Primeira República em Pernambuco: flagelos da representação política (1904-1911)
DOI:
https://doi.org/10.22264/clio.issn2525-5649.2019.37.1.10Palavras-chave:
Primeira República, Oligarquia, PernambucoResumo
O presente artigo analisa a governança eleitoral e o rompimento do domínio da mais poderosa oligarquia de Pernambuco na Primeira República. Na historiografia nacional foi solidificada a interpretação de que, entre 1889 e 1930, as oligarquias regionais eram mantidas no poder pela prática da fraude, o controle sobre o voto do eleitor e a hegemonia política dos partidos republicanos. Neste trabalho ratificamos tal percepção evidenciando a escolha do Congresso Federal em recusar a judicialização como tentativa para legitimar o ritual eleitoral. Deste modo, nem mesmo a inédita participação ativa de eleitores e marginalizados do direito do voto na eleição pernambucana de 1911, que resultou na queda da oligarquia Rosa e Silva, foi capaz de prover a reconfiguração necessária no sistema representativo do novo regime.
Referências
AMADO, Gilberto. Eleição e representação. Rio de Janeiro: Oficina Industrial Graphica, 1931
BACKES, Ana Luiza. “Fundamentos da republicana: repensando o pacto Campos Sales”. Brasília: Senado Federal, 2006.
BALANDIER, G. O poder em cena. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1982.
BARBOSA, Excursão eleitoral. In: Obras completas. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Cultura, 1967, v XXXVI.
BARRETO, V. e PAIM, A. Evolução do pensamento político brasileiro. Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia/Editora da USP, 1989.
DAHL, R. Poliarquia, participação e oposição. São Paulo: USP, 1997.
FILHO, Edson Benedito Rondon. Monopólio legítimo da força como processo civilizador: Weber e Elias em perspectiva. XII Simpósio Internacional, Civilização e Contemporaneidade. Recife, 2009.
HOLANDA, Cristina Buarque de. Modos de representação política. O experimento da Primeira República brasileira. Belo Horizonte: Editora UFMG; Rio de Janeiro: Editora IUPERJ, 2009
KINZO, Maria D’alva. Representação Política e Sistema Eleitoral no Brasil. São Paulo: Editor Símbolo, 1980, p. 61 – 132.
LAMOUNIER, Bolívar. Da Independência a Lula: Dois Séculos de Política Brasileira. São Paulo: Augurium Editora, Cap. 2, 2005.
LEAL, Victor Nunes. Coronelismo, Enxada e Voto. Rio de Janeiro: Forense, 1948
LESSA, R. A Invenção da República: Campos Sales, as bases e a decadência da Primeira República brasileira. Rio de Janeiro/São Paulo: IUPERJ/Vértice, 1988.
MARCHETTI, Vitor. Governança eleitoral: o modelo brasileiro de justiça eleitoral. Dados v.51 n.4 Rio de Janeiro, 2008.
NICOLAU, Jairo Marconi. Eleições no Brasil: do Império aos dias atuais. RJ: Zahar, 2012
OROZCO HENRIQUEZ, J. J. 2007. El contencioso electoral, la calificación electoral. In: NOHLEN, D.; ZOVATTO, D.; OROZCO HENRIQUEZ, J. J. & THOMPSON, J. Tratado de derecho electoral comparado de América Latina. Ciudad del México: Fondo de Cultura Económica
PORTO, Walter Costa. A mentira da urna. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
RICCI, Paolo. ZULINI, Jaqueline Porto. Quem ganhou as eleições? A validação dos resultados antes da criação da justiça eleitoral recebido em 13 de setembro de 2012. Revista Sociologia e Política. Curitiba, v. 21, n. 45, p. 91-105, mar. 2013
SCHUMPETER, J. A. Capitalismo, socialismo e democracia. São Paulo: Abril Cultural. 1988.
SOUZA, Maria do Carmo Campello. O Processo Político Partidário na Primeira República, 1974.
VALE, Teresa Cristina de Souza Cardoso. Justiça Eleitoral e Judicialização da Política: Um estudo através da sua história. Tese Doutorado, Instituto Universitário de Pesquisa do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2009.
VIANA, Oliveira. O idealismo da Constituição. São Paulo: Nacional, 1930
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Ao submeter um artigo à CLIO: Revista de Pesquisa Histórica, o autor garante que o artigo é original, e que não contém declarações caluniosas ou difamatórias, que não infringe quaisquer direitos de propriedade intelectual, comercial ou industrial de terceiros, bem como ressarcir prontamente a Universidade Federal de Pernambuco/CLIO: Revista de Pesquisa Histórica por quaisquer indenizações, prejuízos ou despesas que possam ocorrer em razão da quebra destas garantias.
O autor mantém os direitos autorais sobre o artigo, autorizando, no entanto, a Universidade Federal de Pernambuco/CLIO: Revista de Pesquisa Histórica, a utilizar o referido artigo, no todo ou em parte, editado ou integral, em língua portuguesa ou qualquer outro idioma, em versão impressa, ou qualquer outro meio de divulgação, ficando assim, a referida instituição isenta de qualquer pagamento de direitos autorais ao autor.
 
						 
			
		 
			 
			 
				




