Aemulatio especulativa no primeiro-romantismo alemão: o problema da universalidade contingente em Friedrich Schlegel

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51359/2175-294x.2023.257750

Palavras-chave:

Friedrich Schlegel, primeiro-romantismo alemão, ontologia.

Resumo

Investigamos a mudança no estatuto da categoria de emulação em Discurso sobre a mitologia (SCHLEGEL, 2020a, 2016a) e Carta sobre o romance (SCHLEGEL, 2020b, 2016b). Dialogando com Costa Lima (2007), Hansen (2019), Frank (1982), Bowie (2003), propomos que o novo estatuto alcançado pela aemulatio supõe a consideração de três passos hermenêuticos, operados no texto schlegeliano: elaboração de conceito moderno de mito, descoberta da historicidade do entendimento e desenvolvimento de ontologia do tempo e das formas literárias. Sugerimos como conclusão que o problema da tradição implica repensar o estatuto da universalidade das formas, por Schlegel assimilado ao paradoxo de um universal-contingente.

Biografia do Autor

Gabriel Loureiro Pereira da Mota Ramos, Rheinische Friedrich-Wilhelms-Universität Bonn

Mestrando em Komparatistik und Vergleichende Literatur em Rheinische Friedrich-Wilhelms-Universität Bonn, e Graduado em Letras Português Licenciatura pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

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Publicado

14-07-2023

Como Citar

Ramos, G. L. P. da M. (2023). Aemulatio especulativa no primeiro-romantismo alemão: o problema da universalidade contingente em Friedrich Schlegel. Revista Investigações, 36(1). https://doi.org/10.51359/2175-294x.2023.257750

Edição

Seção

Artigo - Literatura (seção livre)

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