Um outro sertão literário: linguajar pantaneiro e espaço nacional em Inocência de Taunay

Autores/as

  • Bruno Carvalho Princeton University

Resumen

O presente artigo investiga os usos do linguajar sertanejo – mais especificamente pantaneiro – no romance Inocência (1872), do Visconde de Taunay. Ao explorar elementos de formação linguística documentados pelo autor, a análise revela substratos ou adstratos indígenas, ibéricos, hispanoamericanos, assim como arcaísmos e inovações. No processo, argumenta-se que enquanto a narrativa participa na construção de um imaginário espacial da nação marcado pela dicotomia interior-costa, o linguajar empregado como “nativo” dos pantaneiros revela forte influência de práticas linguísticas oriundas do litoral.

Biografía del autor/a

Bruno Carvalho, Princeton University

Ph.D pela Harvard University, é professor Assistente do Department of Spanish and Portuguese Languages and Cultures, da Princeton University.

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Publicado

2010-01-13

Cómo citar

Carvalho, B. (2010). Um outro sertão literário: linguajar pantaneiro e espaço nacional em Inocência de Taunay. Revista Investigações, 23(1), 135–152. Recuperado a partir de https://periodicos.ufpe.br/revistas/INV/article/view/1335

Número

Sección

Artigo - Linguística (seção livre)