Sonho, pesadelo e retomada
Palavras-chave:
UFPE, Estudos Universitários, Revista de cultura, Juracy AndradeResumo
O início dos anos 60 do século passado foi uma época de grande efervescência no Brasil todo, especialmente em Pernambuco e no Nordeste, que viviam uma experiência de reinserção plena na Federação com a velha SUDENE (1959) de Celso Furtado. A Frente do Recife elegia prefeitos e conquistara o Governo do Estado com a eleição de Miguel Arraes (1962). O povo se conscientizava de seu poder nas urnas (anulado pelo golpe militar de 1964). Na cena cultural, o Movimento de Cultura Popular (MCP-1960) da Prefeitura do Recife e o Serviço de Extensão Cultural (SEC-1962) da UFPE (então Universidade do Recife), além de promoverem avanços substanciais na educação de adultos, atraíam ao Recife personalidades da cena nacional e internacional, grupos teatrais de vanguarda como o CPC da UNE (1961) - que não era a UNE de hoje, um departamento do PCdoB -, Teatro de Arena, Oficina, com figuras que se tornariam exponenciais, como José Celso, Augusto Boal, Nelson Xavier, entre outros.