Short stories of João Guimarães Rosa and Mia Couto: bonfires in the long western night
DOI:
https://doi.org/10.51359/2175-294x.2025.260264Keywords:
Guimarães Rosa and Mia Couto, translation of worlds, westernist universals, experience of aisthésisAbstract
João Guimarães Rosa and Mia Couto translate worlds, when they narrate stories that form a nation, intervening in Western universals. This political gesture escaped the Brazilian literary field when comparing the two authors, considering the regional-universal canon as a biographical testimony and literary synthesis of modernization, intended as a dualistic contrast to supposedly anachronistic and inactive cultural forms. In opposition to this comparatist gesture, I propose that Rosa and Mia Couto provide an experience of aesthesis that translates worlds into their variants of the Portuguese language, evoking a multilingual formation and linguistic substrates derived from it.
References
BENJAMIN, W. O narrador. Considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In: BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1987. p. 197-221.
BORGES COELHO, João P. Política e história contemporânea em Moçambique: dez notas epistemológicas. Revista de História, São Paulo, n. 178, p. 1-19, 2019.
BORGES COELHO, João P. Da violência colonial ordenada à ordem pós-colonial violenta. Lusotopie, p. 175-193, 2003.
BRUGIONI, Elena. Observações sobre a fisionomia da escrita de Mia Couto. Apontamentos para um reflexão crítico-epistemológica. Hespérides: Lingüística (9). In: FLORES, C. (org.). Múltiplos olhares sobre o bilinguismo: transversalidades (II). Vila Nova de Famalicão: Edições Húmus, 2011. p. 191-208.
CAN, Nazir A. Literatura colonial portuguesa e a metáfora morta do mundo sem tradução. O caso de Zambeziana, de Emílio de San Bruno. Portuguese Cultural Studies, Vol. 7: Iss. 2, Article 4, 2021.
CANDIDO, Antonio. Formação da literatura brasileira. Rio de Janeiro: Itatiaia, 2000.
COUTO, Mia. Sangue da avó manchando a alcatifa. In: COUTO, Mia. Cronicando. Lisboa: Caminho, 1991. p. 27-32.
COUTO, Mia. Que África escreve o escritor africano?. In: COUTO, Mia. Pensatempos: Caminho, 2005.
COUTO, Mia. Desmontando e reconstruindo a ideia de Lusofonia. SAVANA, 29, Junho, 2007.
COUTO, Mia. Línguas que não sabemos que sabíamos. In: COUTO, Mia. E se Obama fosse africano? São Paulo: Companhia das Letras, 2011a. p. 8-15. (Disponível por LeLivros).
COUTO, Mia. Um caminho feito para não haver chão. In: ROSA, João Guimarães. Antes das Primeiras estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011b. p. 7-10.
COUTO, Mia. Noventa e três. In: COUTO, Mia. Estórias abensonhadas. Lisboa: Caminho, 2018. p. 61-66.
COUTO, Mia. Doeu ver como África e Moçambique ficaram tão distantes do Brasil [Entrevista concedida a Joana Oliveira]. El País, São Paulo, 02 mai. 2019a.
DANIEL, Mary L. “Mia Couto: Guimarães Rosa's Newest Literary Heir in Africa.” Luso-Brazilian Review, vol. 32, no. 1, 1995, p. 1–16.
DUSSEL, Enrique. 1492: o encobrimento do outro: a origem do mito da modernidade. Petrópolis: Vozes, 1993.
FARACO, Carlos A. Desde quando somos normativos?. In: VALENTE, André C. (Org.). Unidade e variação na língua portuguesa: suas representações. São Paulo: Parábola Editorial, 2015. p. 59-70.
FARRÉ, Albert. Assimilados, régulos, Homens Novos, moçambicanos genuínos: a persistência da exclusão em Moçambique. Anuário Antropológico, Brasília, UnB, v. 40, n. 2, p. 199-229, 2015.
FISCHER, Luís A. Duas formações, uma história: das ideias fora do lugar ao perspectivismo ameríndio. Porto Alegre: Arquipélago, 2021.
GALLO, Fernanda B. G. 'Para poderes viver como gente': reflexões sobre o persistente combate ao modo de vida disperso em Moçambique. Cantareira (UFF), v. 3, p. 16-19, 2016.
GROSFOGUEL, Ramón. A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVI. Revista Sociedade e Estado, v. 31, n. 1, jan./abr., p. 25-49, 2016a.
GROSFOGUEL, Ramón. Caos sistémico, crisis civilizatória y proyectos descoloniales: pensar más allá del proceso civilizatorio de la modernidade/colonialidad. Tabula rasa, Bogotá, n. 25, julio-diciembre, p. 153-174, 2016b.
HARDMAN, Francisco F. Morte e progresso: cultura brasileira como apagamento de rastros. São Paulo: Ed. UNESP, 1998.
HINKELAMMERT, Franz. La ética del discurso y la ética de la responsabilidad: una posición crítica. In: HINKELAMMERT, Franz. Cultura de la esperanza y sociedad sin exclusión, San José, DEI, p. 225-272, 1995.
MAIA, Ludmila G. El espacio y el individuo: identidad cultural e imaginario colectivo en la obra narrativa de João Guimarães Rosa y Mia Couto. (Tese Doutorado em Estudios Literarios). Universidad Complutense de Madrid, UCM, Espanha, 2015.
MALANDRINO, Brígida C. Os mortos estão vivos: a influência dos defuntos na vida familiar segundo a tradição bantú. Último Andar, n. 19, 2º Semestre, p. 1-70, 2010.
MEIRELLES, Juliana G. A família real no Brasil: política e cotidiano (1808-1821). São Bernardo do Campo: Editora UFABC, 2015.
MENDONÇA, Elisabeth da S. Representações da velhice em alguns contos de Guimarães Rosa e Mia Couto. (Dissertação Mestrado em Letras). Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP, 2013.
MORAES, Anita M. R. de. Contornos humanos: primitivos, rústicos e civilizados em Antonio Candido. Recife: CEPE, 2023.
PATEL, Samima A. O lugar das línguas moçambicanas no panorama educacional de Moçambique: que perspectivas? Cadernos de Linguagem e sociedade (Dossiê: Questões raciais, em intersecção, como agentes de transformação no campo dos Estudos da Linguagem) n. 23, v. 2, p. 145-160, 2022.
QUIJANO, Anibal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: QUIJANO, Anibal. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais, perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p. 117-142.
ROSA, João G. Meu tio, o Iauaretê. In: ROSA, João G. Estas estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001a. p. 191-235.
ROSA, João G. Páramo. In: ROSA, João G. Estas estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001b. p. 261-290.
ROSA, João G. Grande sertão: veredas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006.
ROSA, João G. Uns índios (sua fala). In: ROSA, João G. Ave, palavra. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009. p. 129-132.
ROSA, João G. Presepe. In: ROSA, João G. Tutaméia: terceiras estórias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1987.
SANTOS, Antônio B. dos. Colonização, quilombos: modos e significados. Brasília, INCTI/UNB, 2015.
SILVA, Avani S. Guimarães Rosa e Mia Couto: ecos do imaginário infantil. 2007. Dissertação (Mestrado em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, University of São Paulo, São Paulo, 2007.
TEIXEIRA, Eduardo de A. A reabilitação do sagrado nas estórias de João Guimarães Rosa e Mia Couto. (Tese Doutorado em Letras). Universidade de São Paulo, USP, Brasil, 2006.
TROUCHE, Lygia M. O Marquês de Pombal e a implantação da língua portuguesa no Brasil. Reflexões sobre a proposta do Directório de 1757. Anais do IV Congresso Nacional de Linguística e Filosofia, v. IV, 2000.
VALLEGA, Alejandro A. Liberación e historia uni-versal. In: VALLEGA, Alejandro A. Tiempo y Liberación. Exordio a pensamentos liberatórios, vivenciales y decoloniales. Argentina, España, Mexico/Ciudad de Mexico: AKAL, 2021. p. 55-81.
VALLEGA, Alejandro A. Sobre la necesidad de um pensamento vivencial aisthético liberatório. In: VALLEGA, Alejandro A. Tiempo y Liberación. Exordio a pensamentos liberatórios, vivenciales y decoloniales. Argentina, España, Mexico/Ciudad de Mexico: AKAL, 2021. p. 177-207.
VÉLEZ ESCALLÓN, Bairon O. O Páramo é do tamanho do mundo: Guimarães Rosa, Bogotá, Iauaretê. Tese (Doutorado em Literatura) – Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2014.
VÉLEZ ESCALLÓN, Bairon O. Zero nada, zero: uns índios Guimarães Rosa, sua fala. Alea: Estudos Neolatinos, v. 20, n. 2, p. 53-73, 2018.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Maryllu de Oliveira Caixeta

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Authors who publish with Revista Investigações agree to the following terms:
Authors retain copyright and grant the journal right of first publication with the work simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0) license that allows others to share the work with an acknowledgement of the work's authorship and initial publication in this journal.
Authors are able to enter into separate, additional contractual arrangements for the non-exclusive distribution of the journal's published version of the work (e.g., post it to an institutional repository or publish it in a book), with an acknowledgement of its initial publication in this journal.
You are free to:
Share — copy and redistribute the material in any medium or format for any purpose, even commercially.
Adapt — remix, transform, and build upon the material for any purpose, even commercially.
The licensor cannot revoke these freedoms as long as you follow the license terms.
Under the following terms:
Attribution — You must give appropriate credit , provide a link to the license, and indicate if changes were made . You may do so in any reasonable manner, but not in any way that suggests the licensor endorses you or your use.
No additional restrictions — You may not apply legal terms or technological measures that legally restrict others from doing anything the license permits.