O drama mítico-expressionista de Consuelo de Castro: uma análise de Marcha a Ré (1986)

Autores

  • Renato Cândido da Silva Universidade Federal do Ceará/Doutorando (PPGLetras).
  • Orlando Luiz de Araújo Universidade Federal do Ceará (UFC)

DOI:

https://doi.org/10.51359/2175-294x.2020.244454

Palavras-chave:

mito, teatro expressionista, Marcha a Ré, Consuelo de Castro.

Resumo

A dramaturga Consuelo de Castro, ao longo de sua trajetória no teatro brasileiro, escreveu diversos dramas que dialogam com os mitos da Antiguidade clássica – como é o caso de Marcha a Ré (1986), peça que mantém estreita relação com o mito de Orfeu e Eurídice. Partindo do pressuposto de que esta obra se trata de um drama subjetivo, devido à sua construção dramática, pois a unidade de ação é substituída pela unidade do Eu, este artigo tem como objetivo analisar Marcha a Ré, levando em consideração a intrínseca relação entre o referido mito greco-romano e o teatro expressionista.

Biografia do Autor

Renato Cândido da Silva, Universidade Federal do Ceará/Doutorando (PPGLetras).

Doutorado e Mestre em Letras pela Universidade Federal do Ceará. Atualmente, desenvolve pesquisa acerca do mito de Antígona na dramaturgia brasileira. E-mail: renatoliteraturaufc@gmail.com.

Orlando Luiz de Araújo, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Doutor em Letras Clássicas pela Universidade de São Paulo – USP. Professor de Língua e Literatura Grega da Graduação em Letras e do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Ceará – UFC. E-mail: orlando.araujo@ufc.br.

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Publicado

08-12-2020

Como Citar

Silva, R. C. da, & Araújo, O. L. de. (2020). O drama mítico-expressionista de Consuelo de Castro: uma análise de Marcha a Ré (1986). Revista Investigações, 33(1). https://doi.org/10.51359/2175-294x.2020.244454

Edição

Seção

Artigo - Literatura (seção livre)

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