A pesquisa geográfica e os mercados ilegais: nexos entre a inovação territorial e informalidade
DOI:
https://doi.org/10.51359/2525-6092.2023.259186Schlagworte:
pesquisa geográfica, mercados ilegais, inovação, informalidadeAbstract
Para aprofundar o debate epistemológico versus o objeto empírico da geografia e partindo da articulação entre noções de inovação territorial e mercados ilegais, este artigo visa cooperar na sistematização de princípios capazes de compor um diálogo específico do conhecimento geográfico sobre questões sociais ligadas as transformações do espaço, intermediado pelo emprego e formulação de critérios analíticos, relacionados à realidade urbana dos mercados ilegais. Busca-se construção correlativa entre modelos teóricos de investigação geográfica, adaptados ao caráter ambivalente e difuso das relações contemporâneas dos mercados ilícitos e informais, constantemente atrelado à inovação técnica do território. O lastro de observação deriva de áreas periféricas sobre o espaço ‘vivido’ em que a população desenvolve meios de sobrevivência criativos e informais baseados nos mecanismos do comércio formal (competição, resiliência, autorregulação, inovação). Assim, introduz-se o debate com revisão bibliográfica sobre algumas concepções normativas que cercam a dinâmica econômica ilegal em subúrbios e das relações de poder subjacentes aos agentes produtores do território. Por fim, propõe-se uma análise interdisciplinar da realidade criativa (inovadora) integrada aos padrões informais de sociabilidade, enfatizando o entendimento das imbricações entre o real abstrato x real concreto, que integram o sentido de renovação das territorialidades na periferia, considerada como substrato econômico em movimento.
Literaturhinweise
ANDRADE, E. S. y GOMES, E. T. A. O estudo do comércio informal ao longo dos principais eixos de circulação da cidade do Recife - Brasil: a moradia como local de (re)produção do capital, o caso da avenida Recife. Scripta Nova. Revista electrónica de geografía y ciencias sociales. Barcelona: Universidad de Barcelona, 1 de agosto de 2003, vol. VII, núm. 46(044). Disponível em : <http://www.ub.es/geocrit/sn/sn-146(044).htm> . Acessado em 16/07/2023.
ARENDT, Hannah. Sobre a violência. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1994.
ARENDT, Hannah. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1987.
BECKERT, Jens. The Moral Embeddedness of Markets. MPIfGDiscussionPaper, No. 05/6, 2005. Disponível em: < http://hdl.handle.net/10419/19920> . Acessado em 16/01/2018
CERTEAU, M.A invenção do cotidiano I: as artes do fazer. Petrópolis: Vozes, 1994.
CORRÊA, R. L. Espaço: um conceito chave da geografia. In: CORRÊA, R. L, CASTRO, I. E.; P. C. Gomes (Orgs.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Betrand Brasil, 2006.
FERNANDES, A. C. A diversidade da Geografia brasileira. In SPOSITO, Eliseu et al. Escalas e dimensões de análise e da ação. Rio de Janeiro, Consequência Editora, 2016.
FURTADO, C. Formação de capital e desenvolvimento econômico (1950). Série memórias do desenvolvimento. Cadernos do Desenvolvimento. Ano 1, n. 1 (2006). Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2006.
KOSIK, K. Dialética do concreto. Tradução de Célia Neves e Alderico Toríbio. 8.reimpressão. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2010.
MINAYO, M. C. de S.; SOUZA, E. R. de. Violência e saúde como um campo interdisciplinar e de ação coletiva. História, Ciências, Saúde, Manguinhos, v. 4, n.3, p. 513-531, fev. 1998.
MISSE, Michel. O Rio como um bazar: a conversão da ilegalidade em mercadoria política. In MISSE, Michel(Org.). Crime e violência no Brasil contemporâneo: estudos de sociologia do crime e da violência urbana. Rio de Janeiro, Lumen Juris, 2006.
MORAES, Antonio Carlos Roberto. Geografia: pequena história critica. São Paulo: HUCITEC, 17ª ed. 1999.
ODALIA, N. O que é violência. São Paulo: Nova Cultural: Brasiliense, 1985.
RAFFESTIN, Claude. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993.
SANDEL, Michael J. Market Reasoning as Moral Reasoning: Why Economists Should Re-engage with Political Philosophy. Source: The Journal of Economic Perspectives, Vol. 27, No. 4 (Fall 2013), pp. 121-140. Published by: American Economic Association. Disponívelem<http://www.jstor.org/stable/23560025>. Acessado em 19/01/2018
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção. 4. ed. São Paulo: Edusp, 2002.
SANTOS, Milton. Técnica, espaço, tempo: globalização e meio técnico-científico informacional.São Paulo: HUCITEC, 1994.
WAISELFISZ, Julio Jacobo. Mapa da violência 2012: Os novos padrões da violência homicida no Brasil. Versão para web. Disponível em: <http://mapadaviolencia.org.br/pdf2012/mapa2012_web.pdf>. Acessado em: 28 de fev. 2013a.
Downloads
Veröffentlicht
Zitationsvorschlag
Ausgabe
Rubrik
Lizenz
Copyright (c) 2023 Paulo César de Oliveira, Ana Regina Marinho Dantas Barboza da Rocha Serafim, Gevson Silva Andrade

Dieses Werk steht unter der Lizenz Creative Commons Namensnennung - Nicht-kommerziell - Weitergabe unter gleichen Bedingungen 4.0 International.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-Não Comercial-Compartilha Igual 4.0 Internacional , que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.