Dinâmicas da produção musical popular no Recife: o punk e o brega em meio às novas tecnologias
DOI:
https://doi.org/10.51359/2525-6092.2024.261993Palavras-chave:
punk, brega, dinâmicas produtivas da música, Recife, indústria cultural 2.0Resumo
O objetivo desse trabalho é analisar a dinâmica de produção musical no Recife-PE, abordando dois movimentos, aparentemente contraditórios, que são o brega e suas variantes, mormente considerados como cultura de massa, e o movimento punk, tido geralmente como uma subcultura ou contracultura em oposição ao capitalismo e à realidade social vigente. A indústria cultural, em uma concepção mais recente baseada em Duarte (2014), compreende não apenas a produção controlada por grandes conglomerados, mas também, a partir das novas tecnologias, a retomada da produção cultural por aqueles que são enquadrados como “populares”. Essa nova dinâmica proposta pelo autor como Indústria Cultural 2.0. Partindo da chegada da indústria musical no Recife, realizamos a análise das dinâmicas de produção desses movimentos que embora antagônicos, partilham semelhanças na produção e distribuição de seus produtos. A metodologia empregada foi a análise bibliográfica sobre o tema, bem como entrevistas realizadas com produtores culturais. Como resultado, encontramos pontos de contato entre formas musicais bastante distintas tanto em objetivo, como em concepções acerca de suas representações sobre a realidade.
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