O movimento ocupe estelita: O capital cultural na interface entre a política e a cultura
DOI:
https://doi.org/10.51359/2317-5427.2019.243758Parole chiave:
ocupe estelita, capital cultural, estrutura de sentimentos, produção audiovisual, direito à cidadeAbstract
Pretendemos analisar peças chave da produção audiovisual do MOE para identificar as representações nela mais difundidas em momentos cruciais para a causa. É importante lembrar que um grupo de profissionais de áreas como o urbanismo, o design, a comunicação e o direito utilizou de suas competências específicas e de seu alto capital simbólico em seus respectivos campos para fazer frente à aliança entre o Consórcio e a Prefeitura na disputa pela “opinião pública”, especialmente através de depoimentos em produtos audiovisuais. Por isso, estes aparecem como um corpus interessante para pensar a confluência destes capitais culturais e simbólicos em torno da defesa do direito à cidade. Com este intuito, destacamos vídeos produzidos pela Brigada Audiovisual do Estelita em que fica clara uma tomada de posição política de disputa mais assumida com o Consórcio Novo Recife pela “opinião pública”. Tais produtos são interpretados à luz da identificação de elementos da “estrutura de sentimentos” de seus produtores que parece expressar a de uma parte importante do MOE, em seu conjunto, embora a própria problematização constante da ideia de “conjunto” seja uma das suas principais características, como veremos.
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