Contribuições da educação não formal para inclusão de pessoas cegas: um estudo realizado na associação beneficente dos cegos do Recife
DOI:
https://doi.org/10.51359/2525-7668.2022.246083Palavras-chave:
Educação não formal, Deficiência Visual, inclusão socialResumo
Este artigo discute a educação não formal como proposta para a inclusão social de pessoas com deficiência, a partir da análise dos impactos da educação não formal na vida de cegos beneficiários da Associação Beneficente dos Cegos do Recife (ASSOBECER). Deste modo, a investigação foi dividida em três etapas, sendo elas: o estudo de campo da Associação, e o aprofundamento teórico, baseado principalmente em Maria da Glória Gohn (2014), Moacir Gadotti (2005), Adriano Nuernberg (2008) e Maria Lucia Amiralian (1997), que discutem como a educação não formal tem contribuído para a inclusão social, bem como, sobre processos de aprendizagem de pessoas deficientes. Na última fase, os resultados da análise dos dados através das observações de campo e entrevistas semiestruturadas, proporcionaram identificar a relevância da educação não formal para os beneficiários. Estes conseguiam ter apoio da referida instituição, usufruindo não apenas dos benefícios que a casa oferecia, como também recebiam informações acerca do que fazer fora da instituição em relação a educação formal e seus direitos constitucionais. Com isso, espera-se contribuir para uma reflexão acerca da importância da educação não formal como meio de formação pessoal e profissional de deficientes visuais.
Referências
AMIRALIAN, M. L. T. Compreendendo o cego: Uma visão psicanalista da cegueira por meio de desenhos-estórias. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1997.
ANDRÉ, M. E. A. Etnografia da prática escolar. São Paulo: Papirus, 2005.
BARDIN, L. Análise de conteúdo (L. de A. Rego & A. Pinheiro, Trads.). Lisboa: Edições 70, 2009
BRASIL, LDB. Lei 9.394/96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em www.mec.gov.br. Acesso em: 20 de setembro de 2019.
BRASIL. SNPD. Cartilha do Censo 2010 – Pessoas com Deficiência. Brasília: SDHPR/SNPD, 2012.
BRASIL. Lei 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão das Pessoas com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Diário Oficial da União 2015; 7 jul.
FALKENBAH, A. P.; LOPES, E. R. Professores de Educação Física diante da inclusão de alunos com deficiência visual. In: Pensar a Prática, Goiânia, v. 13, n. 3, p. 118, set./dez. 2010
FÁVERO, Eugênia Augusta Gonzaga. Direitos das Pessoas com Deficiência – garantia de igualdade na diversidade. Rio de Janeiro: WVA, 2004.
FRANCO, J. R.; DIAS, T. R. S. A educação de pessoas cegas no Brasil. In: Avesso do Avesso. Araçatuba, v.5, p. 74-81, 2007.
GADOTTI, Moacir. A questão da educação formal/não-formal. Sion (Suisse), 18 au 22 octobre 2005.
GOLDFELD, Marcia. A criança surda: linguagem e cognição numa perspectiva sociointeracionista. 7. ed. São Paulo: Plexus Editora, 2002
GONH, M. G. Educação não formal, aprendizagens e saberes em processos participativos. In: Investigar em educação – II série, n. 1, 2014.
MACENA, K. P. S. Políticas Públicas educacionais: O Programa Escola Acessível e o debate acerca da inclusão social. In: Espaço Público: Revista de Políticas Públicas. UFPE: Recife, v. 4, 2019.
MINAYO, M. C. S. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 1994.
NUERNBERG, A. H. Contribuições de Vygotsky para a educação de pessoas com deficiência visual. In: Psicologia em Estudo. Maringá, v. 13, n. 2, p. 307-316, abr./jun. 2008.
NUNES, S.; LOMÔNACO, J. O aluno cego: preconceitos e potencialidades. In: Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional. São Paulo, v.14, n. 1, 2010
RODRIGUES, O. S. Políticas Públicas Educacionais de Espaços Não Formais de Educação. In: Revista Anápolis Digital, v. 3, p. 11, 2012.
SARRAFI, V. P. Reabilitação do Museu: Políticas de inclusão cultural por meio da acessibilidade. São Paulo, 2008.
SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: acessibilidade no lazer, trabalho e educação. Revista Nacional de Reabilitação, São Paulo, p. 10-16, Ano XII, mar./abr. 2009.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Keyla Patrícia Silva Macena, Michelle Beltrão Soares

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença CreativeCommons Atribuição 4.0
Internacional (texto da Licença:https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/)que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. - Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).