O movimento ocupe estelita: O capital cultural na interface entre a política e a cultura
DOI:
https://doi.org/10.51359/2317-5427.2019.243758Schlagworte:
ocupe estelita, capital cultural, estrutura de sentimentos, produção audiovisual, direito à cidadeAbstract
Pretendemos analisar peças chave da produção audiovisual do MOE para identificar as representações nela mais difundidas em momentos cruciais para a causa. É importante lembrar que um grupo de profissionais de áreas como o urbanismo, o design, a comunicação e o direito utilizou de suas competências específicas e de seu alto capital simbólico em seus respectivos campos para fazer frente à aliança entre o Consórcio e a Prefeitura na disputa pela “opinião pública”, especialmente através de depoimentos em produtos audiovisuais. Por isso, estes aparecem como um corpus interessante para pensar a confluência destes capitais culturais e simbólicos em torno da defesa do direito à cidade. Com este intuito, destacamos vídeos produzidos pela Brigada Audiovisual do Estelita em que fica clara uma tomada de posição política de disputa mais assumida com o Consórcio Novo Recife pela “opinião pública”. Tais produtos são interpretados à luz da identificação de elementos da “estrutura de sentimentos” de seus produtores que parece expressar a de uma parte importante do MOE, em seu conjunto, embora a própria problematização constante da ideia de “conjunto” seja uma das suas principais características, como veremos.
Literaturhinweise
ARRIGHI, Giovanni (1995). O Longo Século XX: dinheiro, poder e as origens de nosso tempo. UNESP, Rio de Janeiro.
BAKTHIN, Mikhail. (2010) Cultura Popular na Idade Média e no Renascimento. São Paulo: Hucitec.
BOURDIEU, Pierre (1982). “O mercado dos bens simbólicos In MICELI, Sérgio (org) A economia das trocas simbólicas (org.). São Paulo: Perspectiva, 1982.”
BOURDIEU, Pierre (2007a). A distinção – crítica social do julgamento. São Paulo: Edusp; Porto Alegre: Zouk.
BOURDIEU, Pierre (2007b) Meditações pascalianas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.
CALDEIRA, Teresa P. do R (2000). Cidade de muros. São Paulo: Ed. 34.
CHESNAIS, François (1998). A mundialização financeira: gênese, custos e riscos. São Paulo, SP: Xamã.
ELIAS, Norbert (1995). Mozart, sociologia de um gênio. Rio de Janeiro: Zahar.
HARVEY, David (2012). “Os rebeldes na rua: o Partido de Wall Street encontra sua nêmesis”. In Occupy – movimentos de protesto que tomaram as ruas. São Paulo: Boitempo, Carta Maior.
LUDERMIR, Francisco. A emergência do movimento Ocupe Estelita: das origens à ocupação, fragmentos de uma história de resistência. Dissertação de Mestrado. PPGS/UFPE, 2018.
MOVIMENTO PASSE LIVRE – São Paulo (2013). “Não começou em Salvador, não vai terminar em São Paulo” In Cidades Rebeldes. São Paulo: Boitempo, Carta Maior.
PETRUCZOC, Milton Ivan. Quando a ideia era uma só: Reflexões praxeológicas sobre formas de vida em disputa a partir do Movimento Ocupe Estelita. Dissertação de mestradop. PPGS/UFPE, 2019.
PINTO COSTA , Luiz Carlos (2010). Ações coletivas com mídias livres. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Recife, UFPE.
ROLNIK, Raquel (2013). “As vozes das ruas: as revoltas de junho e suas interpretações” In Cidades Rebeldes. São Paulo: Boitempo, Carta Maior.
SINGER, André (2012). Os sentidos do lulismo: reforma gradual e pacto conservador. São Paulo: Companhia das Letras.
STALYBRASS, Peter (2008). O casaco de Marx – roupas, memória, dor. Belo Horizonte: Autêntica Editora.
TEIXEIRA, Cristina (2015). O cinema militante da Brigada Audiovisual Ocupe Estelita. Recife: mimeo.
WILLIAMS, Raymond (1992). Cultura – Rio de Janeiro: Paz e Terra.
WILLIAMS, Raymond (2000). Marxismo y Literatura. Barcelona: Ediciones Peninsula.
WILLIAMS, Raymond (2011). Política do Modernismo – contra os novos conformistas. São Paulo: Unesp.
Downloads
Veröffentlicht
Ausgabe
Rubrik
Lizenz
Copyright (c) 2019 Estudos de Sociologia

Dieses Werk steht unter der Lizenz Creative Commons Namensnennung 4.0 International. Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado