O LUGAR DA REFLEXÃO NA FORMAÇÃO E NO DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO EM PORTUGAL
Palavras-chave:
Formação de professores, Reflexão, Reflexividade, Desenvolvimento profissionalResumo
O discurso académico produzido nos últimos anos, e que pretende orientar a formação de professores, tem apontado no sentido de que esta recorra a procedimentos de reflexão sobre a ação educacional. Neste sentido, expressões como “formação reflexiva de professores”, “professor reflexivo”, “reflexão na ação e sobre a ação” circulam com frequência no vocabulário dos professores. A par disto, tem sido reclamada a necessidade de se clarificar o sentido atribuído a estas expressões e questionada a relação entre o discurso teórico e a sua real implementação. Tendo por referência este questionamento, o texto, depois de afirmar a importância do recurso à reflexão na formação de professores e no seu desenvolvimento profissional, dá conta de um estudo empírico realizado com o objetivo de dar a conhecer a importância que lhe atribuem formadores de professores. Os dados recolhidos permitem concluir que existe a intenção de promover a formação reflexiva de professores e que ela é considerada um meio para o desenvolvimento profissional.
Referências
ALARCÃO, Isabel. Escola reflexiva e desenvolvimento institucional: que novas funções supervisivas?. In: OLIVEIRA-FORMOSINHO, Júlia (Org.). Supervisão na formação de professores. Porto: Porto Editora, 2002. p. 217-238.
CORREIA, José Alberto; MATOS, Manuel. Solidões e solidariedades nos quotidianos dos professores. Porto: Edições ASA, 2001.
CORREIA, José Alberto. Formação e trabalho: contributos para uma transformação dos modos de os pensar na sua articulação. In: CANÁRIO, Rui (Org.). Formação e situações de trabalho. Porto: Porto Editora, 1997. p. 13-41.
DAY, Christopher. Desenvolvimento profissional de professores: os desafios da aprendizagem permanente. Porto: Porto Editora, 2001.
L’ÉCUYER, René. Méthodologie de l’analyse développementale de contenu. Canadá: Presses de l’Úniversité, 1990.
ESTEVES, Manuela. Sentidos da inovação pedagógica no ensino superior. In: LEITE, Carlinda. Sentidos da pedagogia no ensino superior, Porto: CIIE/Livpsic, 2010. p. 45-61.
FERNANDES, Preciosa. O currículo do ensino básico em Portugal: políticas, perspetivas e desafios. Porto: Porto Editora, 2011.
FERRY, Gilles. Le trajet de la formation. Paris: Ed. Dunot, 1987.
FREIRE, Paulo. Ação cultural para a libertação. Lisboa: Ed. Moraes, 1972.
FREIRE, Paulo. Uma educação para a liberdade. Porto: Edição Textos Marginais, 1974.
FULLAN, Michel; HARGREAVES, Andy. A escola como organização aprendente: buscando uma educação de qualidade. Porto Alegre, 2000.
GIROUX, Henry. Los professores como intelectuales: hacia una pedagogia crítica del aprendizage. Barcelona: Ed. Paidós/M.E.C., 1990.
GIROUX, Henry. Teoria crítica e resistência em educação. Petrópolis: Ed. Vozes, 1986.
HARGREAVES, Andy. Os professores em tempo de mudança. Porto: Edições ASA, 1998.
HARGREAVES, Andy. Professorado, cultura y post modernidad (cambiam los tiempos, cambia el profesorado). Madrid: Ediciones Morata, 1996.
LEITE, Carlinda. O currículo e o multiculturalismo no sistema educativo português. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2002.
LEITE, Carlinda; FERNANDES, Preciosa. Potencialidades e limites da gestão curricular local para (e na) construção de uma escola com sentido para todos. In: ABRANTES, Paulo. Gestão flexível do currículo: reflexões de formadores e investigadores. Lisboa: ME.DEB, 2002. p. 41-62.
LEITE, Carlinda. A flexibilização curricular na construção de uma escola mais democrática e mais inclusiva. Território Educativo, 2000, 7, 20-26.
LEITE, Carlinda; FERNANDES, Preciosa. Desafios aos professores na construção de mudanças educacionais e curriculares: que possibilidades e que constrangimentos? Educação, Porto Alegre, 2010, v. 33, n. 3, p. 198-204, set./dez. 2010.
LEITE, Carlinda; FERNANDES, Preciosa. Curricular studies and their relation with the political agenda for education. Transnational Curriculum Inquiry, 2012, 9(2), 35-49.
MAGALHÃES, António; STOER, Stephen. A escola para todos e a excelência académica. Porto: Profedições, 2002.
MARCELO GARCIA, Carlos; ESTEBERANZ GARCIA, Araceli. Modelos de colaboración entre la universidad ylas escuelas en la formación del professorado. Revista de Educación, 1998, v. 317, p. 97-120.
MARCELO GARCIA, Carlos. Formalidad e informalidad en el proceso de aprender a enseñar. Revista de Educación, 2009, v. 350, p. 31-55.
NÓVOA, António (Org.). Profissão professor. Porto: Porto Editora, 1991.
NÓVOA, António. Reforma educativa Portuguesa: Questões passadas e presentes sobre a formação de professores. In: NÓVOA, António; POPKEWITZ, Thomas. Reformas educativas e formação de professores. Lisboa: Educa, 1992. p. 57-69.
NÓVOA, António. Para una formación de professores construída dentro de la profesión. Revista de Educación, 2009, v. 350, p. 203-218, set./dez. 2009.
ROLDÃO, Mª do Céu. Diferenciação curricular revisitada: conceito, discurso e práxis. Porto: Porto Editora, 2003.
SCHÖN, Donald. Educating the reflective practitioner. San Francisco: Jossey-Bass, 1987.
SCHÖN, Donald. The reflective practitioner. New York: Basic Books, 1983.
TARDIF, Maurice; LESSARD, Claude. O trabalho docente: elementos para uma teoria da docência como profissão de interacções humanas. Petrópolis: Editora Vozes, 2005.
ZEICHNER, Kenneth. A formação reflexiva de professores. Lisboa: Educa, 1993.
ZEICHNER, Kenneth. Becoming a teacher educator. Teaching and Teacher Education, v. 21, p. 117-124. 2005.
ZEICHNER, Kenneth. Formação de professores: contato direto com a realidade da escola. Entrevista a Presença Pedagógica, Minas Gerais, 2000, v. 6 n. 34, p. 5-15, jul./ago. 2000.
ZEICHNER, Kenneth. New epistemologies in teacher education: rethinking the connections between campus courses and field experiences in college and university-based teacher education. Revista Interuniversitaria de Formación del Profesorado, 2010, n. 68 (24.2), p. 123-149, aug. 2010.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a licença Creative Commons: creativecommons.org/licenses/by/4.0. que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos artigos e resenhas publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros softwares de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.