The Tupinambá and a new interpretation of the conquest in the antropology of Florestan Fernandes

Authors

  • Maria de Fátima Souza Silveira USP
  • Sedi Hirano USP

DOI:

https://doi.org/10.51359/2317-5427.2020.249347

Keywords:

Florestan Fernandes, Tupinambá, conquest, Brazil

Abstract

Mariza  Peirano  (1984)  and  Eduardo  Viveiros  de  Castro  (1999)  discuss  how  FlorestanFernandes  promoted  a  true  "rotation  of  perspectives"  with  its  systematic  studies  on Tupinambá society,"intuiting" paths of anthropology in Brazil today, especially the search to  apprehend  the  indigenous  worlds  from  themselves.From  these  studies,  Florestan Fernandes  was  also  able  to  explain  some  of  the  main  indigenous  reactions  to  portuguese conquest  and  colonization, illuminating  numerous  historical  issues related colonialism  in Brazil and proposing a "new interpretation of conquest" that opposes the visionview, whose tendency is to minimize indigenous history, promoting a systematic "deindianization" of our history.Therefore, we situate the anthropology of Florestan Fernandes as a critique of this colonial perspectiveand an invitation to exercise the "permanent decolonization" of thought in Latin America.

References

BOTELHO, André; BRASIL JR., Antonio; HOELZ, Maurício. 2018. Florestan Fernandes entre dois mundos: Entrevista com Elide Rugai Bastos, Gabriel Cohn e Mariza Peirano. Sociologia & Antropologia, Rio de Janeiro,v.8,n.1,p. 15-43.

CANDIDO, Antonio. 1949. “Resenha de ‘A organização social dos tupinambá’”. Revista do Museu Paulista, São Paulo, n.3, p. 472-476.

CANDIDO, Antonio. 1996. “O jovem Florestan”. Estudos Avançados, São Paulo, v.10, n. 26, p. 11-14. jan./abr.

CARNEIRO DA CUNHA, Manuela; VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 1985. “Vingança e temporalidade: os tupinambá”. Journal de la Société des Américanistes, v. 71, n.1, p.191-208.

CLASTRES, Pierre. 2003. A sociedade contra o Estado. São Paulo:Cosac Naify.

CLASTRES, Pierre.2004. Arqueologia da violência: pesquisas de antropologia política. São Paulo:Cosac Naify.

COSTA, Diogo V. A.2010.As raízes ideológicas da sociologia de Florestan Fernandes: socialismo e crítica da dependência cultural nas ciências sociais brasileiras (1950-1970).Tese (Doutorado em Sociologia).Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Pernambuco, Recife.

DANOWSKI, Deborah; VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo.2014. Há mundo por vir? Ensaio sobre os medos e os fins.1. ed. Florianópolis: Cultura e Barbárie.

D’ABBEVILLE, Claude.1945.História da missão dos padres capuchinhos na Ilha do Maranhão e terras circunvizinhas. Tradução: Sérgio Milliet. Introdução e notas: Rodolfo Garcia. São Paulo: Livraria Martins Ed.

FERNANDES, Florestan.1952. A função social da guerra na sociedade tupinambá. Revista do Museu Paulista, São Paulo, vol. VI, n. s.

FERNANDES, Florestan. 1963. A organização social dos Tupinambá. São Paulo: Difusão Europeia do Livro.

FERNANDES, Florestan.1972. O negro no mundo dos brancos. São Paulo: Difusão Europeia do Livro.

FERNANDES, Florestan.1975. Investigação etnológica no Brasil e outros ensaios. Petrópolis: Vozes.

FERNANDES, Florestan. 1976. "Antecedentes indígenas: organização social das tribos tupis". In: Holanda, Sérgio Buarque (org.). História geral da civilização brasileira. Rio de Janeiro: Difel, vol. I. p.72-86.

FERNANDES, Florestan. 2006. A função social da guerra na sociedade tupinambá. Prefácio Roque de Barros Laraia. 3ªed. São Paulo: Globo.

FERNANDES, Florestan. 2008. Mudanças sociais no Brasil. São Paulo: Global.

FERNANDES, Florestan. 2009. A investigação etnológica no Brasil. São Paulo: Globo.

FERNANDES, Florestan. 2010. Circuito fechado: quatro ensaios sobre o “poder institucional”. São Paulo: Globo.

FERNANDES, Florestan.2015. Poder e contra-poderna América Latina. São Paulo: Expressão Popular.

FREYRE, Gilberto.2003.Casa-grande & Senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. 48ª ed. rev. São Paulo: Global.

HIRANO, Sedi.2008. Formação do Brasil Colonial: Pré-capitalismo e Capitalismo. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo.

SOARES, Eliane Veras. 2010. Florestan Fernandes e os caminhos para a emancipação das ciências sociais no brasil. Estudos de Sociologia, Recife, v. 16, n. 2, p. 269-285.

SOARES, Eliane Veras; BRAGA, Maria Lúcia de S.;COSTA, Diogo Valença de A. 2002.O dilema racial brasileiro: de Roger Bastidea Florestan Fernandes ou da explicação teórica à proposição política. Sociedade e Cultura, Goiânia, v. 5, n. 1,p. 35-52.

PEIRANO, Mariza. 1984. A antropologia esquecida de Florestan Fernandes: os Tupinambá. Anuário Antropológico, Brasília, Ano 82, p.15-49.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 1986. Araweté: os deuses canibais. Rio de Janeiro: Zahar/Anpocs.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo.1992. “O mármore e a murta: sobre a inconstância da alma selvagem” In:A inconstância da alma selvagem e outros ensaios de antropologia. São Paulo:Cosac Naify.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo.1996. Os Pronomes Cosmológicos e O Perspectivismo Ameríndio. Mana, Rio de Janeiro, v. 2, n.2, p. 115-144.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 1999. “Etnologia indígena” in Miceli, Sérgio (org.). O que ler na Ciência Social Brasileira (1970-1995) -Antropologia. São Paulo: Sumaré/Anpocs/Capes, p.109-223.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo.2002. “O nativo relativo”.Mana,Rio de Janeiro,v. 8, n.1. pp.113-144.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 2008. Eduardo Viveiros de Castro.Stutzman,Renato(org.). Rio de Janeiro: Beco do Azougue.Coleção Encontros.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 2018. Metafísicas canibais: Elementos para uma antropologia pós-estrutural. São Paulo: Ubu Editora, n-1 edições.

VON MARTIUS, Karl Friedrich. 1956. Como se deve escrever a história do Brasil.Revista de Historiade América, n. 42, p. 433-458.

Published

2021-01-15