parece distinguí-lo dos demais. Pelos "demais", queremos dizer, por enquanto, fundamentalmente, o europeu, os povos não mestiços ou considerados comumente como tal. Como os povos mestiços ocupam a maior parte do mundo, preferimos, por hora, considerá-los todos como nossos irmãos de raça, numa aproximação grosseira que faremos para não enveredar pelo caminho, então mais complicado, de distinguir o brasileiro dos demais povos mestiços, distinção que, necessariamente, deverá existir já que os processos de miscigenação não terão sido os mesmos. Fazemos isto, primeiro, por incompetência e, segundo, porque o problema que nos interessa mais, na distinção, é o cultural; o problema racial interessa aqui, apenas, enquanto este interfere, basicamente, na caracterização cultural do nosso povo.