De Garrett a Jorge de Sena: A coleção camoniana de José Saramago
DOI:
https://doi.org/10.51359/2175-294x.2024.263111Palavras-chave:
genética, Camões, teatro saramaguianoResumo
Neste trabalho, apresentaremos parte de nosso estudo genético acerca da peça Que farei com este livro?, estudo esse que tem como base o cruzamento do texto ficcional com o conteúdo da coleção camoniana que constitui a biblioteca particular de José Saramago. Nessa biblioteca, diagnosticamos a existência de um vasto material textual sobre Camões adquirido pelo escritor, que vai de Garrett a António José Saraiva e a Jorge de Sena. Diante dessa extensa bibliografia, veremos como Saramago utiliza com maestria alguns dos mais famosos camonistas para sondar suas lacunas interpretativas, bem como para explorar os silêncios sobre a vida de tão famoso poeta.
Referências
AGUIAR E SILVA, Vítor Manuel. Significado e estructura de Os Lusíadas. Lisboa: Comissão Executiva do IV Centenário de Publicação de "Os lusíadas", 1972.
AZEVEDO, Manuela de. O povo oitocentista celebrou Camões sob o signo do espírito democrático. In: Diário de Notícias (Editorial). Estudos sobre Camões. Páginas do Diário de Notícias dedicadas ao poeta no 4.º centenário da sua morte. Lisboa: INCM, Temas Portugueses, 1981, pp. 255-266.
BERARDINNELI, Cleonice. Camões e(m) Garret. In: PEREIRA, Seabra; FERRO, Manoel (org.). Actas da VI Reunião Internacional de Camonistas. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2012, pp. 499-504.
BIASI, Pierre-Marc. A genética dos textos. Trad. Marie-Hélène Paret Passos. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2010.
BRILHANTE, Maria João. Escrever para teatro: a contribuição de Saramago para a dramaturgia portuguesa no pós-25 de abril. Vértice, Lisboa, n. 204, pp. 65-72, 2022. Disponível em: https://www.pcp.pt/escrever-para-teatro-contribuicao-de-saramago-para-dramaturgia-portuguesa-no-pos-25-de-abril. Acesso em: 19 jun. 2024.
CAMÕES, Luís Vaz de. Os Lusíadas. 4. ed. Lisboa: Instituto Camões, 2000.
COELHO, Leonor Martins. A escrita dramatúrgica de José Saramago: dissonância, reconfiguração e utopia. Reflexos, Paris, n. 7, pp. 1-10, 2023. Disponível em: https://interfas.univ-tlse2.fr/reflexos/1570. Acesso em: 02 maio 2023.
CORDEIRO, Maria Inês. Uma janela para Saramago. In: REIS, Carlos; GRÜNHAGEN, Sara (org.). A oficina de Saramago. Lisboa: INCM, FJS, 2022, p. 3-4.
GARRETT, Almeida. Frei Luís de Sousa. Porto: Campo das Letras, 1999.
JOÃO, Maria Isabel. Memória e Império. Comemorações em Portugal (1880-1960). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian: Fundação para a Ciência e a Tecnologia, 2022.
LOURENÇO, Eduardo. O romantismo e Camões. Trad. Maria Cristina Batalha. Idioma, Rio de Janeiro, Centro Filológico Clóvis Monteiro – UERJ, n. 21, p. 75-81, 2001. Disponível em: http://www.institutodeletras.uerj.br/revidioma/21/idioma21_a10.pdf. Acesso em: 15 nov. 2023.
MACEDO, Jorge Borges de. História e Doutrina do Poder n’Os Lusíadas. Garcia de Orta (Revista da Junta de Investigações do Ultramar), Lisboa, n. especial, p. 349-375, 1972.
MARNOTO, Rita. O desconcerto (excerto). In: MAGALHÃES, Isabel Allegro de (coord.). História e Antologia da Literatura Portuguesa – Século XVI. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2000. V. 2. pp. 11-14.
MATOS, Sérgio Campos. História, memória e ficção: que fronteiras? Hist. historiogr., Ouro Preto, n. 17, 2015, pp. 414-426. Disponível em: https://www.historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/718. Acesso em 03 fev. 2018.
MATOS, Sérgio Campos. História, mitologia, imaginário nacional: a história no curso dos Liceus (1895-1939). Lisboa: Livros Horizonte, 1990.
NEVES, Margarida Braga. Jorge de Sena (Camonista). In: AGUIAR E SILVA, Vitor (Coord.). Dicionário de Luís de Camões. Lisboa: Caminho, 2011, pp. 898-902.
NOGUEIRA, Carlos. Que farei com este livro?: José Saramago leitor d’Os Lusíadas e da crítica camoniana. Études Romanes de BRNO, Czech Republic, n. 44, pp. 231-266, 2023. Disponível em https://www.academia.edu. Acesso em: 10 dez. 2023.
NOGUEIRA, Carlos. Teatro para Luís de Camões: Que farei com este livro? Revista da ANPOLL, s. l., v. 53, n. 3, p. 112-128, 2022.
REBELLO, Luiz Francisco. Prefácio (talvez) supérfluo. In: SARAMAGO, José. Que farei com este livro? 5. ed. Porto: Porto Editora, 2015, pp. 5-15.
REIS, Carlos. Construção da leitura. Coimbra: Instituto Nacional de Investigação Científica: Centro de Literatura Portuguesa da Universidade de Coimbra, 1982.
REIS, Carlos; GRÜNHAGEN, Sara (org.). A oficina de Saramago. Lisboa: INCM: FJS, 2022.
RIBEIRO, Aquilino. Camões, Camilo, Eça e alguns mais: ensaio de crítica histórico-literária. Lisboa: Bertrand, 1949.
SARAIVA, António José. Para a História da Cultura em Portugal. Lisboa: Ed. do jornal Público, 1996. 2 v.
SARAIVA, António José. Estudos sobre a arte d’Os Lusíadas. Lisboa: Gradiva, 1996b.
SARAIVA, António José. Luís de Camões. In: SARAIVA, António José (Coord.). História Ilustrada das Grandes Literaturas – Literatura Portuguesa I. Lisboa: Ed. Estúdios Cor, 1966. v. I.
SARAMAGO, José. Que farei com este livro? São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
SARAMAGO, José. Os poemas possíveis. 6 ed. Lisboa: Caminho, 1997.
SENA, Jorge de. Homenagem ao papagaio verde. Lisboa: Edições 70, 1971.
SENA, Jorge de. A estrutura de “Os Lusíadas” e outros estudos camonianos e da poesia peninsular do século XVI. 2 ed. Lisboa: Edições 70, 1980.
SENA, Jorge de. Trinta anos de poesia. Lisboa: Edições 70, 1984.
SENA, Jorge de. Metamorfoses. Lisboa: Edições 70, 1988. Disponível em: http://livro.dglab.gov.pt/sites/DGLB/Portugues/divulgacaoEstrangeiro/Paginas/Jorge_de_Sena_Camoes_dirige-se_aos_seus_contemporaneos_Camoes_addresses_his_contemporaries.aspx. Acesso em: 20 abr. 2024.
SÉRGIO, António. Em torno das ideias políticas de Camões. In: SÉRGIO, António. Ensaios. Lisboa: Livraria Sá da Costa, 1972, pp. 69-97. V. 4.
SILVEIRA, Francisco Maciel. “Comentários a Que farei com este livro? (1980)”. In: ____. Exercício de caligrafia literária: Saramago quase, 139-168. Curitiba: CRV, 2012.
TEIXEIRA, Nuno. Exílio e Identidade: a reconstrução dos símbolos nacionais em Almeida Garrett. Nau Literária: crítica e teoria de literaturas, Porto Alegre, v. 10, n. 2, pp. 67-75., jul./dez. 2014.
VALDEMAR, António. 1880: a mística patriótica da burguesia republicana. In: Diário de Notícias (Editorial) (org.). Estudos sobre Camões. Páginas do Diário de Notícias dedicadas ao poeta no 4.º centenário da sua morte. Lisboa: INCM, Temas Portugueses, 1981, pp. 243-254.
VICHINSKY, Flávio Garcia. Do mito Camões ao outro Camões de José Saramago. 2009. Dissertação (Mestrado em Letras) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Daniel Vecchio Alves
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam na Revista Investigações concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (exemplo: depositar em repositório institucional ou publicar como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Qualquer usuário tem direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial.
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
As obras deste periódico estão licenciadas sob 