O espaço casa em poética: tempo de pandemia e um convid-e à re-flexão do corpo descolonizado

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51359/2525-7668.2022.256008

Palavras-chave:

Corpo, Encontros, Poéticas, Escrevivendo, Descolonizar

Resumo

A letalidade deflagrada por um estado pandêmico nos impôs um convite à casa. Exigiu como sociedade simbólica, que habita culturalmente de modo próprio o cotidiano, um particular ajuste, já que a pseudo sensação de regulação da vida, é um construto globalizado, faz tempo. Assim como a casa, o corpo é um subjetivo emaranhado de afecções, mesmo ocupando tempo-espaço e cultura (cultivo do espírito) em condição regulada por alerta de perigo, mantém singularidades. Partindo do corpo/casa/habitação como estatuto capaz de guiar articulações que desconfigurem a objetificação do conhecimento enquanto proposição intelectual/mental, incorporo o percurso metodológico na premissa hookniana do testemunho da práxis como teorização da própria experiência. Um convite à outras formas de percepção, que constitui e reeduca o ser social na condição única de se metamorfosear. Tendo Escrevivência - registro sensível inter-histórico às reflexões sistêmicas, como possibilidade de resistência movente contra a imposição colonial que deslegitima o conhecimento advindo do corpo.

Biografia do Autor

Nilcéia Nascimento de Figueiredo, Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Mestre em Saúde Coletiva, na sub-áarea Ciências Humanas e Saúde pelo IMSHC/UERJ. Doutoranda em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva. Programa Inter-institucional PPGBIOS: UERJ/FIOCRUZ/UFF/UFRJ

André Luís de Oliveira Mendonça, Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Doutor em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro . Pós-doutorado em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Professor-Adjunto do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro

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Publicado

2023-03-09

Edição

Seção

Artigos em fluxo contínuo