Remendar ou reinventar o mundo, a partir de nós? Paulo Freire nos instiga, nos provoca, nos convoca...

Autores

  • Alder Júlio Ferreira CALADO

DOI:

https://doi.org/10.33052/inter.v2i2.5029

Resumo

Há cerca de vinte anos, pouco depois da “grande viagem” de Paulo
Freire, ousei ensaiar uns versos, em memória e homenagem deste Tecelão da Utopia. O mote das aludidas estrofes (dez estrofes, em versos decassílabos, com rimas abbaaccddc) era o seguinte: “Paulo Freire vaguei no Universo, atiçando as centelhas da Utopia”2. Com efeito, a vida, a obra e o legado freireanos estiveram - e seguem estando - organicamente vinculados à esperança (não no sentido de aguardar passivamente, mas no sentido freireano de “esperançar”) de um mundo novo, alternativo à barbárie capitalista, que agride e avilta, de mil formas, a Mãe-Terra, inclusive os humanos e toda a comunidade dos viventes. Coisifica o ser humano, impede ou bloqueia o processo de humanização3. Não desumaniza ou avilta apenas suas vítimas – a Terra e a imensa maioria da humanidade, mas também desumaniza seus algozes – alertava Freire -, por a todos reduzir a objetos do lucro, de uma ganância necrófila. Toda a Terra geme em dores de parto, vítima das formas mais atrozes de agressão, de exploração, de esgotamento de bens do Planeta,
ao protagonizar sucessivas e crescentes ameaças aos filhos e filhas da Mãe- Terra. A humanidade clama por uma sociabilidade alternativa a essa barbárie.

Referências

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Publicado

2016-09-08