O direito à cidade e velhice em tempos de pandemia da COVID-19: Discussões geográficas
DOI :
https://doi.org/10.51359/2525-6092.2020.247484Mots-clés :
Direito à cidade, Velhos, Covid-19, GeografiaRésumé
O mundo atual, impactado pela imposição de uma nova dinâmica em função da pandemia da covid-19, revela-se como um lugar que aumenta a desconfiança contra os sujeitos velhos. Em primeiro lugar, por se tratar de um grupo social com altos registros de vulnerabilidade aos sintomas e desdobramentos da doença, convencionou considerar que o seu isolamento social precede o de todos os demais grupos sociais. Em segundo lugar, as visões estereotipadas e de profundo preconceito com a velhice são reforçadas quando a necessidade de distanciamento social engessa a possibilidade de circulação do dinheiro disponível com lazer, estética e superficialidades. Aprofunda-se a banalidade da vida desses sujeitos, que fica evidente, inclusive, em discursos realizados por ministros de Estado e pelo próprio Presidente da República. O direito à cidade e o direito à reprodução da vida são negados, mesmo quando a renda destes sujeitos se torna a única fonte de ingresso para a família, que se encontra ampliada com a eliminação de postos de trabalho formal e informal.
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© Pedro Ricardo da Cunha Nóbrega 2020

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