Autoficção, duplo e Orientalismo em Aziyadé, de Pierre Loti

Authors

  • Camila Geovanna Alves da Silva Universidade Federal de Pernambuco

Keywords:

Pierre Loti, Orientalismo, Autoficção.

Abstract

Este artigo aborda as relações entre forma, discurso e as dinâmicas de significação da ideologia colonial no livro Aziyadé, de Pierre Loti. Admitindo a forma da autoficção como um dispositivo literário que suscita a dúvida sobre a natureza do objeto estético, pautamos o debate deste estudo na maneira como os recursos formais da obra literária e as construções imagéticas e representacionais na composição narrativa corroboram os efeitos do discurso colonial-orientalista. Para tanto, recorremos aos estudos de Faedrich (2022) sobre as teorias da autoficção, e de Said (2007) e Bhabha (2013) sobre Orientalismo, discurso colonial e representações do sujeito subalterno.

References

ALBERCA, Manuel. El pacto ambiguo: de la novela autobiográfica a la autoficción. Madrid: Biblioteca Nueva, 2007.

BHABHA, Homi K. O local da cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2013.

BORDEAUX, Henri. Julien Viaud et son pseudonyme Pierre Loti. Cahiers Pierre Loti, Paris, v. 1, n. 6, p. 29-31, nov. 1953.

FAEDRICH, Anna. Teorias da autoficção. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2022.

FOUCAULT, Michel. Em defesa da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

FOUCAULT, Michel. Nascimento da biopolítica. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

LOTI, Pierre. Aziyadé. Paris: Calmann-Lévy, 2003. Obra em Domínio Público.

ROSSET, Clément. O real e seu duplo: ensaio sobre a ilusão. Rio de Janeiro: José Olympio, 2008.

SAID, Edward. Orientalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

Published

2023-03-07