A paisagem dos museus de imigrantes holandeses a partir de um sistema de criação de signos
DOI:
https://doi.org/10.51359/2238-6211.2023.259384Parole chiave:
museus, paisagens, Nova Geografia CulturalAbstract
Os museus de imigrantes holandeses são locais de compartilhamento das trajetórias e memórias por meio das paisagens construídas. As estruturas de ordem simbólica se destacam enquanto campo de importância para estudo na Nova Geografia Cultural em razão de estarem repletas de símbolos e significados que se conectam com um imaginário materializado nessas paisagens museológicas. A partir disso, o estudo objetiva analisar a paisagem cultural presente nos museus da imigração holandesa enquanto um sistema de significados que permite que seja interpretada e lida enquanto texto. A operacionalização do trabalho consistiu no acesso a documentos dos museus Parque Histórico de Carambeí e do Centro Cultural de Castrolanda, do primeiro se analisou o Manual do Monitor, o Catálogo Institucional e a Cartilha Pedagógica, já do segundo foi estudado a Cartilha Institucional. Para as interpretações das paisagens foi utilizado o sistema de criação de signos debatidos por Duncan (2004) e também o proposto por Gomes (2013) sobre o ponto de vista, composição e exposição contidas em registros fotográficos. As interpretações foram guiadas pelos símbolos de representação respectivos aos conceitos formadores das colônias de imigrantes holandeses, sendo eles o ‘trabalho’, a ‘educação’, o ‘cooperativismo’ e a ‘religião’. Portanto, a análise destes símbolos oportuniza a compreensão dos significados que permeiam essas paisagens e sua constante reprodução, valorizando e exaltando a cultura e os costumes dos pioneiros holandeses, fazendo dessa narrativa histórica uma forma potencial de consumo turístico.
Riferimenti bibliografici
ASSOCIAÇÃO PARQUE HISTÓRICO DE CARAMBEÍ- APHC. Manual do monitor. Carambeí, PR: APHC, 2015.28p.
CAMARGO, C. R. de. S.; BENATTE, A. P. Semióforos da etnicidade: o Museu Imigrante Holandês de Arapoti, Paraná. Ateliê de História UEPG, Ponta Grossa, v.2, n.1, p.221-231, jan./ago, 2014. Disponível em: http://www.revistas2.uepg.br/index.php/ahu/article/ view/589>6. Acesso em: 14 jun. 2019
CAUQUELIN, A. A Invenção da Paisagem. São Paulo: Martins Fontes, 2007.200p.
CENTRO CULTURAL DE CASTROLANDA. Centro Cultural Castrolanda: um ano para pensar a história. Castro: Centro Cultural Castrolanda, 2018.36p.
COSGROVE, D. A Geografia está em toda a parte: cultura e simbolismo nas paisagens humanas. In: CORRÊA, R. L. ROSENDAHL, Z. (orgs). Paisagem, tempo e cultura. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1998. p.92- 123.
DESVALLÉES, A.; MAIRESSE, F. Conceitos-chave de museologia. São Paulo: ICOM/ Armand Colin, 2013.101p.
DUNCAN, J. S. Paisagem como sistema de criação de signos. In: CORRÊA, R. L.; ROSENDHAL, Z. (orgs). Paisagens, textos e identidade. Rio de Janeiro: UERJ, 2004. p. 91-132.
DUNCAN, J. S.; DUNCAN, N. G. The Aestheticization of the Politics of Landscape Preservation. Annals of the Association of American Geographers, Oxford, v. 91, n.2, p. 387–409. 2001.
GEOGHEGAN, H.; HESS. A. Object-love at the Science Museum: cultural geographies of museum storerooms. Cultural Geographies, v. 22, n.3, p. 445–465. 2015.
GOMES, P. C. da. C. O lugar do olhar: elementos para uma geografia da visibilidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013.320p.
LOWENTHAL, D. The past is a foreign country. Cambridge: Cambridge University Press, 2013.489p.
NÚCLEO DE MÍDIA E CONHECIMENTO. Parque Histórico de Carambeí: catálogo. Curitiba, PR: Farol dos Reis, 2016.200p.
PILLATI, J. J. Cartilha de aproveitamento pedagógico. Carambeí: APHC, 2015.24p.
POULOT, D. Museu e museologia. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013. 160p.
RANGEL, A. Cinema e museu: produção de imagens e mediação de discursos. In: CHAGAS, M.de.S.; PIRES, V. S. (Orgs). Território, museus e sociedade: práticas, poéticas e políticas na contemporaneidade. Rio de Janeiro: UNIRIO; Brasília: Instituto Brasileiro de Museus, 2018. p.71-84.
SAUER, C.O. A Morfologia da Paisagem. In.: CORRÊA, R. L.; ROSENDAHL, Z. (org). Paisagem, Tempo e Cultura. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1998.p.12-74.
WILLIAMS, R. The sociology of culture. Nova York: Schocken Books, 1982. número de página.266p.
Downloads
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
Copyright (c) 2024 Ana Cristina Costa Siqueira, Bruna Iara Lorian Chagas, Brendo Francis Carvalho, Almir Nabozny

TQuesto lavoro è fornito con la licenza Creative Commons Attribuzione 4.0 Internazionale.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantêm os direitos autorais e concedem à REVISTA DE GEOGRAFIA da Universidade Federal de Pernambuco o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional. CC BY - . Esta licença permite que os reutilizadores distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do material em qualquer meio ou formato, desde que a atribuição seja dada ao criador. A licença permite o uso comercial.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
d) Os conteúdos da REVISTA DE GEOGRAFIA estão licenciados com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional. CC BY - . Esta licença permite que os reutilizadores distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do material em qualquer meio ou formato, desde que a atribuição seja dada ao criador. A licença permite o uso comercial.
No caso de material com direitos autorais a ser reproduzido no manuscrito, a atribuição integral deve ser informada no texto; um documento comprobatório de autorização deve ser enviado para a Comissão Editorial como documento suplementar. É da responsabilidade dos autores, não da REVISTA DE GEOGRAFIA ou dos editores ou revisores, informar, no artigo, a autoria de textos, dados, figuras, imagens e/ou mapas publicados anteriormente em outro lugar.