Uma multidão de escritos: a questão do sigilo confessional e a guerra de papéis contra a Jacobeia (1745-1752)
DOI:
https://doi.org/10.22264/clio.issn2525-5649.2023.41.2.11Palabras clave:
Sigilismo, Jacobeia, Inquisição, Igreja, PortugalResumen
Entre os anos 1745 e 1752, a Inquisição portuguesa realizou uma verdadeira guerra contra a Jacobeia – movimento religioso que surgiu nas décadas iniciais do século XVIII, com o propósito de divulgar um método de vida baseado na reforma da espiritualidade e em uma rigorosa vivência devocional, espiritual e sacramental. A perseguição à Jacobeia se deu especialmente através da manipulação de informações/desinformações, que foram propagandeadas por meio de um número considerável de libelos difamatórios, livros e papéis insultuosos, publicados – em sua grande maioria de forma clandestina – com a aquiescência do Santo Ofício. Nesses textos, os jacobeus, de modo geral, foram vituperados, sendo acusados de sigilistas, isto é, religiosos que não respeitavam o sigilo do sacramento da confissão, utilizando o testemunho revelado no confessionário como instrumento de perseguição aos fiéis. Diante disso, examinaremos os escritos produzidos ao longo do período que se convencionou chamar de questão do sigilo confessional – o sentido de seus usos, seus efeitos e seus interesses – e buscaremos entender de que forma a propagação de desinformações sobre os jacobeus contribuiu com a criação de uma semântica histórico-política que atribuiu sentidos e forjou a própria ideia de Jacobeia que se desenvolveu ao longo do século XVIII.
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