O currículo mínimo do 6°ano: perspectivas e possibilidades na geografia escolar

Autori

DOI:

https://doi.org/10.51359/2594-9616.2019.240463

Parole chiave:

currículo mínimo, geografia clássica, geografia crítica.

Abstract

Em 2011, o governo do Estado do Rio de Janeiro através da SEEDUC divulgou o currículo mínimo que seria aplicado em todas as escolas da rede estadual de educação, sendo notória a necessidade do professor de Geografia de refletir sobre a proposta. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo analisar de forma crítica o currículo de Geografia para o 6° do Ensino Fundamental proposto pela Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro e refletir sobre as possibilidades de aplicação da proposta diante do processo de renovação da Geografia nas últimas décadas. Nesse sentido, utilizou-se como base a história da Geografia escolar brasileira durante a análise do citado currículo. Verificou-se que o currículo proposto está pautado na Geografia Clássica enfatizando uma ciência neutra, com uso de aspectos descritivos e da memorização. Sendo assim, com a análise percebeu-se que este delimita o trabalho do professor e impossibilita novas pesquisas e discussões na formação de cidadãos críticos, o que torna a possibilidade de aplicação da proposta desfavorável para os educadores em função da renovação vivenciada pela Geografia a partir da década de 1970.    

Biografie autore

Adriana Ferreira da Silva, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Mestranda em Geografia (PPGGEO/UFRRJ); Graduada em Geografia (UERJ)

Rafael de Souza Dias, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutor em Geografia (PPGEO/UERJ); Mestre em Educação Ambiental (PPGEA/FURG); Graduado em Geografia (UERJ)

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Pubblicato

2019-07-01

Come citare

Silva, A. F. da, & Dias, R. de S. (2019). O currículo mínimo do 6°ano: perspectivas e possibilidades na geografia escolar. Revista Ensino De Geografia (Recife), 2(1), 69–81. https://doi.org/10.51359/2594-9616.2019.240463