Reflexões sobre os nativos digitais
DOI :
https://doi.org/10.51359/2177-9309.2022.251462Mots-clés :
ensino e aprendizagem, tecnologias na educação, nativos digitaisRésumé
O presente texto pretende responder à seguinte questão: as qualidades atribuídas à geração denominada “nativos digitais” (entre outros termos análogos) realmente existem? Trata-se de uma pesquisa qualitativa, caracterizada como um estudo bibliográfico. O corpus analítico foi constituído por trabalhos que amparam a ideia do surgimento dos “nativos digitais” e sua caracterização, bem como por estudos que contestam as características atribuídas a essa geração. As buscas foram efetivadas a partir de textos de pesquisadores com foco na caracterização dos “nativos digitais” e de outros que desmistificam as qualidades apregoadas a este grupo. A análise do corpus se deu por meio da Análise de Conteúdo, que resultou em duas construções, a partir das categorias emergentes: Nativos Digitais; e Lenda Urbana? Os resultados indicam que muitas das qualidades atribuídas aos “nativos digitais” podem ser consideradas inexistentes. Desse modo, compreende-se que as pessoas que nasceram imersas no mundo das tecnologias digitais de informação e comunicação podem até apresentar maior capacidade intuitiva de interação com os artefatos modernos, porém acredita-se que, no que diz respeito ao emprego desta capacidade para a aprendizagem, ainda carecem de orientação.
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