Narrativas periféricas de desigualdades raciais territorias e de gênero. Pode o COVID-19 aprofundar o abismo social em Recife/PE
DOI:
https://doi.org/10.51359/2525-6092.2020.247494Schlagworte:
Palavras-chaves, desigualdade racial, desigualdade territorial, pobreza urbana, Coque.Abstract
O presente artigo trata de questões intrinsecamente urbanas, relacionadas com as desigualdades raciais e de gênero vivenciadas nas grandes cidades. Para isso, priorizamos a experiências de duas mulheres (autoras do texto) na comunidade do Coque, em Recife, estado de Pernambuco – nordeste brasileiro. Existem padrões do uso da terra e da densidade populacional que reproduzem lógicas coloniais antigas baseadas no controle imperial e na dominação racial e patriarcal. A partir de nossas vivências (uma moradora e outra integrante de iniciativas coletivas na comunidade), construímos uma narrativa que privilegia a raça e o gênero como categorias de análise sobre as desigualdades e os conflitos na distribuição da terra urbana.
Literaturhinweise
ALVES, Branca Moreira; PITANGUY, Jacqueline. O que é feminismo. São Paulo: Brasiliense, 1981.
BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política –Obras escolhidas–Vol. 1, São Paulo: Brasiliense, p. 222-232, 1987.
BIROLI, Flávia; MIGUEL, Luis Felipe. Feminismo e Política: uma introdução. São Paulo: Boitempo, 2014.
BROWDER, John e GODFREY, Brian. RainforestCities: Urbanization, Development, andGlobalizationoftheBrazilianAmazon. Nova York, Columbia University, 1997.
CARNEIRO, Sueli. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. São Paulo: Selo negro, 2011.
CARNEIRO; Suely. Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero. ? In: Pensamento Feminista: conceitos Fundamentais. Organizadora: Heloísa Buarque de Holanda. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019.
CARNEIRO; Suely. Mulheres emMovimento. Estudos Avançados. 17 (49), 2003.
CHANDLER, David. Juan José de Aycinena. Idealista, conservador de la Guatemala Del siglo XIX. Antigua, Guatemala. Centro de Investigaciones Regionales de Mesoamérica. 1988.
CISNEIROS, Leonardo. Nota Coletiva de Associações, Coletivos e Entidades do Recife sobre o Projeto Novo Recife. 2013. Disponível em: https://direitosurbanos.wordpress.com/tag/coque/COSTA, Claudia de Lima. “Feminismos e pós-colonialismos.”Revista Estudos Feministas, v. 21, n. 2, p. 655-658, 2013.
DAVIS, Angela. Mulheres, cultura e Política. São Paulo Boitempo, 2017.
DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo Boitempo, 2015.DAVIS, Mike. Planeta Favela. São Paulo: Boitempo, 2006.
ESCOBAR, Arturo. Sentipensar con la tierra: nuevas lecturas sobre el desarrollo, território y diferencias. Universidad Autónoma Latinoamericana, 2014.
FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Anuário Brasileiro de Segurança Pública. ISSN 1983-7364 ano 2016
FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Anuário Brasileiro de Segurança Pública. São Paulo, 2016.
FREITAS, Alexandre S. Fundamentos para uma sociologia crítica da formação humana: um estudo sobre o papel das redes associacionistas da educação. Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFPE. Recife, 2005.
GONZALEZ, Lélia. A categoria político-cultural daamefricanidade. In: Tempo Brasileiro. Rio de Janeiro, Nº 92/93 (jan/jun) 1988.
HOOKS, Bell. Feminist theory: from margin to center. Cambridge, South End, 2000.
HOOKS, Bell. O feminismo é para todo mundo: políticas arrebatadoras. Rio de Janeiro: Rosas dos Tempos, 2019.
KONADU-AGYEMANG, Kwadwo. The Political Economy of Housing and Urban Development in Africa: Ghana's Experience from Colonial Times to 1998. Praeger ed., 2000.
KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das letras, 2019.
LAGARDE, Marcela. Los Cautiverios de las Mujeres: madresposas, monjas, putas, presas y locas. Ciudad de México: Universidad Nacional Autónoma de México, 2005.
LEFBVRE, Henri. A Revolução Urbana. Belo Horizonte, Humanitas, 2004.
LEFBVRE, Henri. Espaço e Política. Belo Horizonte, Editoria UFMG, 2008
LEFBVRE, Henri. O Direito à Cidade. São Paulo, Centauro, 2006.LUCENA, Maria de Fátima Gomes de; GOUVEIA, M. A. L. Tráfico de Pessoas e Violências: algumas considerações sobre vulnerabilidade social, gênero e migração não documentada do Brasil para a Europa na contemporaneidade. In: Sarita Amaro. (Org.). Dicionário Crítico de Serviço Social. 1ed. Rio de Janeiro: Autobiografia, 2015, p. 244-266.
MAHMUD, Shihabuddin e DUYAR-KIENAST, Umut. Spontaneous Settlements in Turkeyand Bangladesh: Preconditions of Emergency And Environmental Quality of Gecek on du Settlements and Bustees. Cities, v.18, n. 4, 2001.
MARASCIULO, Marília. Na pandemia de Covid-19, negros morrem mais do que brancos. Por quê? Revista Galieleu. Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2020/05/na-pandemia-de-covid-19-negros-morrem-mais-do-que-brancos-por-que.html> Acesso em: 20 de maio de 2020.
MARX, Karl e ENGELS, F. A ideologia alemã. Trad. Conceição Jardim e Eduardo Lúcio Nogueira. São Paulo, Presença e Martins Fontes. 2 v. s. d.
MBEMBE, Achille. Necropolítica. Biopoder, soberania, estado de exceção, política da morte. São Paulo: N-1 Edições, 2018.
MIES, Maria. Decolonizing the iceberg economy: new feminist concepts for a sustainable society. Em:Dilger, G; Lang, M.; Pereira, J. (Orgs.). Descolonizar o imaginário: debates sobre pós-extrativismo e alternativas ao desenvolvimento. São Paulo: Fundação Rosa Luxemburgo, 2016.
MIGNOLO, Walter.Histórias locais. projetos globais. Colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 2013.
MORAES, Maria.C. e TORRE, Saturnino. Sentipensar. Fundamentos e estratégias para reencantar a educação. Editora Wak, 2018.
MOREL, Edmundo e MEJIA, Manuel. The DominicanRepublic, Em: AntonioAzuela, Emilio Duhahu e Enrique Ortiz (orgs.), Evictions and the Right to Housing: Experience from Canada, Chile, The Dominican Republic, South Africa, and South Korea. Ottawa, International Development Research Center, 1998
OXFAM. Recompensem o Trabalho, não a Riqueza. Relatório de Estudo. Oxfam Internacional: 2018. Publicado pela Oxfam GB para a Oxfam Internacional sob ISBN 978-1-78748-143-5 em janeiro de 2018. Oxfam GB, Oxfam House, John Smith Drive, Cowley, Oxford, OX4 2JY, UK.
SARTORI, G; NEMBRINI, G e STAUFFER, F. Monitoring of Urban Growth of Informal Settlements and Population Estimation from Aerial Photography and Satellite Imagining. Artigo isolado N. 6, Geneva Foundation. Jun, 2002.
SEGATO, Rita. La crítica de La colonialidad em ocho ensayos y una antropologia por demanda. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Prometeo Libros, 2018.
SOUSA, Bianca. Mulher é morta com pancada na cabeça em Joana Bezerra.Jornal do Comércio. Disponível em:<https://jc.ne10.uol.com.br/canal/cidades/policia/noticia/2018/07/04/mulher-e-morta-com-pancada-na-cabeca-em-joana-bezerra-345803.php> Acesso em: 20 de Junho, 2020.
SPIVAK. Gayatri. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014.
TORRE, S. DE LA. Sentipensar: estratégias para un aprendizaje creativo. Mimeo, 2001.
VALLADARES, Lícia do Prado. A invenção da favela: do mito de origem à favela.com. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2005.
VELHO, Gilberto. Um antropólogo na cidade. Ensaios de antropologia urbana. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.
VILLAÇA, Flavio. São Paulo: segregação urbana e desigualdade. RevistaEstudos Avançados, vol. 25, no. 71. São Paulo, 2011.
WACQUANT, Loïc. Que é gueto? Construindo um conceito sociológico. Revista Sociologia e Política, Curitiba, 23, p. 155-164, nov. 2004.
WAISELFISZ, Júlio. Mapa da Violência 2012. Atualização: Homicídio de mulheres no Brasil. FLACSO BRASIL [online], 2012.
Downloads
Veröffentlicht
Zitationsvorschlag
Ausgabe
Rubrik
Lizenz
Copyright (c) 2020 Amanda Martinez Elvir, Auta Jeane Azevedo

Dieses Werk steht unter der Lizenz Creative Commons Namensnennung - Nicht-kommerziell - Weitergabe unter gleichen Bedingungen 4.0 International.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-Não Comercial-Compartilha Igual 4.0 Internacional , que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.