Cuerpo del documento: un ensayo para descolonizar los recuerdos

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.51359/2525-7668.2022.253338

Palabras clave:

Memoria, Corpo-politica, Relaciones étnicas y raciales

Resumen

El ensayo pretende reflexionar sobre el papel de las memorias e identidadesancestrales de la diáspora negra, entendidas como instancias de resistencia,reconstrucción de la subjetividad y pertenencia comunitaria a partir de losvalores civilizatorios afroreferenciados. Buscamos pensar de qué manera, en elcuerpo, entendido como territorio, archivo y documento, como propone lahistoriadora Beatriz Nascimento, se inscriben las memorias y los valoresancestrales como instancias de resistencia y reexistencia de sujetos cuyas vidasy narrativas fueron atravesadas por la furia de la violencia colonial. Los efectosnocivos de este proceso, que aún continúan, siguen estableciendo jerarquías dehumanidades, prejuicios y desventajas para los cuerpos no blancos, endetrimento del mantenimiento de los privilegios experimentados por lablanquitud. Se argumenta que en un país marcado por el racismo estructural,por las desigualdades raciales y por la continuación de un proyecto de Estadogenocida, las memorias de las luchas, de los conocimientos encarnados, de lasexperiencias y de los modos de vida colectivos actúan como un poderosorecurso contracolonial y antiepistemicida, capaz de impedir las prácticas necropolíticas dirigidas a las memorias, a las narrativas y a las representacionesde los cuerpos negros.

Biografía del autor/a

Diego dos Santos Reis, Universidade Federal da Paraíba

Professor Adjunto de Filosofia da Educação do Departamento de Fundamentação da Educação da UFPB. Professor Colaborador do Programa de Pós-Graduação Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades (Diversitas/PPGHDL/FFLCH) da USP. Realizou estágio pós-doutoral na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. É Doutor, Mestre e Licenciado em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com estágio doutoral no Institut d'Études Politiques de Paris/SciencesPo. Especialista em Epistemologias do Sul pelo Conselho Latino-americano de Ciências Sociais (CLACSO) e pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Coordenador do Travessias - Grupo de Pesquisa em Filosofia, Educação e Decolonialidade (UFPB/CNPq).

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Publicado

2022-04-25